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Trump elimina meta de Biden de 50% de carros elétricos até 2030 nos EUA

Em seu primeiro dia no novo mandato, Donald Trump reverteu políticas ambientais e tecnológicas de Biden. A retirada do Acordo de Paris, o fim da meta de 50% de veículos elétricos até 2030 e cortes nos incentivos à energia limpa refletem uma mudança radical na estratégia dos EUA para energia e tecnologia.
Publicado em Notícias dia 21/01/2025 por Alan Corrêa

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revogou na última segunda-feira (20) um decreto assinado em 2021 por seu antecessor, Joe Biden, que estabelecia a meta de que 50% dos veículos novos vendidos em 2030 fossem elétricos. A medida não era vinculativa, mas contava com o apoio de diversas montadoras americanas e estrangeiras.

Pontos Principais:

  • Revogação da meta de 50% de veículos elétricos até 2030.
  • Retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris.
  • Corte de subsídios para energia limpa e estações de recarga.
  • Flexibilização de regulamentações para a inteligência artificial.

Além de revogar a meta de carros elétricos, Trump orientou as agências governamentais a reconsiderarem normas de emissões mais rigorosas. As regras anteriores estipulavam que as montadoras deveriam vender entre 30% e 56% de veículos elétricos até 2032 para atender às exigências ambientais.

A decisão integra uma série de ações que o atual presidente tem tomado para reverter políticas de energia limpa e incentivar a produção e uso de combustíveis fósseis. Durante seu discurso, Trump afirmou que as mudanças visam proteger a indústria automobilística americana e permitir maior liberdade de escolha ao consumidor.

Retirada do Acordo de Paris e mudanças na política ambiental

Outra medida anunciada pelo presidente foi a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris, pacto global firmado em 2015 para combater o aquecimento global. A decisão reflete a política de Trump de priorizar a exploração de recursos fósseis no país e reduzir investimentos em energia limpa.

Trump também declarou que pretende interromper o desenvolvimento de projetos de energia eólica, uma das bases do plano climático da administração anterior. Para ele, os Estados Unidos devem focar na exploração de suas reservas de petróleo e gás natural, recursos que ele considera essenciais para enfrentar a alta dos preços de energia.

Além disso, o presidente assinou decretos que anulam 78 ações executivas implementadas pelo governo Biden, abrangendo iniciativas climáticas e outras regulamentações ambientais. A justificativa apresentada foi a de priorizar a independência energética do país e diminuir custos para os consumidores.

Impactos na indústria automobilística

A revogação das políticas de incentivo a veículos elétricos inclui o corte de subsídios para a compra desses carros, anteriormente oferecidos aos consumidores. Programas que financiavam a instalação de estações de recarga também serão descontinuados, afetando empresas que dependiam desse apoio governamental.

As montadoras, que haviam se adaptado para atender às metas de emissões e ampliar a oferta de veículos elétricos, agora enfrentam menos pressão para continuar investindo nessa tecnologia. No entanto, algumas empresas, como a Tesla, permanecem comprometidas com a fabricação de modelos elétricos, mesmo diante das mudanças nas políticas federais.

Trump defendeu a iniciativa como uma forma de salvar empregos na indústria automobilística e aumentar a competitividade dos veículos movidos a combustíveis fósseis. Segundo ele, a medida também permitirá que os consumidores escolham o tipo de carro que desejam comprar, sem restrições impostas por regulamentações governamentais.

Regulação de inteligência artificial

Além das mudanças na política ambiental, Trump também revogou um decreto de Biden sobre regulação de inteligência artificial (IA). A ordem executiva anterior exigia que empresas compartilhassem resultados de testes de segurança e outras informações antes de liberar serviços baseados em IA para o público.

Com a revogação, as empresas de tecnologia têm maior liberdade para desenvolver e comercializar soluções de inteligência artificial sem a necessidade de apresentar dados detalhados ao governo. No entanto, ainda não foram anunciadas novas regras que substituirão a política revogada.

A medida impacta diretamente gigantes do setor de tecnologia, como OpenAI, Google e Meta. O governo também estendeu o prazo para que o TikTok encontre um comprador norte-americano, evitando uma suspensão da rede social no país.

Conclusão e desdobramentos

As medidas adotadas por Donald Trump no início de seu segundo mandato sinalizam um reposicionamento dos Estados Unidos em relação à política ambiental e energética global. A retirada do Acordo de Paris e o foco em combustíveis fósseis contrastam com as iniciativas climáticas da gestão anterior, gerando debates sobre os impactos econômicos e ambientais.

Os cortes em incentivos para veículos elétricos e a flexibilização das regras de inteligência artificial refletem uma abordagem menos intervencionista do governo em setores estratégicos. Enquanto isso, especialistas avaliam como essas mudanças podem afetar o mercado e o posicionamento dos Estados Unidos em questões globais.

O futuro das políticas ambientais e tecnológicas nos Estados Unidos dependerá de como o governo Trump implementará suas novas diretrizes e do impacto dessas ações no mercado global, especialmente em setores como energia, tecnologia e indústria automobilística.

Fonte: Umsoplaneta, Whitehouse, Tecmundo e CNN.