Trump propõe redução de impostos para produção de carros e sugere taxação de veículos importados da China

Donald Trump apresentou um plano para reduzir impostos de produção de carros nos EUA, com o objetivo de incentivar a fabricação local. A proposta inclui aumentar as taxas sobre veículos fabricados na China e vendidos no mercado americano, buscando fortalecer a indústria automotiva do país.
Publicado em Notícias dia 30/09/2024 por Alan Corrêa

Donald Trump, em discurso recente na Geórgia, destacou seu plano para impulsionar a produção de veículos nos Estados Unidos. A proposta inclui a redução do imposto de produção de 21% para 15% para empresas que fabricam seus veículos no território norte-americano. O objetivo é incentivar tanto montadoras locais quanto estrangeiras, como as alemãs Audi, Mercedes-Benz, BMW e Volkswagen, a ampliarem suas operações nos EUA.

Pontos Principais:

  • Redução de impostos de 21% para 15% para fabricantes que produzem nos EUA.
  • Taxação de 100% sobre carros de marcas chinesas produzidos no México.
  • Fim dos incentivos fiscais de US$ 7.500 para carros elétricos.
  • Incentivo para montadoras estrangeiras construírem fábricas nos EUA.

Além de atrair novas fábricas para o país, Trump propõe uma taxação de 100% sobre veículos de marcas chinesas produzidos no México e importados para os Estados Unidos. Esse movimento visa reduzir a entrada de carros chineses, que têm crescido no mercado norte-americano, especialmente com o aumento das vendas de híbridos e elétricos.

Ao contrário das políticas adotadas pelo atual presidente Joe Biden, que favorecem os veículos elétricos com incentivos de US$ 7.500 por unidade, Trump pretende eliminar esse benefício. Sua visão para o setor automotivo é mais focada na produção local e na competição direta com as marcas chinesas, como a BYD, que já anunciou a construção de uma fábrica no México.

Apesar das propostas mais rígidas para veículos de origem chinesa, Trump sinalizou que, se as montadoras chinesas decidirem fabricar carros nos Estados Unidos, poderá haver um diálogo para buscar soluções que beneficiem tanto os consumidores quanto a indústria automotiva do país.

O ex-presidente reforçou que essas medidas fazem parte de um esforço mais amplo para garantir a independência da indústria americana em relação à China, considerando o crescimento da presença de veículos híbridos e elétricos chineses no mercado global. Ele também ressaltou que as montadoras alemãs têm a oportunidade de se tornarem, de fato, americanas ao instalarem mais fábricas no país.

Com essas propostas, Trump busca reequilibrar a balança comercial no setor automotivo, oferecendo vantagens fiscais para a produção interna e dificultando a entrada de veículos fabricados fora dos Estados Unidos. Seu plano é direcionado para fortalecer a economia local e gerar empregos, ao mesmo tempo que impõe barreiras aos produtos de origem chinesa que competem diretamente com as montadoras americanas.

O futuro das políticas para o setor automotivo dependerá do resultado das eleições, mas as propostas de Trump representam uma mudança significativa em relação à administração atual, especialmente no que diz respeito aos veículos elétricos e às relações comerciais com a China.

Fonte: Smabc, Ford, G1 e R7.