Assim como os motores dos carros vêm evoluindo nas últimas décadas, da mesma forma o óleo que o lubrifica também vai ganhando novas formas e tecnologias que atendam às necessidades desses motores modernos. Entenda a classificação do óleo e descubra qual é o mais adequado para seu veículo.
A primeira coisa que precisamos entender quando falamos de óleo de carro é que ele se mede pela sua viscosidade. Quanto mais viscoso menos ele flui pelas peças, e quanto mais líquido mais flui. É mais ou menos como o mel e a água, o mel é mais viscoso e a água menos.
Entretanto, é preciso saber também que a temperatura altera a densidade do óleo. Quanto mais quente, mais ele fica “líquido” e quanto mais frio maior sua densidade. O que isso significa? O óleo do motor precisa trabalhar no motor assim que este é acionado, portanto ainda frio, e continuar atuando depois que ele esquenta.
Então, ele precisa ter o grau exato de viscosidade para não ser tão denso quando o motor estiver frio que não consegue passar entre os componentes, mas também não pode ser tão líquido que não proteja os componentes do motor.
É por isso que uma das classificações do óleo de motor é feita com um dois números separados por uma letra, por exemplo 5W30. A letra simboliza a palavra inglesa winter, ou seja, inverno ou frio). Isso significa que esse óleo terá viscosidade 5 com o motor frio e viscosidade 30 com o motor quente.
Nessa forma de classificação, quanto mais alto o número maior a fluidez do óleo. Por isso, no exemplo acima, o óleo trabalhará com maior viscosidade em baixas temperaturas e viscosidade 30 em temperatura normal de trabalho do motor.
O óleo, porém, tem outro tipo de classificação, quanto à sua performance, ou seja, sua capacidade de trabalho, seu desempenho para exercer a função de lubrificação e proteção dos componentes do motor.
O óleo de motor tem vários requisitos que precisa atender: degradação e evaporação, compatibilidade com componentes do motor e economia de combustível, principalmente, mas tem outros ainda mais técnicos. Mas isso é o que precisamos saber para escolher o óleo certo para nosso carro.
Nesse campo a classificação se faz com as letras SJ, SK, SL, SM e SN, para motores movidos a gasolina, etanol, flex ou GNV. Essa denominação obedece as normas da API, sistema internacional.
Já para os motores movidos a diesel ou biodiesel, a classificação vai de CH-4 a CK-4. Aqui a ordem entende que quanto mais avançada a letra do alfabeto maior a performance e a tecnologia empregada no óleo.
Quanto à sua natureza, o óleo pode ter origem puramente mineral, pode ser semissintético, ou ainda totalmente sintético, neste último caso ele pode estar indicado como “base sintética” na embalagem.
Porque isso é importante? Porque cada tipo de óleo, de acordo com sua origem, tem uma forma correta de ser descartado para não prejudicar – ou pelo menos diminuir os efeitos – o meio ambiente. Então, não faça o descarte do óleo usado de maneira indiscriminada.
Quanto à embalagem, a ANP tem regras rígidas que determinam a indicação de todas essas classificações e informações que mencionamos acima. Dessa forma, o recipiente deve trazer a quantidade do produto, o grau de densidade e a categoria de acordo com a performance, além de indicar a natureza (origem) do produto.
Para ajudar os consumidores a verem a quantidade que ainda existe no frasco, algumas marcas passaram a adotar um filete translúcido na lateral, o que ajuda inclusive – para os mais experientes – a viscosidade do óleo em questão.
Mas afinal, qual é o óleo que eu devo utilizar no meu carro? A resposta é simples, veja as especificações contidas no manual do proprietário e use o indicado nele ou então um que seja superior. O que não pode acontecer é utilizar um que esteja abaixo nessa classificação, o que poderia causar danos irreversíveis aos componentes do seu motor.