Desde a invenção dos motores flex, a grande dúvida dos proprietários de veículos aos quais os veículos contam com esta tecnologia segue sendo sempre a mesma: é melhor colocar gasolina ou álcool?
Em um cenário onde a gasolina está cada vez mais cara e o etanol aparentando um aumento não tão acentuado quando comparados, será que valeria a pena migrar da utilização de um combustível para o outro? Hoje vamos te ajudar a decidir de uma vez!
Para começar a entender sobre os combustíveis, nada mais justo do que entender sobre o etanol e também sobre a gasolina, seus componentes e a razão desta diferença de preço entre ambos.
Utilizada nos carros a mais de 100 anos, a gasolina não é novidade para ninguém. Derivada do petróleo, possui maior viscosidade e também gera uma maior autonomia nos veículos quando os mesmos são abastecidos com ela. Por ser feito com o petróleo, está mais suscetível ao aumento de preços do mesmo e também pelo fato de ser um combustível fóssil, ou seja, de fonte não renovável.
Já o etanol por usa vez é um combustível mais novo, derivado da cana de açúcar e que, por ter maior uso de água em sua composição, ajuda a limpar mais o motor. Sua queima também é mais rápida, gerando mais potência, porém tendo um consumo mais alto. Por ser feito de uma fonte renovável e sua produção ser nacional, o preço acaba ficando mais em conta.
Ainda que a gasolina e o etanol tenham seus prós e contras, a questão que sempre fica é se vale a pena trocar um pelo outro, afinal a gasolina da maior autonomia, em contra partida o etanol é mais barato.
Com isso surge a questão: como conseguimos saber se o etanol está compensando mais do que a gasolina sem precisar fazer inúmeras contas? Para isso, existe a famosa regra dos 70%!
A “Regra dos 70%” parte de um pressuposto bem simples, onde se sabe que o etanol corresponde a 70% da eficácia da gasolina. Com isso, a conta que deve ser feita é a divisão do valor do etanol com o valor da gasolina, tendo como base o valor de 0.7 (equivalente à 70%).
Os resultados, assim como a conta, também são bastante simples. Se o valor desta divisão for menor que 0.7, compensa mais colocar o etanol, porém, caso o valor seja os mesmos 0.7 ou maior, vá de gasolina!
Mas também vale lembrar que existem exceções a esta regra e que estas podem ir desde o funcionamento do próprio carro até mesmo na conta em si!
Com a evolução dos motores flex e do próprio etanol, alguns especialistas costumam alegar de que a conta não deve mais ser baseada com 70%, mas sim com 75%. Esta “fórmula” foi desenvolvida em uma época aonde o etanol ainda não era tão moderno e os motores flex estavam entrando em circulação.
Outro fator que também pode pesar é o fato de motores flex recém-inseridos em carros de projetos feitos somente para gasolina. Um exemplo são os carros da BMW com motorização flexível, mais especificamente a série 3, pois são carros aonde a própria fabricante recomenda o uso de gasolina, afinal o projeto original do carro atende somente o combustível fóssil.
Também pode pesar a diferença entre potência de um carro com etanol e com gasolina. Alguns carros, como por exemplo o Polo TSI, chegam a ganhar 13 cv a mais com o álcool, gerando assim preferência nos consumidores.
Depois de saber sobre cada combustível e sobre a regra dos 70%, a questão que fica é: qual combustível devo usar? A resposta é que vai depender dos preços e do que você procura!
Por exemplo, nos últimos 15 dias em SP até a data de publicação deste texto, o valor médio dos dois combustíveis diz que o etanol é mais vantajoso, porém, os preços mínimos e máximos indicam ainda que a gasolina compensa mais.
Portanto, fica ao seu critério ponderar se você prefere a performance do veículo ou a autonomia, mas lembre-se sempre de fazer esta simples divisão que pode te ajudar e muito na hora de colocar o combustível ideal!
*Com informações da Agência Brasil.