Transportar animais de estimação no carro durante viagens de férias exige atenção às normas do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e cuidados específicos para garantir a segurança do motorista, passageiros e dos próprios animais. Dirigir com animais soltos no carro é considerado infração média, conforme o artigo 252 do CTB, resultando em multa de R$ 130,16 e quatro pontos na carteira de habilitação do motorista.
Pontos Principais:
Além disso, transportar animais nas partes externas do veículo, como na carroceria, constitui infração grave. Essa prática é punida com multa de R$ 195,23 e cinco pontos na carteira, podendo levar à retenção do veículo por parte das autoridades de trânsito.
O transporte adequado de animais deve ser feito utilizando dispositivos de segurança que atendam às características do pet, como caixas de transporte, guias adaptadas ao cinto de segurança ou grades protetoras. Isso reduz distrações ao volante e garante uma viagem segura para todos.
De acordo com especialistas, o transporte de animais sem o uso de dispositivos de segurança aumenta o risco de acidentes, pois a atenção do motorista pode ser desviada para o animal. Estudos da American Automobile Association apontam que 60% dos motoristas com cães no veículo tendem a dividir sua atenção. Entre os comportamentos relatados, 52% acariciam os animais enquanto dirigem, 17% permitem que eles fiquem no colo, 13% oferecem comida e 4% brincam com os pets.
Para evitar distrações, o uso de dispositivos como caixas de transporte, guias fixadas no cinto de segurança e grades protetoras é recomendado. Esses itens devem ser escolhidos com base no tamanho e comportamento do animal, proporcionando segurança e conforto.
A escolha da caixa de transporte ou cadeirinha deve levar em consideração fatores como tamanho do animal, acessibilidade, conforto, ventilação e segurança. A caixa ideal deve permitir que o animal se movimente de maneira confortável, oferecendo espaço suficiente para que ele possa sentar, levantar e deitar.
Além disso, a ventilação é essencial para evitar problemas como hipertermia. A estrutura deve ser acolchoada e de fácil acesso para entrada e saída do animal, permitindo sua fixação adequada no carro. Embora não haja um limite de tempo definido para o uso da caixa, é importante atender às necessidades do pet, incluindo pausas para hidratação e descanso em viagens longas.
A adaptação do animal ao dispositivo de transporte é um aspecto importante. Para acostumar o pet, recomenda-se um processo gradual, com recompensas positivas sempre que o animal utilizar a caixa ou o cinto de segurança. Isso ajuda a criar associações positivas e reduz o estresse.
Alguns animais podem apresentar condições especiais, como cinetose, conhecida como enjoo por movimento. Outros podem se estressar facilmente durante o trajeto. Nesses casos, a orientação de um veterinário é essencial para ajustar a viagem às necessidades do animal. O veterinário também pode indicar medicamentos para aliviar náuseas ou outros desconfortos.
Durante a viagem, é fundamental fornecer água regularmente e realizar pausas para que o animal possa se movimentar e atender às suas necessidades. Para cães maiores, opções como guias conectadas ao cinto de segurança e grades protetoras podem ser utilizadas para mantê-los seguros.
A atenção a esses detalhes contribui para uma viagem mais tranquila, garantindo a segurança e o bem-estar do animal. Seguir as normas e adotar os dispositivos corretos são medidas essenciais para evitar infrações e garantir a segurança de todos no veículo.
O transporte de animais de estimação em veículos exige atenção tanto às normas de trânsito quanto ao conforto e à segurança dos pets. Deixar o animal solto no carro pode trazer riscos para o motorista e para o próprio animal, além de sujeitar o condutor a multas e penalidades. Veja os pontos essenciais para garantir um transporte seguro e adequado.
De acordo com especialistas, cães e gatos devem ser transportados com peitoral adaptado ou em caixas de transporte fixadas ao veículo. Isso previne acidentes em caso de frenagens bruscas. A utilização de peitorais é preferível às coleiras simples, para evitar enforcamentos ou lesões em caso de movimentos repentinos.
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) prevê multas para condutores que transportam animais soltos ou em condições inadequadas. Transportar o pet no colo ou deixá-lo com a cabeça para fora da janela são infrações que podem resultar em multas de até R$ 195,23, além de pontos na CNH.
Veterinários recomendam que, antes de qualquer viagem, sejam realizados exames de saúde e atualizações de vacinas. Para viagens interestaduais, é necessário obter o Guia de Trânsito Animal (GTA), documento com validade de dez dias que atesta a saúde do pet.
Raças braquicefálicas, como Pugs e Buldogues, exigem cuidados extras com a temperatura dentro do veículo, devido à sua maior sensibilidade ao calor. Manter o ar-condicionado em níveis adequados e garantir que o filtro esteja limpo são medidas essenciais para evitar problemas respiratórios.
Durante viagens longas, é importante fazer pausas regulares para que o animal possa se movimentar e se aliviar. Evitar alimentá-lo até três horas antes do trajeto reduz as chances de enjoo. Além disso, o uso de medicamentos contra enjoo só deve ser feito com recomendação veterinária.
No caso de gatos, o transporte exige ainda mais cuidados, já que eles tendem a se estressar mais facilmente. A caixa de transporte deve ser segura e do tamanho ideal para o animal, evitando modelos de tecido que não garantem estabilidade. Acostumar o gato à caixa com antecedência e utilizar feromônios sintéticos são estratégias para reduzir o estresse.
Não transportar o animal adequadamente pode acarretar riscos à segurança de todos os ocupantes do veículo. O CTB também determina que dirigir sem atenção ou sem cuidados indispensáveis é uma infração, reforçando a necessidade de prender o pet corretamente.
Nunca deixe o pet sozinho no carro, especialmente em dias quentes, pois isso pode causar sérios problemas de saúde para o animal.
Fonte: AutoEsporte, Detran-SP, G1 e Estadão.