Akio Toyoda é reeleito presidente da Toyota Motor
Akio Toyoda foi reeleito presidente da Toyota em uma assembleia geral anual realizada em Toyota City, Japão. Outros nove membros da diretoria também foram reeleitos. Consultores haviam recomendado que os acionistas não votassem pela reeleição de Toyoda devido a preocupações com governança e escândalos envolvendo testes de certificação.
A Institutional Shareholder Services e a Glass Lewis, dois dos principais consultores da empresa, destacaram questões como a falta de independência da diretoria e o manejo dos problemas de governança pela montadora. Eles também citaram preocupações sobre participações acionárias estratégicas e retorno sobre o patrimônio líquido.
Apesar das recomendações dos consultores, a reeleição de Toyoda era esperada. A estrutura acionária da montadora, com participações significativas de outras empresas do grupo Toyota, e sua popularidade entre pequenos investidores japoneses contribuíram para esse resultado. No entanto, qualquer queda significativa no apoio dos acionistas, cujo índice será divulgado em breve, pode levar a novas reformas de governança.
No ano passado, o índice de aprovação de Toyoda caiu de 96% em 2022 para 85%. Desde então, a Toyota e suas empresas do grupo, como a Daihatsu, enfrentaram uma série de violações de segurança, aumentando as preocupações com a governança corporativa da empresa.
Os investidores estrangeiros, que representam 25% dos acionistas da Toyota, foram os principais opositores à reeleição de Toyoda. Em contraste, pequenos investidores, que compõem 12,6% dos acionistas, continuam a apoiar Toyoda devido aos lucros recordes do último ano comercial e ao forte desempenho das ações da montadora.
A continuidade de Toyoda no cargo de presidente reflete a confiança dos acionistas na direção atual da empresa, apesar dos desafios enfrentados. A divulgação do índice de apoio dos acionistas será um ponto importante para avaliar o futuro das políticas de governança da Toyota.
A reeleição de Toyoda e da diretoria da Toyota mostra a tensão entre a necessidade de reformas de governança e o reconhecimento do desempenho financeiro robusto. O resultado da votação dos acionistas fornecerá uma base para possíveis mudanças na governança da empresa.
