Montadoras podem fechar fábricas se imposto de importação de carro elétrico não subir, diz Anfavea

A Anfavea alerta que 45% da capacidade de produção de automóveis no Brasil está ociosa, destacando a necessidade de medidas urgentes. A entidade expressa preocupação com a possibilidade de paralisações nas fábricas ainda em 2024, caso o imposto não seja elevado.
Publicado por Alan Corrêa em Notícias dia 4/07/2024

A volta progressiva do imposto de importação para carros elétricos e híbridos, iniciada em janeiro e programada para durar até 2026, tem gerado insatisfação na indústria automotiva brasileira. A Anfavea, associação dos fabricantes de automóveis, defende o retorno imediato dos impostos para 35%. A entidade argumenta que esta medida anteciparia em dois anos a volta ao imposto original, proporcionando uma previsibilidade maior ao setor.

Segundo a Anfavea, o aumento gradual dos impostos não é suficiente para proteger a indústria nacional. As montadoras, representadas pela associação, acreditam que a elevação imediata do imposto é necessária para evitar uma concorrência desleal com os veículos importados, especialmente os chineses, cujas vendas têm aumentado significativamente no Brasil.

Além disso, a Anfavea tem expressado preocupação com a capacidade de produção ociosa das fábricas brasileiras. A entidade alerta que, se a situação continuar como está, o setor automotivo poderá enfrentar sérias dificuldades nos próximos meses.

Aumento das Importações de Carros Chineses

A indústria automotiva brasileira enfrenta um momento desafiador. A Anfavea defende medidas urgentes para proteger as fábricas nacionais e evitar uma maior ociosidade na produção. A elevação imediata do imposto de importação para 35% é vista como uma solução necessária para enfrentar a concorrência com os veículos importados, especialmente os chineses. Além disso, a Anfavea está trabalhando em iniciativas para aumentar as exportações para mercados da América do Sul, buscando reverter a queda nas vendas e garantir a sustentabilidade do setor.
A indústria automotiva brasileira enfrenta um momento desafiador. A Anfavea defende medidas urgentes para proteger as fábricas nacionais e evitar uma maior ociosidade na produção. A elevação imediata do imposto de importação para 35% é vista como uma solução necessária para enfrentar a concorrência com os veículos importados, especialmente os chineses. Além disso, a Anfavea está trabalhando em iniciativas para aumentar as exportações para mercados da América do Sul, buscando reverter a queda nas vendas e garantir a sustentabilidade do setor.

O aumento das importações de carros chineses tem sido um dos principais motivos de preocupação para a Anfavea. No primeiro semestre de 2024, as importações de veículos da China cresceram 37% em relação ao mesmo período do ano anterior. Este crescimento foi impulsionado principalmente pelas importações de carros elétricos e híbridos.

No primeiro semestre de 2023, a China representava 7% das importações de automóveis no Brasil. Em 2024, esse número subiu para 26%. Este aumento significativo é visto pela Anfavea como uma ameaça direta à indústria automotiva nacional, que tem enfrentado dificuldades para competir com os preços mais baixos dos veículos importados.

Para lidar com essa situação, a Anfavea propôs a elevação imediata do imposto de importação para 35%, sem qualquer cota de isenção. A entidade acredita que essa medida é essencial para proteger as fábricas brasileiras e evitar uma maior ociosidade na produção.

Possíveis Paralisações nas Fábricas

O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, expressou a possibilidade de paralisações nas fábricas brasileiras caso o imposto de importação não seja elevado imediatamente. Durante a apresentação dos resultados de vendas do primeiro semestre, Leite afirmou que, sem a elevação do imposto, as fábricas correm o risco de parar suas atividades ainda em 2024.

O CEO da Volkswagen do Brasil, Ciro Possobom, também defendeu a volta imediata do imposto de importação para elétricos e híbridos aos 35%. Possobom argumentou que a situação atual coloca em risco os investimentos planejados pelas fabricantes de automóveis no Brasil.

A Anfavea alerta que 45% da capacidade instalada de produção de automóveis no Brasil está atualmente ociosa. A entidade está trabalhando em medidas para aumentar as exportações de automóveis para mercados da América do Sul, na tentativa de compensar a queda nas vendas internas.

Queda nas Exportações

A queda nas exportações de automóveis tem sido outra preocupação para a Anfavea. No primeiro semestre de 2024, as exportações caíram 20,8% em comparação ao mesmo período de 2023. A previsão inicial era de um aumento de 0,7% ao longo do ano. Com menos exportações e um aumento nas importações, o mercado de automóveis no Brasil cresceu mais do que a indústria local conseguiu acompanhar.

Para tentar reverter essa situação, a Anfavea está buscando acordos com países da América do Sul. Entre as iniciativas, estão acordos com o Equador, que taxa carros brasileiros em 28%, e a restrição à importação de carros usados no Paraguai. A entidade também sugere melhorias na qualidade dos combustíveis na Bolívia e a liberação de cotas de exportação para a Colômbia.

A produção acumulada no primeiro semestre de 2024 foi de 1,138 milhão de unidades, um aumento de apenas 0,5% em relação ao ano anterior. A Anfavea argumenta que, se os emplacamentos de importados e as exportações tivessem sido iguais aos volumes registrados no mesmo período de 2023, o aumento da produção seria de 11%.

Fonte: Terra.