Desde seu lançamento em 2012, o Chevrolet Onix rapidamente se tornou um dos carros mais vendidos no Brasil, superando o Volkswagen Gol no ranking de emplacamentos. Com um visual renovado e novas funcionalidades, o Onix e o Onix Plus conquistaram muitos consumidores, mas não sem gerar uma série de queixas ao longo dos anos.
Entre os problemas mais relatados pelos donos do Onix e de seus “parentes” Prisma, Joy e Joy Plus, estão falhas no sistema de freio, dificuldade no funcionamento do ar-condicionado e barulhos internos constantes. Embora o Onix tenha ganhado uma reputação de carro acessível e confiável, alguns dos defeitos registrados por seus usuários levantam questões sobre a durabilidade e qualidade do veículo.
O ar-condicionado, por exemplo, é uma das reclamações mais frequentes. Proprietários de modelos de 2012 a 2019 relatam que o sistema não tem capacidade suficiente para resfriar o carro adequadamente. Além disso, na versão mais recente, a falta de filtro no sistema de ar causa insatisfação entre os consumidores, que esperam mais de um carro dessa categoria.
Outro ponto crítico é a qualidade do acabamento interno. Muitos usuários reclamam do excesso de plástico rígido no painel e nas portas, o que gera ruídos desagradáveis durante a condução. Esse problema persiste mesmo nas versões mais novas do Onix e Onix Plus, revelando que a mudança de geração não foi suficiente para eliminar o incômodo.
A fragilidade da pintura também é um problema recorrente, com relatos de bolhas e manchas aparecendo em carros recém-adquiridos. Isso afeta a imagem do veículo, especialmente no mercado de seminovos, onde a necessidade de repintura pode diminuir o valor de revenda.
O sistema de freios, por sua vez, tem sido um dos pontos mais preocupantes. Na primeira geração do Onix, proprietários relatam endurecimento do pedal, o que demanda mais esforço na frenagem. Além disso, a nova geração sofre com o desgaste precoce das pastilhas de freio, exigindo substituições frequentes.
O apagão do motor é outro defeito grave observado nos modelos da primeira geração. Em alguns casos, o motor simplesmente desliga durante a condução, deixando o veículo inoperante por alguns segundos antes de voltar a funcionar. Isso aumenta o risco de acidentes e coloca em dúvida a segurança do veículo.
A segunda geração do Chevrolet Onix e Onix Plus representou um salto significativo em termos de design e tecnologia em comparação à primeira geração, lançada em 2012. Com um visual atualizado, o carro ficou ligeiramente maior e recebeu mais espaço interno, o que aumentou o conforto para os passageiros. Além disso, o Onix passou a contar com novos motores e componentes de última geração.
Os novos motores da família CSS Prime, de 1.0 litro com três cilindros, foram introduzidos como substitutos dos antigos 1.0 e 1.4 de quatro cilindros. O motor 1.0 turbo flex, por exemplo, entrega até 116 cv de potência e 16,8 kgfm de torque, possibilitando uma aceleração de 0 a 100 km/h em cerca de 10 segundos. Essa mudança trouxe ganhos tanto em desempenho quanto em eficiência de combustível, sendo um ponto de destaque no modelo.
No que diz respeito à segurança, o Chevrolet Onix de segunda geração também se destacou ao incorporar itens inéditos no segmento de hatches compactos. O carro passou a ser equipado de série com seis airbags e controles de estabilidade e tração, características que se tornaram um diferencial em relação aos concorrentes diretos. Outro recurso inovador foi o alerta de ponto cego, que trouxe uma camada adicional de segurança ao conduzir o veículo.
Além disso, a partir das versões de entrada, o Onix oferece controles de estabilidade (ESP) e de tração (TCS), ampliando a segurança ativa do veículo em situações de emergência ou perda de aderência. Esses avanços tornam o carro uma escolha atrativa, especialmente para motoristas que valorizam a segurança em suas decisões de compra.
Apesar das inovações, alguns problemas mecânicos têm sido amplamente relatados pelos proprietários do Chevrolet Onix, especialmente em relação à durabilidade de alguns componentes. Um dos principais pontos de reclamação está relacionado à correia de comando, que é lubrificada pelo óleo do motor. Muitos proprietários relatam a quebra prematura dessa correia, o que pode causar danos graves ao motor, mesmo em veículos com baixa quilometragem e revisões em dia.
A correia de comando é um dos componentes mais críticos do motor, e sua falha pode resultar na danificação completa da parte superior do motor. Em fóruns e grupos de discussão, há diversos relatos de donos que tiveram o motor severamente danificado após o rompimento da correia. A General Motors recomenda a troca da correia com 240 mil km, mas especialistas sugerem que essa substituição seja feita bem antes, por volta dos 70 mil km, especialmente para carros que operam em condições mais severas ou que utilizam combustíveis de qualidade inferior.
Outro problema recorrente no Chevrolet Onix, tanto na primeira quanto na segunda geração, está relacionado ao sistema de freios. Proprietários relatam falhas como endurecimento do pedal, estalos durante a frenagem e desgaste prematuro das pastilhas de freio. O endurecimento do pedal é uma característica que afeta principalmente os modelos da primeira geração, e está associado ao tamanho inadequado do servofreio, o que exige mais esforço por parte do condutor para realizar a frenagem.
Já o desgaste prematuro das pastilhas é um problema que afeta ambas as gerações do Onix, com alguns proprietários relatando a necessidade de substituição das pastilhas com apenas 15 mil km rodados, enquanto o esperado seria entre 20 mil e 25 mil km. Além disso, muitos motoristas reclamam de estalos durante a frenagem, o que causa apreensão, pois dá a impressão de que o pedal de freio pode estar quebrando.
Outro ponto criticado por muitos donos do Chevrolet Onix é a qualidade do acabamento interno, que utiliza muitos plásticos rígidos. Esses materiais geram ruídos constantes, popularmente chamados de “grilos”, que incomodam os ocupantes, especialmente em ruas irregulares ou em longas viagens. Esses ruídos são frequentemente relatados no painel, nas portas e na estrutura do volante, sendo um problema que persiste mesmo com a troca de geração.
Apesar do esforço da GM para modernizar o interior do carro e oferecer mais tecnologia e conforto, a crítica em relação ao acabamento continua presente, o que é comum em modelos dessa categoria, que priorizam custo-benefício.
O sistema de ar-condicionado do Chevrolet Onix também é alvo de críticas. Proprietários relatam que o sistema não consegue gelar adequadamente o interior do veículo, mesmo em modelos novos. Além disso, alguns donos mencionam falhas no compressor e a ausência de filtros de ar, o que gera desconforto, especialmente considerando o valor pago pelo carro.
Há também registros de barulhos vindos do sistema de ar-condicionado, especialmente vazamentos de gás, o que afeta o desempenho do sistema e gera custos adicionais de manutenção.
A pintura do Chevrolet Onix é outro ponto de insatisfação para os proprietários. Muitos relatam que a pintura apresenta manchas e até bolhas em carros recém-saídos da concessionária. Esse problema já foi observado na primeira geração e persiste na atual. A solução oferecida pela Chevrolet geralmente envolve a repintura da área afetada, mas isso pode causar desvalorização do veículo no mercado de usados.
Os donos se queixam da ausência de carro substituto durante o processo de repintura e da incerteza sobre o impacto da repintura no valor de revenda do carro, já que veículos repintados tendem a ser menos valorizados.
Logo após o lançamento do Onix Plus, versão sedan do modelo, ocorreram casos de incêndio em unidades do carro, especialmente no Nordeste do Brasil. O problema estava relacionado à pré-ignição e dessincronização de trabalho do motor, o que causava o rompimento do bloco do motor e vazamento de óleo, gerando risco de incêndio.
A General Motors emitiu um recall para resolver o problema e recalibrou o módulo de controle do motor, o que, segundo a montadora, solucionou o defeito. Esse recall foi um dos mais graves envolvendo o Onix e prejudicou temporariamente a imagem do carro no mercado.
Fonte: AutoEsporte, IstoÉ, ReclameAqui, MobiAuto e UOL.