Como calcular a desvalorização de um automóvel: guia completo para consumidores

A desvalorização de um automóvel é um fator essencial que todo proprietário de veículos deve considerar. Compreender como o valor de um carro se deteriora ao longo do tempo ajuda na hora de decidir quando comprar, vender ou trocar o veículo. A seguir, vamos explorar de forma detalhada como calcular essa desvalorização e quais os fatores que influenciam essa perda de valor.
Publicado por Alan Corrêa em Dicas dia 24/08/2024

A desvalorização é um fator fundamental que impacta o valor de revenda de qualquer veículo. Para quem pretende comprar ou vender um carro, entender como esse processo funciona é importante para evitar surpresas e tomar decisões informadas. No Brasil, a desvalorização de um carro começa no momento em que ele sai da concessionária, e seu impacto é maior no primeiro ano de uso.

Quanto um carro desvaloriza por ano?

A desvalorização de um carro começa no momento em que ele sai da concessionária. No primeiro ano, o veículo pode perder até 20% de seu valor, dependendo do modelo e da marca.
A desvalorização de um carro começa no momento em que ele sai da concessionária. No primeiro ano, o veículo pode perder até 20% de seu valor, dependendo do modelo e da marca.

A desvalorização de um carro é um dos principais fatores a serem considerados por quem deseja comprar ou vender um veículo. Essa perda de valor, que acontece naturalmente com o passar do tempo, pode variar de acordo com uma série de elementos, como marca, modelo, estado de conservação e até a demanda de mercado. Estimar quanto um carro desvaloriza anualmente é essencial para prever o custo total de posse do veículo e ajudar no planejamento financeiro.

De forma geral, um carro novo tende a desvalorizar cerca de 15% a 20% no primeiro ano após a compra. Esse percentual é maior nos primeiros anos de uso, especialmente para modelos populares, mas vai diminuindo ao longo do tempo. A partir do segundo ano, a desvalorização costuma ser um pouco menor, ficando entre 10% e 15% ao ano, dependendo das condições do mercado e do próprio carro.

Carros de marcas mais conhecidas, como as de luxo ou esportivas, tendem a desvalorizar menos, pois são mais valorizados no mercado de usados. Já veículos de marcas menos procuradas ou com alta demanda de manutenção podem perder valor de forma mais acelerada. Além disso, fatores como o estado geral do carro, a quilometragem e o histórico de revisões influenciam diretamente na desvalorização anual.

Outro ponto importante a se considerar é o impacto da oferta e da demanda. Modelos de veículos que possuem um grande número de unidades à venda no mercado de usados tendem a perder valor mais rapidamente, pois a oferta supera a procura. Em contrapartida, modelos mais raros ou edições especiais podem sofrer menos com a desvalorização, especialmente se forem bem cuidados.

O tipo de veículo também influencia na taxa de desvalorização. SUVs, por exemplo, têm sido mais valorizados no Brasil devido à alta demanda desse tipo de carro. Em contrapartida, sedans e hatches compactos podem desvalorizar mais rapidamente, já que enfrentam uma concorrência maior e têm perdido espaço para os utilitários esportivos nos últimos anos.

Ao considerar a compra de um carro, é essencial analisar sua taxa de desvalorização como parte do custo total de propriedade. Veículos que perdem menos valor ao longo do tempo podem gerar um melhor retorno no momento da revenda, além de garantirem um menor impacto financeiro ao longo dos anos de uso.

Como calcular a desvalorização de um automóvel?

A desvalorização de um automóvel é o processo pelo qual o valor de mercado de um veículo diminui ao longo do tempo. Isso ocorre por diversos fatores, como o desgaste natural, a introdução de modelos mais novos no mercado, mudanças tecnológicas e até a percepção de marca. Em termos simples, a desvalorização reflete o quanto um carro vale hoje em comparação ao preço pago quando ele foi adquirido.

Passo a passo para calcular a desvalorização

Calcular a desvalorização de um automóvel é um processo relativamente simples, mas que exige atenção a alguns detalhes. Veja o passo a passo:

  1. Determine o valor de compra original: Esse é o valor que você pagou pelo veículo. Se você comprou o carro novo, basta considerar o preço que saiu da concessionária. Para carros usados, o valor de compra será o que você pagou ao antigo proprietário ou revendedor.
  2. Obtenha o valor atual do veículo: O próximo passo é verificar quanto o carro vale atualmente. A Tabela Fipe é a referência mais utilizada no Brasil para saber o preço médio de veículos no mercado. Alternativamente, você pode consultar anúncios de veículos similares em sites de vendas para ter uma ideia mais próxima da realidade de sua região.
  3. Calcule a desvalorização em valores absolutos: Para saber quanto seu carro perdeu em valor desde a compra, subtraia o valor atual de mercado do valor de compra original. O resultado será a desvalorização em reais. Desvalorização (R$) = Valor de compra − Valor atual de mercado
  4. Calcule a desvalorização percentual: Para ter uma visão mais clara da desvalorização, você pode convertê-la em porcentagem. Para isso, utilize a fórmula abaixo.
Desvalorização percentual
Desvalorização percentual

Esse percentual é útil para comparar a depreciação de diferentes veículos ou para avaliar se o seu carro está desvalorizando de maneira típica para o mercado.

Exemplo prático de desvalorização

Vamos supor que você comprou um carro por R$ 50.000 há três anos. Ao consultar a Tabela Fipe, você descobre que o valor atual do carro é R$ 35.000.

  • A desvalorização em reais seria: 50.000−35.000=15.000, ou seja, o carro perdeu R$ 15.000 em valor.
  • Para calcular a desvalorização em porcentagem, use a fórmula explicada anteriormente.
O veículo desvalorizou 30% desde a compra.
O veículo desvalorizou 30% desde a compra.

Qual é a desvalorização do carro de acordo com a quilometragem?

A desvalorização de um carro está diretamente relacionada à quilometragem percorrida, pois o desgaste causado pelo uso afeta o valor de revenda. De maneira geral, quanto maior a quilometragem, maior a depreciação. Abaixo estão os principais fatores que explicam a relação entre desvalorização e quilometragem:

  1. Desgaste mecânico: À medida que um carro acumula mais quilômetros, componentes mecânicos como motor, transmissão, freios e suspensão sofrem maior desgaste, o que pode levar a reparos mais frequentes. Carros com alta quilometragem geralmente exigem mais manutenção, o que diminui o seu valor de revenda.
  2. Percepção do mercado: Carros com quilometragem elevada são frequentemente percebidos como menos confiáveis pelos compradores, mesmo que estejam em boas condições. Essa percepção leva a uma depreciação maior do veículo, já que os compradores preferem modelos com quilometragem mais baixa.
  3. Quilometragem como referência de valor: O mercado automotivo costuma usar a quilometragem como um dos principais indicadores de valor. Em muitas tabelas de preços de carros usados, a desvalorização é calculada levando em conta faixas de quilometragem. Por exemplo, a depreciação pode aumentar significativamente quando um carro atinge marcos de 50.000, 100.000 ou 150.000 km.
  4. Padrões de quilometragem anual: O mercado considera uma média de quilometragem anual, que varia entre 10.000 e 20.000 km. Se o carro ultrapassar essa média, a depreciação será mais acentuada. Por outro lado, um carro com baixa quilometragem pode manter um valor mais elevado, especialmente se o desgaste for mínimo.

A quilometragem elevada impacta a desvalorização de um carro por aumentar o desgaste e influenciar a percepção do mercado sobre a confiabilidade do veículo. Cada modelo e marca pode ter uma curva de desvalorização diferente, mas, em geral, a depreciação se acelera com o aumento da quilometragem.

Fonte: Kovi, Localiza, Totvs, BV e 99.