Manter o óleo lubrificante do veículo em dia é uma das principais responsabilidades dos proprietários de carros. Ao contrário de outros componentes que podem apresentar falhas visíveis, o óleo afeta o funcionamento interno do motor de maneira menos perceptível, porém crucial. Ignorar as especificações recomendadas pelo fabricante pode causar danos sérios ao motor e aumentar os custos com manutenção.
Existem três tipos principais de óleos: minerais, semissintéticos e sintéticos. Cada um possui suas características e aplicações. O óleo mineral, por exemplo, é indicado para veículos mais antigos, enquanto os semissintéticos são uma combinação de mineral e sintético, trazendo uma melhora no desempenho e durabilidade em comparação ao mineral puro. Já o óleo sintético é o mais avançado, sendo usado em motores modernos devido à sua capacidade de reduzir o atrito e melhorar a eficiência do combustível.
Além de escolher o tipo correto de óleo, é fundamental respeitar o intervalo de troca indicado pelo manual do proprietário. Geralmente, a troca deve ser feita a cada 10 mil quilômetros ou 12 meses, mas esse intervalo pode variar dependendo das condições de uso do veículo. Em situações de trânsito pesado, por exemplo, o óleo tende a se desgastar mais rapidamente, exigindo trocas mais frequentes.
O manual do carro é uma fonte confiável de informações e deve ser seguido rigorosamente. Nele, o proprietário encontrará detalhes sobre a especificação exata do óleo recomendado, como a viscosidade, que é um dos fatores mais importantes na escolha do lubrificante. A viscosidade se refere à resistência do óleo ao escoamento, e óleos com viscosidade inadequada podem comprometer o funcionamento do motor.
Outra questão importante é nunca misturar óleos de diferentes especificações. Embora possa parecer uma solução prática em situações de emergência, a mistura de óleos com diferentes composições químicas pode causar a formação de depósitos e borra no motor, além de reduzir a eficiência da lubrificação.
Quando se trata de veículos com correia dentada banhada a óleo, o cuidado na escolha do lubrificante deve ser redobrado. Essa correia, que faz parte do conjunto de sincronismo do motor, trabalha diretamente em contato com o óleo lubrificante. O uso de um óleo inadequado pode reduzir a vida útil da correia e causar falhas mecânicas graves.
A durabilidade do motor também está diretamente relacionada ao tipo de óleo utilizado. Motores que utilizam óleos mais viscosos do que o recomendado podem sofrer desgaste prematuro, pois a lubrificação não será adequada. Por outro lado, o uso de óleos muito finos pode não proporcionar a proteção necessária às peças internas, comprometendo a sua eficiência.
Os aditivos presentes nos lubrificantes também desempenham um papel crucial na proteção do motor. Eles ajudam a prevenir o desgaste, a corrosão e a formação de depósitos indesejados, garantindo que o motor funcione de maneira suave e eficiente por mais tempo. No entanto, os aditivos presentes em diferentes tipos de óleo não devem ser misturados, pois podem resultar em reações indesejadas, como a formação de espuma ou depósitos.
Para aqueles que acreditam que óleos mais caros são automaticamente melhores, é importante destacar que o preço não é o único critério a ser considerado. O óleo mais caro pode conter aditivos avançados, mas se não for adequado para o tipo de motor em questão, seu uso será ineficaz.
O uso incorreto do óleo também pode aumentar a emissão de poluentes, o que tem impacto negativo no meio ambiente. Motores que não recebem a lubrificação adequada tendem a operar com menos eficiência, queimando mais combustível e emitindo mais gases nocivos.
Fonte: G1.