Frear é uma tarefa fundamental para se evitar acidentes. Saibam agora quais são as medidas e situações necessárias para usar corretamente a frenagem sem perder o controle do veículo.
O primeiro cuidado está em manter em dia a manutenção preventiva do veículo: controle e troca do nível de fluido, pastilhas e discos.
Contudo, a atitude do motorista – particularmente a frieza e o raciocínio rápido – ainda continua ser o fator decisivo para a segurança na hora da frenagem.
A posição correta do corpo do motorista também contribui para melhor eficiência do uso do freio. Procure manter o tronco ereto com distância suficiente para apoiar os pulsos acima do volante sem deixar de estar apoiado no encosto do banco.
Habitue a sempre pisar primeiro no freio antes da embreagem. Do contrário, existe o risco do carro prolongar o tempo de frenagem. Sendo que conduzir é algo subconsciente no momento de perigo seu cérebro tende agir por instinto e vai induzir suas ações de acordo com seus hábitos.
Mantenha sempre uma distância do veículo à frente. O tamanho da distância vai depender da velocidade e das condições da pista. Em uma situação de estrada, por exemplo, a distância deverá ser maior do que no trânsito urbano.
Utilize a regra dos dois segundos se tiver dúvida: marque um ponto de referência fixo e após o veículo da frente ultrapassar você tem que conseguir contar dois segundos até passar a mesma marca.
Se estiver rodando em rua de paralelepípedos em um dia chuvoso é indispensável trafegar em baixa velocidade, pois o risco de aquaplanagem é muito alto, sobretudo em caso de frenagem.
É claro que existem circunstâncias imprevisíveis que podem exigir freadas bruscas.
Com efeito, ao contrário do que a primeira vista pode parecer, em situação de emergência não se deve puxar o freio de mão, pois o mesmo só atua nas rodas traseiras e faz perder o controle do veículo.
As novas tecnologias são um grande contributo para auxiliar em situações de emergência.
Deste modo, leve em consideração na hora de comprar um veículo se o mesmo já tem disponível o conjunto de sistemas de frenagem que atuam integrados, entre os quais destacamos:
Os sistemas automatizados facilitam a frenagem completa sem a perda do controle do veículo, impedindo desestabilização da traseira (EBD), o travamento das rodas (ABS), fornecendo força adicional na redução (BAS), detectando risco de acidente através de radar à laser (FCM), reduzindo gradualmente as rotações do motor quando acionado concomitantemente o acelerador e freio (BOS).
Como a maioria dos veículos antigos não possui o auxílio tecnológico, algumas técnicas de direção podem fazer o papel do eletrônico. O ABS, por exemplo, pode ser simulado com o motorista aliviando um pouco a pressão sob o pedal do freio.
Quando estamos diante de uma ladeira é comum ver a sinalização “desça engrenado” ou “use o freio motor”. Para veículos com transmissão manual a tarefa é simples, basta engatar uma marcha reduzida ou a marcha equivalente se estivesse subindo.
Já com transmissão automática para manter o freio motor em descidas íngremes é preciso acionar o modo Low (L). Também é possível selecionar a numeração D3 (ou 3), para não permitir que a transmissão ultrapasse a terceira marcha. Para veículos com modo Sport o mesmo efeito é obtido.
Quem preferir pode selecionar o modo manual do câmbio automático e deixar numa marcha reduzida utilizando as trocas pela alavanca ou pelas aletas do volante.
Os carros mais modernos com tecnologias de ponta incorporadas tem o sistema coasting (roda-livre), para reduzir o consumo de combustível utilizando a energia cinética do veículo em movimento. Nestes casos, os próprios sensores identificam a necessidade de acionar o freio motor.
O que não se deve fazer é descer utilizando o ponto morto e segurando apenas no freio. Aliás, é uma infração de trânsito de categoria leve. Não obstante, existe o risco do superaquecimento das pastilhas, discos, lonas e tambores, levando a uma pane no freio e até graves acidentes.