A Volkswagen está usando robôs de última geração nos testes de tecnologias de segurança do novo SUV médio premium Taos.
O Volkswagen Taos é equipado com itens superiores de comodidade e de segurança, como o ACC (Controle Adaptativo de Cruzeiro) e o AEB (Frenagem Autônoma de Emergência).
Os testes com robôs no processo de desenvolvimento desses equipamentos são para atender aos mais elevados níveis de exigência e segurança, de uma maneira que obtenha resultados bem mais precisos e eficientes.
Diferente dos robôs que estamos acostumados em ver nos filmes de ficção científica, os que foram utilizados nos testes não têm aparência humanoide, são apenas diversos equipamentos instalados no veículo, como computadores, atuadores, baterias e GPS.
Eles foram vistos primeiro no desenvolvimento do ACC e do AEB do Nivus, lançado há um ano. Mas agora o desafio é maior, pois o Taos conta com as funções Stop&Go e detecção de pedestres, respectivamente.
O AEB (frenagem autônoma de emergência) com detecção de pedestres utiliza um radar posicionado atrás do logo da marca na grade frontal do veículo, o sistema identifica ininterruptamente o que está ocorrendo no trânsito à frente.
Ele age até 65 km/h, e até 50 km/h tem maiores chances de impedir completamente um atropelamento. O sistema entra em ação quando identifica a possibilidade de um atropelamento, e caso o motorista não tenha nenhuma reação para reduzir a velocidade, imediatamente é disparado um aviso sonoro na cabine e um alerta visual no painel de instrumentos e se mesmo assim o condutor não frear, o sistema inicia a frenagem automaticamente.
Já o ACC (controle adaptativo de cruzeiro) com função Stop&Go, tem como objetivo manter a velocidade e a distância do veículo à frente automaticamente. O sistema utiliza o mesmo radar frontal do AEB, e inicia a frenagem assim que o carro à frente desacelera até parar completamente.
Durante os testes, os robôs atuam no volante e nos pedais do carro, respeitando fielmente o programa de velocidade e trajetória elaborado pelos engenheiros.
Os aparelhos que representam os robôs são posicionados no banco do passageiro dianteiro, outros no banco traseiro e até mesmo no porta-malas. Todos têm a missão de fazer a leitura e armazenamento de tudo o que acontece durante os ensaios para que, posteriormente, os engenheiros façam as análises necessárias em busca da calibração ideal.
Para maior precisão nos resultados, do lado de fora do veículo também são instalados inúmeros equipamentos, entre eles, pode-se citar o sistema de posicionamento por GPS. O sistema é composto por um GPS colocado dentro do veículo, um do lado de fora e outro na base do dummy (boneco que simula o pedestre atravessando a via).
Além de tudo isso, no local dos testes é montada uma base meteorológica, para captar dados referentes à umidade do ar, vento, temperatura ambiente e até mesmo luminosidade, coisas que podem interferir diretamente no desenvolvimento do sistema. O atrito da pista, bem como sua temperatura, também são monitorados constantemente.
Nos testes, um engenheiro da marca fica na posição do motorista para garantir que todos os sistemas funcionem perfeitamente, mas sem atuar nos pedais, no volante ou mesmo no câmbio. Sua função é fazer com que o robô inicie os testes por meio de um joystick, e caso necessário, assumir o controle do carro em qualquer eventualidade.
“Os robôs não chegam para substituir o homem no desenvolvimento dos sistemas de segurança e comodidade, mas sim para complementar todo o processo, agregando ainda mais competência. Capazes de realizar testes repetidamente e com elevado nível de precisão, os robôs conseguem extrair as informações mais exatas possíveis”, explica Antonio Carnielli Jr., diretor adjunto de Engenharia de Carroceria, Acabamento, Segurança Veicular e Pré-Desenvolvimento da Volkswagen. “Com essas informações, nosso time de engenheiros consegue calibrar o radar e criar os algoritmos para cada uma das funções”, completa.