Uma das manutenções mais frequentes que fazemos em nossos veículos estão relacionadas às pastilhas de freio, seja para substituir ou retificar. Com certeza esse é um dos itens de segurança mais importantes, tanto para os ocupantes quanto para os que estão ao nosso redor.
Mas você sabe quais são os cuidados que devemos ter ao fazer esse tipo de manutenção? Se você não sabe, então fique ligado nas dicas que vamos te passar nesse artigo para não comprometer sua segurança e a de sua família.
Você já deve ter ouvido falar que uma pastilha nova não tem a mesma eficiência, nos primeiros usos, de uma pastilha já “amaciada”, não é mesmo? Mas hoje a tecnologia já deu um passo à frente.
Existe um tipo de cobertura que se aplica à pastilha e que aumenta sua eficiência. Num teste feito em dois carros idênticos, com os freios sendo acionados por controle remoto, a diferença de distância na frenagem entre as pastilhas com cobertura e sem cobertura foi de mais de 2 metros.
A cobertura é feita de um silicato, que proporciona um poder de frenagem melhor quando as pastilhas ainda são novas, diminuindo a distância entre o início da frenagem e a parada completa do veículo.
Outro benefício que essa cobertura traz é que diminui o pó nas rodas, evitando aquela sujeira feia que vai se acumulando, além de contribuir para uma redução de poluição do Meio Ambiente, especialmente dos lençóis freáticos.
As pastilhas realmente precisam de um tempo para se aprumar no disco. Isso vai variar de acordo com o uso, mas em geral até uns 300 km ela já deveria estar totalmente “alinhada” com o disco de freio.
Por isso, o motorista deve ter especial atenção ao realizar a frenagem logo nos primeiros usos da nova pastilha, pois ela ainda não está em perfeito contato com o disco.
Hoje temos especialmente dois tipos de pastilhas predominantes no mercado automobilístico: as pastilhas orgânicas, cuja característica principal é a de ter em sua composição materiais ferrosos; e as pastilhas cerâmicas, que excluem todo tipo de material ferroso.
Ambos tipos suportam altas temperaturas durante o atrito com o disco, mas as cerâmicas geram menos ruídos na frenagem, isso porque as suas partículas são menores e não magnéticas. É por isso também que elas não sujam as rodas do veículo, pois não têm aderência às mesmas.
Já a pastilha composta por material ferroso tende a aderir às rodas, criando aquela sujeira cinza escuro que vemos depois de um tempo sem lavar o veículo. Mas as duas possuem a mesma capacidade de frenagem. Porém, quanto menos pó, menos poluição, e nesse sentido as de material orgânico – por incrível que pareça – poluem mais.
Como tudo no mercado, existem diversos tipos e qualidades de pastilhas de freio. A vida útil de uma pastilha vai depender muito de cada fabricante e do material da composição. Mas a recomendação é de que elas nunca estejam abaixo de 3 mm de espessura.
As pastilhas que vêm de fábrica instaladas no veículo costumam durar de 40 a 50 mil km. Mas isso também vai depender do uso que se faça delas. Num trecho de cidade, onde os freios são usados com mais frequência elas vão durar menos do que num veículo que anda predominantemente na estrada.