Recentemente, veículos usados com alta quilometragem têm enfrentado resistência no mercado, mesmo quando estão em bom estado de conservação. Esse preconceito leva compradores a ignorarem fatores mais importantes, como o histórico de manutenção e o cuidado do proprietário anterior. Assim, carros com quilometragem acima de 100 mil km são muitas vezes subestimados ou descartados injustamente, criando oportunidades interessantes para negociações.
Pontos Principais:
A quilometragem é, na maioria das vezes, o principal critério usado por compradores para avaliar a qualidade de um veículo. No entanto, especialistas destacam que outros fatores, como histórico de manutenção, estado geral e revisões regulares, são mais determinantes para a durabilidade e o desempenho de um carro.
O preconceito contra carros mais rodados também incentiva práticas antiéticas no mercado, como adulteração de odômetros. A crença de que veículos com alta quilometragem são sinônimo de problemas faz com que vendedores ajustem os números para atrair compradores desavisados.
Para entender melhor, considere que a média anual percorrida por motoristas brasileiros é de aproximadamente 15 mil km. Assim, um carro com oito anos de uso deve apresentar cerca de 120 mil km no odômetro para ser considerado dentro da média. Essa métrica é útil, mas não deve ser usada como único fator de decisão.
Histórico de manutenção é um dos aspectos mais relevantes na avaliação de carros usados. Revisões em componentes como freios, suspensão, velas e correias, além da substituição de fluidos, são indispensáveis para garantir o bom funcionamento de um veículo mais rodado. Sem registros confiáveis, é difícil assegurar que esses cuidados tenham sido realizados.
Um teste de rodagem é essencial para verificar o estado real do carro. Esse procedimento revela possíveis problemas, como ruídos, folgas ou falhas, que podem indicar negligência na manutenção. Apesar disso, muitos compradores evitam solicitar o test-drive, o que pode comprometer a avaliação completa do veículo.
Outro ponto importante é a diferença de preço. Carros com quilometragem mais alta costumam ser menos valorizados no mercado, o que abre margem para negociações vantajosas. Mesmo assim, é necessário levar em conta possíveis gastos futuros, como a substituição de pneus ou componentes desgastados.
O mercado automotivo continua a valorizar veículos com baixa quilometragem, mas especialistas reforçam que a condição geral do carro é mais importante. Em um cenário de baixa procura, carros mais rodados e bem cuidados podem representar excelente custo-benefício para os compradores atentos.
Fonte: AutoEsporte e UOL.