Ford deve eliminar 10% de sua força de trabalho

Uma triste notícia foi revelada para os trabalhadores da Ford, a empresa anunciou que pretende eliminar cerca de 10% de sua força de trabalho assalariada global, cortando cerca de 7 mil empregos até o final de agosto.
Publicado por Alan Corrêa em Notícias dia 20/05/2019

Uma triste notícia foi revelada para os trabalhadores da Ford, a empresa anunciou que pretende eliminar cerca de 10% de sua força de trabalho assalariada global, cortando cerca de 7 mil empregos até o final de agosto.

Plano de reestruturação

Os cortes da Ford fazem parte do plano de reestruturação da segunda maior montadora de veículos dos Estados Unidos para economizar US$ 600 milhões por ano.

Segundo os principais jornais especializados em negócios, o presidente-executivo da Ford, Jim Hackett, que os cortes incluem saídas voluntárias e demissões, além de eliminar cerca de 20% dos gerentes de alto escalão em um movimento também para reduzir a burocracia e agilizar a tomada de decisões no grupo.

Acordo no Brasil

No Brasil, a Ford Motor Company anunciou que foi aprovado o acordo coletivo, definido em conjunto com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, para os funcionários afetados pela decisão global da companhia de deixar de atuar no segmento de caminhões na América do Sul, com o consequente encerramento das operações de manufatura na fábrica de São Bernardo do Campo (SP).

Esse foi o resultado de uma ampla e intensa negociação, que visou o melhor para os funcionários impactados por essa decisão. O acordo inclui os seguintes pontos: Plano de Demissão Incentivada (PDI), apoio psicológico, programa de requalificação profissional com cursos realizados em parceria com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e possível antecipação do encerramento das atividades de manufatura, a qual depende da negociação com um potencial comprador.

“Em um momento desafiador como este, a Ford e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC construíram, em conjunto, um resultado benéfico aos funcionários no aspecto econômico e social”, disse Lyle Watters, presidente da Ford América do Sul. “Considero esse processo negocial como exemplar e manteremos de forma contínua o diálogo aberto com todos os envolvidos”.

A compensação financeira oferecida pela Ford será definida com base na combinação de condições empregatícias (mensalistas e horistas), tempo de trabalho e eventual contratação do funcionário por um potencial comprador da unidade de São Bernardo do Campo.

“Foram mais de 40 dias de luta. Durante todo esse tempo, dialogamos intensamente com a empresa, a sociedade e a matriz da Ford nos Estados Unidos”, disse Wagner Santana, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

“Nosso esforço foi incansável. Atingimos nosso objetivo com um acordo importante para os trabalhadores e uma proteção adicional, uma vez que essa negociação independe da venda da fábrica”, adicionou José Quixabeira de Anchieta (Paraíba), coordenador geral do SUR/CSE.

A Ford informa que as conversas com potenciais compradores da fábrica de São Bernardo do Campo continuam e reafirma seu compromisso em realizar todos os esforços possíveis para obter um resultado positivo.