Homem que atropelou e arrastou idoso até a morte no Paraná é preso 10 anos após o crime

Eder Batista de Andrade foi preso após atropelar e arrastar Rubens Krum, de 82 anos, em 2014, em Ponta Grossa, Paraná. Inicialmente, ele alegou ser vítima de um assalto. Em 2021, confessou a mentira e foi condenado. O mandado de prisão foi expedido em 2023.
Publicado em Local dia 4/07/2024 por Alan Corrêa

Eder Batista de Andrade foi preso nesta quarta-feira (3), quase 10 anos após atropelar e arrastar Rubens Krum, de 82 anos, por 500 metros em Ponta Grossa, Paraná. O acidente ocorreu na manhã do dia 30 de agosto de 2014, no bairro Nova Rússia, em frente ao Hospital Bom Jesus. Na ocasião, Eder alegou que estava sendo feito refém dentro de sua caminhonete devido a um assalto.

Durante o julgamento, realizado em 2021, Eder confessou que mentiu e que estava dirigindo o veículo no momento do acidente. Ele foi condenado a 11 anos de prisão em regime fechado por homicídio simples. O motorista recorreu da sentença em liberdade, e o mandado de prisão foi expedido em novembro de 2023, quando o processo transitou em julgado, ou seja, não permitia mais recursos.

No dia do acidente, Rubens Krum estava atravessando a rua Dom Pedro II quando foi atingido pela caminhonete de Eder. Testemunhas afirmaram que o motorista estava em alta velocidade e com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) vencida. Mesmo após várias pessoas gritarem para que parasse o veículo, Eder continuou dirigindo.

Eder se apresentou à polícia no mesmo dia do acidente e alegou inicialmente que foi vítima de um assalto à mão armada. Ele afirmou que o criminoso o obrigou a pular para o banco do passageiro e abaixar a cabeça. Disse também que ouviu barulhos, mas não sabia que o assaltante tinha atropelado uma pessoa.

Durante o julgamento, ele admitiu ter mentido e confirmou que estava dirigindo a caminhonete. Eder foi condenado, mas recorreu em liberdade. Em novembro de 2023, após esgotados os recursos, o mandado de prisão foi expedido, e ele foi detido nesta terça-feira (3) em Ponta Grossa.

A advogada de defesa, Regiani Araújo, afirmou que Eder lamenta profundamente a morte de Rubens Krum e que ele estava aguardando o cumprimento do mandado judicial para iniciar a execução penal. Além da condenação pelo homicídio, Eder possui antecedentes criminais por furto qualificado e receptação.

O Ministério Público (MP) acusou Eder de estar em alta velocidade e com a CNH vencida no momento do acidente. A defesa, por outro lado, argumenta que o atropelamento foi um acidente de trânsito e que Eder avistou o corpo do idoso somente após atravessar uma lombada.

O caso chocou a comunidade de Ponta Grossa e trouxe à tona questões sobre segurança no trânsito e a responsabilidade dos motoristas. A família de Rubens Krum continua buscando justiça e aguarda o desfecho das ações indenizatórias na esfera cível.

Fonte: G1.