O Jeep Renegade passou por várias transformações desde seu lançamento em 2015, mas mantém até hoje uma proposta clara no segmento dos SUVs compactos: unir visual robusto, motor forte e proposta urbana com alguma aptidão para estradas ruins. Na prática, o modelo continua relevante mesmo em sua versão mais acessível, o Renegade 1.3 Turbo.
Pontos Principais:
Apesar da idade do projeto, o modelo de entrada da Jeep continua chamando atenção por oferecer um conjunto mecânico pouco comum em sua faixa de preço, com motor turbo de 176 cv, câmbio automático e suspensão traseira independente. Por outro lado, o corte de custos se faz visível em equipamentos ausentes e limitações em espaço.
Essa configuração, com preço sugerido de R$ 118.290, tenta equilibrar desempenho superior com um custo mais contido. Para isso, abre mão de itens comuns em rivais mais caros. A proposta atrai quem prioriza potência, mas impõe ao comprador escolhas difíceis em relação ao conforto e à tecnologia embarcada.
O Renegade preserva as características visuais que o tornaram um dos modelos mais reconhecíveis da Jeep. Com carroceria retilínea e proporções compactas, o SUV mantém a identidade visual marcada por faróis circulares em LED, lanternas traseiras com desenho em “X” e um para-brisa pouco inclinado.
Essa assinatura visual ajuda a manter a presença de marca, mas revela a idade do projeto. A última reestilização ocorreu em 2022, e mudanças mais profundas no design estão previstas apenas para o próximo ano, quando o modelo ganhará atualizações externas.
Apesar do visual ainda identificado com a proposta “raiz” de SUV, o Renegade permanece baseado na primeira geração. O modelo atual mede 4,27 metros de comprimento, 1,80 metro de largura e 2,57 metros de entre-eixos, com porte equilibrado para uso urbano.
No interior, o Renegade básico oferece acabamento interno com materiais macios ao toque e montagem cuidadosa, mas deixa de fora elementos que se tornaram comuns em modelos na faixa dos R$ 120 mil. Entre os itens ausentes estão painel digital, bancos de couro e sensor de chuva.
O espaço interno continua limitado, especialmente para quem viaja no banco traseiro. O entre-eixos curto e a largura contida resultam em uma cabine justa. O porta-malas, com 385 litros de capacidade, também não se destaca.
Alguns detalhes, no entanto, contribuem para a sensação de cuidado, como iluminação no banco traseiro e no compartimento de bagagens, além de rodas de liga leve de 17 polegadas que são de série, junto com faróis e lanternas em LED.
A lista de equipamentos de série do Renegade 1.3 Turbo inclui o básico para o segmento, como ar-condicionado analógico, direção elétrica, volante ajustável em altura e profundidade, vidros elétricos nas quatro portas e banco do motorista com ajuste de altura.
Itens como central multimídia com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, câmera de ré e frenagem autônoma de emergência estão disponíveis apenas no pacote opcional Pack Tech, que custa R$ 8.700.
Há ainda o pacote Pack Work I, oferecido por R$ 12.000, que inclui barras de teto, rodas de 18 polegadas, protetor de cárter, tampão do porta-malas e tapetes.
O principal atrativo do Renegade de entrada está no motor 1.3 turbo flex, com quatro cilindros, injeção direta de combustível e potência de 176 cv a 5.750 rpm. O torque máximo é de 27,5 kgfm já a 1.750 rpm, o que garante boas respostas em baixa rotação.
A aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 8,7 segundos, e a velocidade máxima declarada é de 210 km/h. O câmbio automático de seis marchas e a tração dianteira compõem o conjunto mecânico.
Em relação ao consumo, o Inmetro aponta médias de 11 km/l na cidade e 12,8 km/l na estrada com gasolina. Com etanol, os números caem para 7,7 km/l e 9,1 km/l, respectivamente.
O Renegade de entrada oferece seis airbags de série (frontais, laterais e de cortina), monitoramento de pressão dos pneus e controles de tração e estabilidade. Freios a disco nas quatro rodas e freio de estacionamento eletrônico também são itens padrão.
Itens como frenagem autônoma de emergência, aviso de saída involuntária de faixa e câmera de ré exigem a aquisição do pacote Pack Tech. Sensores de estacionamento não fazem parte do equipamento de fábrica e podem ser adicionados apenas como acessórios.
O projeto estrutural conta com suspensão independente tipo McPherson nas quatro rodas, com barra estabilizadora na dianteira e traseira. A direção é elétrica, e os pneus utilizam medidas 215/60 R17.
As revisões programadas do Renegade estão entre as mais acessíveis da categoria. Os valores variam entre R$ 787 e R$ 1.526 até os 60.000 km, com destaque para o serviço de 50.000 km, que é o mais caro da tabela.
O modelo conta com garantia de fábrica de cinco anos, o que se tornou padrão para vários veículos da Stellantis. O tanque de combustível tem capacidade para 55 litros, o que contribui para uma autonomia razoável mesmo com consumo médio.
O seguro do Renegade básico tende a variar de acordo com o perfil do condutor e região, mas em geral é mais acessível que o de versões topo de linha, por não concentrar tantos itens eletrônicos ou acessórios caros.
Fonte: AutoEsporte e Uol.