Lista das motos mais vendidas no Brasil até setembro de 2024 mostra mercado em expansão

As vendas de motos novas no Brasil seguem em crescimento, com mais de 1,4 milhão de unidades emplacadas até setembro de 2024. Honda lidera o mercado, enquanto as motos elétricas ainda enfrentam desafios para se consolidar. O crescimento anual é de quase 20%, impulsionado pela alta demanda no setor de delivery.
Publicado em Motos dia 6/10/2024 por Alan Corrêa

Até o terceiro trimestre de 2024, o mercado de motocicletas zero km no Brasil registrou 1.410.230 emplacamentos, segundo a Fenabrave. O setor segue com um crescimento de 19,45% em comparação com o mesmo período do ano passado. Entre os fatores que impulsionam as vendas, destacam-se os baixos custos de aquisição e abastecimento, além da alta demanda comercial, principalmente no segmento de entregas.

Pontos Principais:

  • Mais de 1,4 milhão de motos novas emplacadas até setembro de 2024.
  • Honda CG 160 é a moto mais vendida, com mais de 330 mil unidades.
  • Crescimento de 19,45% em comparação com o mesmo período de 2023.
  • Modelos elétricos ainda representam uma parcela pequena do mercado.

A Honda lidera o mercado de motos no Brasil, ocupando as seis primeiras posições entre os modelos mais vendidos em 2024. A Honda CG 160 mantém o primeiro lugar com mais de 330 mil unidades emplacadas nos primeiros nove meses do ano, seguida pela Honda Biz e Honda Pop 110i. A Yamaha também se destaca, embora com uma participação de mercado bem inferior, com modelos como a Yamaha YBR 150 e a Yamaha Fazer 250.

A Honda continua na liderança com seus modelos ocupando as seis primeiras posições no ranking das motos mais vendidas. A Honda CG 160 foi destaque, com mais de 330 mil unidades vendidas em 2024.
A Honda continua na liderança com seus modelos ocupando as seis primeiras posições no ranking das motos mais vendidas. A Honda CG 160 foi destaque, com mais de 330 mil unidades vendidas em 2024.

Os dados da Fenabrave também revelam que o mês de setembro registrou 156.607 emplacamentos de motos, uma queda de 4,4% em comparação com agosto, quando foram emplacadas 163.880 unidades. No entanto, o mercado continua robusto, com expectativas de crescimento até o final do ano, especialmente pela demanda no setor de entregas.

Enquanto as motos a combustão dominam o mercado, os modelos elétricos ainda não se firmaram no Brasil. Embora o setor tenha registrado uma alta pontual de 17,81% nos emplacamentos em setembro, o acumulado do ano mostra uma queda de 18,98% em relação ao ano anterior. Segundo a Fenabrave, o segmento de motos elétricas ainda tem um longo caminho para se consolidar no país, mas as expectativas são de crescimento nos próximos anos, à medida que a infraestrutura de recarga se desenvolva e os custos desses modelos se tornem mais acessíveis.

Vendas de motos no Brasil até setembro de 2024

Até o terceiro trimestre de 2024, o mercado de motocicletas zero km no Brasil continuou em expansão, com um total de 1.410.230 unidades emplacadas, de acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). O crescimento de 19,45% em relação ao mesmo período do ano anterior evidencia o fortalecimento do setor. Parte desse aumento é atribuído ao menor custo de aquisição e abastecimento das motos, além da crescente demanda no uso comercial, especialmente por entregadores de documentos e serviços de delivery.

Segundo a Fenabrave, o mês de setembro registrou 156.607 emplacamentos de motos, o que representou uma leve queda de 4,4% em comparação com agosto, que teve 163.880 unidades emplacadas. Apesar da retração pontual, o mercado segue aquecido, mantendo um bom desempenho ao longo do ano.

O mercado de motos elétricas

Enquanto as motos a combustão continuam dominando as vendas, os modelos elétricos ainda enfrentam dificuldades para se consolidar no Brasil. A amostragem de emplacamentos de motos movidas a bateria é pequena, e houve uma queda de 18,98% no acumulado do ano em comparação com o período anterior. No entanto, o mês de setembro registrou uma alta de 17,81% no número de motos elétricas emplacadas, o que indica um crescimento pontual, mas insuficiente para competir com as motos tradicionais.

De acordo com Andretta Jr., presidente da Fenabrave, o segmento de motos elétricas tem potencial de crescimento nos próximos anos, mas ainda não se firmou como uma alternativa viável no mercado nacional. Os desafios incluem o custo mais elevado desses modelos e a infraestrutura de recarga limitada no país.

As 10 motos mais vendidas no Brasil em 2024

O mercado de motocicletas no Brasil continua a ser liderado pela Honda, que detém as primeiras seis posições no ranking das motos mais vendidas até o terceiro trimestre de 2024. A Honda CG 160 é o destaque, com mais de 330 mil unidades emplacadas. A seguir, estão as outras motos que compõem o top 10 das mais vendidas:

  • Honda CG 160: 330.254 unidades
  • Honda Biz: 213.054 unidades
  • Honda Pop 110i: 122.703 unidades
  • Honda NXR 160: 115.317 unidades
  • Honda CB300F: 45.010 unidades
  • Honda PCX 160: 43.948 unidades
  • Mottu Sport 110: 42.603 unidades
  • Yamaha YBR 150: 38.755 unidades
  • Yamaha Fazer 250: 36.148 unidades
  • Yamaha XTZ 250: 35.344 unidades

Participação de mercado por marcas

A liderança da Honda no mercado brasileiro de motos é expressiva, com 69% de participação, seguida pela Yamaha com 17,93%. Outras marcas têm uma presença bem mais discreta, como a Shineray com 3,72% e a Mottu com 3,02%. Confira a participação de mercado das principais marcas até setembro de 2024:

  • Honda: 69%
  • Yamaha: 17,93%
  • Shineray: 3,72%
  • Mottu: 3,02%
  • Haojue: 0,99%
  • Avelloz: 0,88%
  • Royal Enfield: 0,88%
  • BMW: 0,80%
  • Triumph: 0,61%
  • Kawasaki: 0,49%

Tendências e expectativas para o mercado de motos

O mercado de motocicletas no Brasil se mostra resiliente e com grande potencial de crescimento. O aumento da demanda comercial, especialmente para entregas, deve continuar a impulsionar as vendas nos próximos meses. Além disso, o custo relativamente baixo de manutenção e combustível, comparado a outros veículos, favorece a popularidade das motos, principalmente em áreas urbanas.

O segmento de motos elétricas, embora ainda pequeno, pode apresentar crescimento nos próximos anos, especialmente se houver incentivos governamentais e melhorias na infraestrutura de recarga. O futuro próximo trará desafios e oportunidades para as montadoras, que precisarão se adaptar às demandas do mercado e às tendências de sustentabilidade.

Perspectivas para o quarto trimestre de 2024

O último trimestre do ano será decisivo para confirmar se o setor manterá o crescimento observado até agora. As vendas de motos tendem a sofrer influência de fatores econômicos e da demanda sazonal, principalmente no final do ano. No entanto, as projeções da Fenabrave são otimistas, prevendo que o mercado de motocicletas continue a expandir-se de forma robusta, seguindo o desempenho positivo dos meses anteriores.

O desafio será equilibrar a oferta e a demanda, especialmente considerando as variações no mercado de trabalho, que afetam diretamente o uso comercial de motocicletas. Além disso, a popularidade das motos movidas a combustão continuará sendo um pilar importante para o crescimento, com as motos elétricas tentando se consolidar como uma alternativa para o futuro.

Fonte: G1.