O que é parcela residual?

Todo mundo quer ter um veículo zero km. O problema surge no alto investimento que isso implica, com juros altíssimos. Mas existe uma forma de financiamento em que você pode ter seu carro novo, com juros reduzidos, e ao final a montadora garante a recompra com o pagamento da última e maior parcela, a chamada residual.
Publicado em Dicas dia 5/06/2019 por Alan Corrêa

Todo mundo quer ter um veículo zero km. O problema surge no alto investimento que isso implica, com juros altíssimos. Mas existe uma forma de financiamento em que você pode ter seu carro novo, com juros reduzidos, e ao final a montadora garante a recompra com o pagamento da última e maior parcela, a chamada residual.

O financiamento balão

Uma nova modalidade de financiamento tem atraído mais consumidores em busca de um carro 0 km. Trata-se da parcela residual ou plano balão.

Com efeito, o consumidor para levar seu carro novo precisa dar uma entrada menor, pagar depois prestações menores do que um financiamento comum e, por fim, acertar uma parcela mais alta que será a residual.

A ideia de pagar uma parcela maior no final pode assustar, mas aí que reside o benefício. As montadoras aceitam em um pré-acordo a parcela residual como forma de pagamento pelo carro na compra de um novo.

Assim, para quem desejar trocar de carro a cada dois ou três anos, o plano balão permite esse constante financiamento, onde os juros ficam mais baixos e o consumidor tem como prolongar o pagamento final.

Superando a crise

Esse sistema em realidade não é novo, pois já havia chegado em 2014. Mas estava restrito aos veículos de luxo, como Audi, BMW e Mercedes-Benz.

Atualmente, as montadoras de populares também estão oferecendo mais esse plano, como uma forma de fidelizar os clientes e aumentar o número de vendas, ainda mais em uma época de crise.

Ao oferecer uma entrada e parcelas mais acessíveis e atrativas aos clientes, as empresas lucram com o vínculo que fica atrelado com a marca.

Para os clientes é uma ótima oportunidade de ter a garantia de recompra do veículo ao desfecho do financiamento, sem precisar pagar a última parcela, que pode chegar até 50% do valor total.

Vantagens

Para quem não tem como comprar um carro novo à vista, a parcela residual é um dos sistemas mais inteligentes para cada dois ou três anos trocar de veículo com maior facilidade.

Também para quem não tem um capital grande para investir é uma ótima forma de se comprar um veículo melhor com parcelas mais acessíveis.

Para o financiamento balão algumas montadoras estão oferecendo juros até 61% menores do que o utilizado no financiamento padrão.

Ao contrário do leasing, no plano balão o veículo já fica em nome do comprador, embora o mesmo continue alienado ao banco.

Nos EUA, o plano balão já é bem difundido e o sistema adotado no Brasil segue praticamente as mesmas regras, com variações de acordo com a montadora:

Precauções

A venda do carro usado no final para a concessionária, ou também para terceiros, é o meio de quitar a dívida e utilizar da diferença para iniciar um novo financiamento, podendo ser repetido a cada ciclo novamente.

É claro que todo financiamento traz seus riscos. Se o consumidor não for trocar de carro ao final da parcela residual, é preciso se planejar para pagar uma alta parcela.

Também não faz sentido financiar em três anos com uma parcela grande no final se o consumidor tem como dar uma entrada maior que 70%, pois seria melhor tentar obter taxa zero com a pequena diferença que faltaria.

Outro detalhe que deve ser sempre observado é a taxa de juros aplicada e o valor total do veículo no final.

Principais montadoras

Entre as principais montadoras que já oferecem o financiamento balão, estão a Toyota, Chevrolet, Nissan, Hyundai e Volkswagen.

O programa Ciclo Toyota, por exemplo, disponível para as linhas Corolla e Etios, tem entrada de até 30% do valor do veículo, parcelas de 12 a 36 meses e parcela residual de até 50%.

Ao final do financiamento, a Toyota realiza a recompra do veículo usado pelo valor a partir de 85% de acordo com a tabela Fipe.

Contudo, é preciso seguir os critérios estabelecidos pela Toyota, que consta de limite de rodagem de 15.000 km por ano e as revisões feitas nas concessionárias autorizadas.

*Com informações do VWFS, Toyota e Autoesporte.