Podemos dizer adeus para a Ford no Brasil?

A Ford anunciou que encerrará a produção de veículos no Brasil, causando o desespero de muitos clientes da marca que em muitos casos estão achando que isso significa o fim da venda dos veículos da montadora no Brasil e até mesmo o suporte aos corras já vendidos, mas a verdade não é nada disso.
Publicado por Alan Corrêa em Notícias dia 12/01/2021

A Ford anunciou que encerrará a produção de veículos no Brasil, causando o desespero de muitos clientes da marca que em muitos casos estão achando que isso significa o fim da venda dos veículos da montadora no Brasil e até mesmo o suporte aos corras já vendidos, mas a verdade não é nada disso.

“A Ford está presente há mais de um século na América do Sul e no Brasil e sabemos que essas são ações muito difíceis, mas necessárias, para a criação de um negócio saudável e sustentável”, disse Jim Farley, presidente e CEO da Ford.

“Estamos mudando para um modelo de negócios ágil e enxuto ao encerrar a produção no Brasil, atendendo nossos consumidores com alguns dos produtos mais empolgantes do nosso portfólio global. Vamos também acelerar a disponibilidade dos benefícios trazidos pela conectividade, eletrificação e tecnologias autônomas suprindo, de forma eficaz, a necessidade de veículos ambientalmente mais eficientes e seguros no futuro.”

A Ranger fechou 2020 com 18,5% de participação no segmento, um crescimento de 10% sobre o ano anterior
A Ranger fechou 2020 com 18,5% de participação no segmento, um crescimento de 10% sobre o ano anterior

A empresa anunciou em nota que irá trabalhar imediatamente em estreita colaboração com os sindicatos e outros parceiros no desenvolvimento de um plano justo e equilibrado para minimizar os impactos do encerramento da produção.

“Nosso dedicado time da América do Sul fez progressos significativos na transformação das nossas operações, incluindo a descontinuidade de produtos não lucrativos e a saída do segmento de caminhões”, disse Lyle Watters, presidente da Ford América do Sul e Grupo de Mercados Internacionais. “Além de reduzir custos em todos os aspectos do negócio, lançamos, na região, a Ranger Storm, o Territory e o Escape, e introduzimos serviços inovadores para nossos clientes. Esses esforços melhoraram os resultados nos últimos quatro trimestres, entretanto a continuidade do ambiente econômico desfavorável e a pressão adicional causada pela pandemia deixaram claro que era necessário muito mais para criar um futuro sustentável e lucrativo.”

“Trabalharemos intensamente com os sindicatos, nossos funcionários e outros parceiros para desenvolver medidas que ajudem a enfrentar o difícil impacto desse anúncio”, continuou Watters. “Quero enfatizar que estamos comprometidos com a região para o longo prazo e continuaremos a oferecer aos nossos clientes ampla assistência e cobertura de vendas, serviços e garantia. Isso se tornará evidente ao trazermos para o mercado uma linha empolgante e robusta de SUVs, picapes e veículos comerciais conectados e eletrificados, de dentro e fora da região.”

O fim da produção de veículos não significa o fim da venda de carros no Brasil

Novo Ford Bronco: um dos principais lançamentos globais da marca
Novo Ford Bronco: um dos principais lançamentos globais da marca

Em coletiva de imprensa no início de dezembro de 2020, o presidente da companhia para a América do Sul, Lyle Watters confirmou o lançamento de quatro novos modelos para a região, todos produzidos fora do país.

O utilitário Transit, uma nova versão da picape Ranger, a edição limitada do esportivo Mustang, o Mach 1 e o novo SUV global da marca, o Bronco.

Watters acrescentou que, além da confirmação da produção da nova geração da Ranger, da chegada do Bronco, do Mustang Mach 1 e da Transit, a Ford também planeja anunciar outros modelos totalmente novos, incluindo um veículo híbrido plug-in. “Isso se alia à expansão de serviços conectados e de novas tecnologias autônomas e de eletrificação nos mercados da América do Sul.”

Além disso, a companhia manterá no Brasil a sede administrativa da América do Sul, o Centro de Desenvolvimento de Produto e o Campo de Provas.

*Com informações do UOL e BBC.