Puristas reclamam, mas o futuro das motos é com transmissão automática
A introdução de câmbios automáticos em motos está se tornando uma tendência importante no mercado de duas rodas. Marcas como Honda, BMW e Yamaha estão liderando essa mudança. A Honda foi a pioneira no Brasil ao lançar uma moto com transmissão de dupla embreagem (DCT) em 2023. Essa tecnologia permite que as marchas sejam trocadas sem a necessidade de intervenção do piloto, o que simplifica a condução.
A BMW seguiu a mesma linha ao lançar a R 1300 GS Adventure, um modelo automatizado e cheio de tecnologia. Esse movimento da BMW demonstra que a automatização não é apenas uma tendência passageira, mas um avanço significativo na indústria de motocicletas. A Yamaha, por sua vez, está desenvolvendo sua própria transmissão automatizada, embora ainda não tenha uma data de lançamento prevista.
O câmbio automatizado se diferencia do automático tradicional por usar atuadores eletromecânicos que trocam as marchas de forma autônoma. Outra tecnologia relacionada é o quick shifter, já presente em várias motos de marcas como Triumph e Kawasaki. O quick shifter permite a troca de marchas sem a necessidade de usar a embreagem, o que pode ser visto como um passo intermediário para a completa automatização.
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Além das grandes marcas, a Honda também está atualizando modelos mais populares com transmissões rotativas, que eliminam a necessidade de embreagem. No entanto, é pouco provável que as motos automáticas sejam implementadas em modelos de baixa cilindrada devido aos altos custos. A tecnologia deverá permanecer em motos intermediárias ou de grande porte, com motores acima de 600 cm³.
Mesmo com essas inovações, muitos motociclistas ainda preferem a sensação de controlar as marchas manualmente. Essa resistência é semelhante à que ocorreu no mercado de carros quando os câmbios automáticos foram introduzidos. Entretanto, as vantagens da automatização, como a facilidade de uso e a redução de esforço, estão mudando essa percepção.
A adoção de câmbios automáticos em motos é um processo em evolução. É necessário tempo para que os motociclistas se acostumem e para que a tecnologia se prove confiável e eficiente. Observaremos nos próximos anos como essa tendência se desenvolverá e quais outras marcas adotarão essa tecnologia.
