Stellantis aposta no motor 1.0 turbo para unificar diferentes modelos de Fiat, Peugeot e Citroën
A Stellantis, resultado da fusão entre Fiat Chrysler Automobiles (FCA) e PSA Peugeot Citroën, surgiu com o objetivo de unificar operações e otimizar o uso de tecnologias entre suas marcas. Um dos exemplos mais claros dessa integração é a adoção do motor 1.0 turbo T200, que hoje equipa modelos de diferentes categorias das marcas Fiat, Peugeot e Citroën. Essa estratégia visa melhorar a eficiência na produção e oferecer um conjunto mecânico confiável para várias opções de veículos.
O motor T200, um propulsor de três cilindros com 130 cv quando abastecido com etanol e 125 cv com gasolina, é acompanhado de uma transmissão automática do tipo CVT, que simula até sete marchas. Essa mecânica está presente em modelos que vão desde picapes, como a Fiat Strada, até SUVs como o Peugeot 2008, passando por hatches compactos como o Citroën C3, mostrando a flexibilidade desse conjunto dentro do portfólio da Stellantis.
Na Fiat, o motor T200 aparece em modelos de destaque, como o Pulse, SUV que traz essa motorização nas versões Audace e Impetus, com preços entre R$ 122.990 e R$ 137.990. O Fastback, SUV-cupê da marca, também adota o T200 em versões que variam de R$ 119.990 a R$ 158.990. E a Strada, picape mais vendida do Brasil, tem esse motor nas versões Ranch e Ultra, ambas tabeladas em R$ 139.990, reforçando a aposta da Fiat nesse conjunto.
Na Peugeot, a aposta no motor T200 começou em 2024 com o 208, hatch que ganhou a opção turbo em substituição ao antigo motor 1.6 aspirado. O 208 turbo está disponível nas versões Allure e GT, com preços de R$ 98.990 e R$ 114.990, respectivamente. Já o SUV 2008, em sua segunda geração, também adota o motor T200 nas versões Active, Allure e GT, com valores entre R$ 119.990 e R$ 159.990. Esse SUV, que antes contava com o motor THP, agora utiliza a motorização unificada da Stellantis para seus modelos.
A Citroën também integra o motor T200 em modelos como o C3 e o Aircross. O Aircross, SUV que estreou o T200 na marca, oferece essa motorização em todas as suas versões. O modelo é vendido em configurações de 5 e 7 lugares, com preços que variam de R$ 114.990 a R$ 137.490, dependendo do número de assentos e do pacote de acabamento. Já o C3, com seu design repaginado, ganhou a versão You!, equipada com o motor T200 e câmbio automático CVT, sendo tabelado em R$ 95.990.
A utilização do mesmo motor em diferentes modelos reflete uma estratégia global da Stellantis para reduzir custos de produção e melhorar a eficiência operacional. Compartilhar esse tipo de tecnologia entre várias marcas permite que a empresa ofereça produtos com uma mecânica consolidada e testada, além de facilitar a manutenção e a reparação dos veículos, uma vez que muitas peças são padronizadas.
No entanto, esse movimento também gera um certo impacto na competitividade entre as próprias marcas. Fiat, Peugeot e Citroën, que antes da fusão atuavam como rivais no mercado, agora compartilham recursos em suas linhas de produção, o que pode tornar a diferenciação entre os modelos uma questão mais de design e acabamento do que de mecânica. Apesar disso, a Stellantis mantém a individualidade das marcas e aposta em ajustes específicos para cada uma, mantendo seus modelos competitivos em segmentos semelhantes.
Essa estratégia de unificação de motores dentro do portfólio da Stellantis é um reflexo da busca por maior eficiência no setor automotivo, especialmente em tempos de transição para veículos eletrificados e híbridos. Enquanto essa mudança completa não ocorre, o motor T200 segue sendo uma das principais apostas do grupo para atender às demandas por desempenho e economia de combustível no mercado brasileiro.
