Vivemos em um mundo onde o assunto central de grande parte das discussões passa por formas de preservação ao meio ambiente. No cenário automobilístico atual, a melhor saída encontrada para preservar o meio ambiente passa pelos motores dos veículos, trazendo a realidade os modelos que mesclam energia elétrica com combustível ou até mesmo motores que funcionam 100% com eletricidade, dispensando o uso do combustível fóssil.
Pensando na diversificação e popularização destes modelos de veículos que prometem ser o futuro, a marca japonesa Toyota decidiu liberar cerca de 24 mil patentes livres de royalties para que outras montadoras também possam se adequar ao desenvolvimento dos veículos elétricos e híbridos.
A Toyota possui laços com este tipo de tecnologia desde os primórdios da idealização de carros elétricos, laços estes que fizeram a marca se tornar hoje uma referência no quesito de modelos híbridos no mundo inteiro.
Logo em 1997, ainda no Japão, a Toyota lançou um veículo sedan chamado Prius, que contava com uma inovadora tecnologia que mesclava o uso de um motor a gasolina juntamente um outro motor que utiliza energia elétrica que provém da desaceleração do veículo. Desde então, o Prius já passou por 4 gerações e está em produção ininterruptamente há cerca de 22 anos.
Além de ser pioneiro neste segmento de veículos híbridos, o Prius também recebeu três títulos aos quais a Toyota deve se orgulhar ao extremo, sendo eles o de veículo com tecnologia híbrida mais vendido do mundo (cerca de 90 países comercializam o modelo), o veículo mais econômico e também o carro menores índices de emissões tóxicas dos EUA.
No Brasil o Prius chegou em janeiro de 2013, mas por conta de seu elevadíssimo preço, nem mesmo os números de economia de combustível superiores aos de carros 1.0 (18,9 km/l na cidade e 17 km/l na rodovia) ajudaram a justificar os mais de 100 mil reais pedidos a época.
A Toyota explicou que, além da falta de incentivos fiscais, o atraso na entrada no mercado brasileiro foi devido à exigência do aperfeiçoamento tecnológico do Prius para que possa rodar nas ruas brasileiras com álcool em seu tanque. Foi necessário adaptar a engenharia do híbrido para a mistura de 25% de etanol usada na gasolina brasileira.
A quarta geração do Prius foi lançada no Brasil em junho de 2016, a um preço de R$119.950, em versão única. O novo Prius é o automóvel mais econômico disponível no mercado brasileiro: gasta 18,9 km/l na cidade e 17 km/l em rodovias.
Mas a Toyota realmente não pretende desistir tão cedo de popularizar esta tecnologia no mercado brasileiro. A lista de carros elétricos no Brasil deve aumentar, para o segundo semestre deste ano, está prevista a chegada na nova geração da SUV RAV4 com tecnologia híbrida. Além da RAV4, a marca japonesa também pretende inovar no Brasil e já anunciou um veículo híbrido com motor flexível ainda para este ano, sendo que os principais candidatos a receberem tal tecnologia são o líder de vendas dos sedans médios Corolla e o já clássico híbrido mundial da marca Prius.
Porém por mais que a marca esteja muito forte no segmento dos híbridos, a Toyota relatou que não possui interesse na criação de um veículo 100% elétrico, visto que a demanda para um modelo seguindo tais requisitos ainda é baixo.
No dia 8 deste mês de abril, a Toyota decidiu liberar 23.740 patentes para que outras marcas possam desenvolver veículos com a tecnologia híbrida ou elétrica, visando a popularização e acessibilidade desta tecnologia no mundo. Esta foi uma saída muito interessante que a marca japonesa achou para poder fazer sua parte e contribuir para o desenvolvimento desta tecnologia. Primeiramente, as marcas poderão utilizar as patentes da Toyota para desenvolvimento de veículos, porém, caso hajam problemas na construção, a marca se dispõe a ajudar e auxiliar outras montadoras em peças como motores, baterias, PCUs e ECUs de controle, mas mediante ao pagamento de uma taxa.
Durante vinte anos de pesquisa, tempo em média este em que o Prius está no mercado, a Toyota conseguiu juntar estas quase 24 mil patentes. Hoje, as patentes oferecidas são 2.590 patentes de motores elétricos, 2.020 patentes referentes a PCUs, 7.550 patentes sobre controles do sistema, 1.320 patentes de transeixo dos motores, 2.200 patentes de carregador além das 2.380 patentes de célula de combustível, aumentando assim para 8.060 o número total de patentes desta tecnologia.
Liberando estas patentes, a Toyota visa muito além de ajudar as outras marcas, mas também acelerar a redução da emissão de CO2. Tudo isso se dá por conta de que, em 2015, a marca criou uma meta para até 2050 reduzir gradativamente os níveis de CO2 não apenas de seus carros, mas também de suas instalações.
O Toyota Corolla 2020 do Brasil será o primeiro veículo do mundo equipado com propulsão híbrida flex. O veículo será movido a etanol mais eficiente do País e o híbrido mais limpo do planeta.
Os estudos envolvendo a tecnologia híbrida flex da Toyota foram anunciados pela fabricante em março do ano passado, enquanto a confirmação de produção aconteceu em dezembro do mesmo ano. Impulsionando um novo ciclo de evolução tecnológica no País, o anúncio está em linha com os propósitos do Programa Rota 2030 que busca, entre outros temas, estimular a produção de veículos mais eficientes.
A 12ª geração do Corolla, o carro mais vendido globalmente, promete, mais uma vez, ser referência não só em seu segmento, mas em toda a indústria automotiva nacional. Único veículo a contar com um motor elétrico e outro de tecnologia flexfuel, o Novo Corolla, com essa motorização, será o automóvel movido a etanol mais eficiente do Brasil e o híbrido mais limpo do mundo.
O modelo será montado sobre a plataforma TNGA (Toyota New Global Architecture, ou Nova Arquitetura Global da Toyota, em tradução para o português), que já equipa veículos da marca como o Prius, o SUV compacto C-HR e o sedã grande Camry. Com ela, o Corolla, que já é referência por seus atributos, dará um salto ainda maior em qualidade, conforto, dirigibilidade e estabilidade. Tudo isso aliado a uma série de novos equipamentos, fará deste futuro Corolla um carro completamente renovado e pronto para surpreender aos mais exigentes dos clientes.
A nova geração do Corolla tem previsão de chegada às concessionárias brasileiras no último trimestre de 2019. Para os mercados latino-americanos onde o veículo é exportado – Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile, Peru e Colômbia – a Toyota planeja sua comercialização a partir do primeiro semestre de 2020.