A Toyota se prepara para lançar a nova geração da picape Hilux, e o registro do nome “Hilux Travo” na Tailândia é um dos primeiros sinais oficiais dessa mudança. O registro foi realizado em dezembro de 2024 junto ao Departamento de Propriedade Intelectual da Tailândia e sugere que a nova nomenclatura será utilizada em mercados asiáticos, seguindo a tradição da marca no país.
Pontos Principais:
Desde 2005, a Toyota adota sobrenomes para as gerações da Hilux no mercado tailandês. A sétima geração foi comercializada como Hilux Vigo, enquanto a oitava, que está em vigor desde 2015, é conhecida como Hilux Revo. O nome “Travo” agora deve marcar a nona geração, que poderá ser lançada em 2025, encerrando o ciclo da atual linhagem.
A Tailândia, um mercado significativo para picapes médias, tem desempenhado um papel central no desenvolvimento da Hilux. Nos últimos anos, o país se tornou um dos principais polos de inovação da Toyota, com a filial local liderando projetos como a Hilux BEV, versão elétrica da picape atualmente testada para transporte de turistas.
Ainda não há confirmações oficiais sobre a plataforma da nova geração, mas especulações apontam para dois caminhos principais. Um deles é o uso de uma versão revisada da estrutura atual, estratégia que permitiria reduzir custos e acelerar o lançamento. A outra possibilidade é a adoção da plataforma TNGA-F, já utilizada em modelos como Tacoma, Tundra e Land Cruiser Prado, o que traria maior modernidade e segurança ao projeto.
Espera-se que a nova geração também apresente avanços mecânicos. Entre as configurações mais comentadas está a versão híbrida plug-in, que pode combinar um motor 2.4 turbo a gasolina com um motor elétrico de 36 kW. Essa configuração entregaria 326 cv de potência e 64,2 kgfm de torque, acoplada a um câmbio automático de oito marchas. A Toyota também estuda colaborações com a fabricante chinesa BYD para o desenvolvimento de versões totalmente elétricas da Hilux.
A escolha da plataforma será crucial para enfrentar concorrentes diretos como Ford Ranger e Mitsubishi Triton, que já oferecem modelos renovados e com inovações tecnológicas. A decisão da Toyota determinará como a nova Hilux será posicionada no mercado global.
No design, a nova Hilux deverá seguir uma tendência observada em outras picapes médias: alinhamento visual com modelos maiores da marca. Assim como a Ford Ranger adota elementos da F-150 e a Chevrolet S10 remete à Colorado, é esperado que a nova Hilux apresente similaridades com a Tundra, vendida nos Estados Unidos.
Além das mudanças visuais, a Toyota busca atender às demandas do mercado por maior eficiência energética e tecnologias de propulsão alternativa. O lançamento de versões híbridas e elétricas seria uma resposta às novas regulamentações ambientais e às expectativas dos consumidores.
Em mercados como a Austrália, onde a Hilux tem enfrentado desafios para manter sua liderança diante da Ford Ranger, as atualizações serão cruciais para reconquistar participação. A combinação de design renovado, avanços tecnológicos e opções de motorização diversificadas poderá consolidar a nova geração como uma das principais escolhas no segmento.
O registro do nome “Hilux Travo” e declarações de executivos da Toyota reforçam a expectativa de que o lançamento ocorra em 2025, ano em que a oitava geração completa uma década de mercado. Durante entrevista à revista CarsGuide em 2024, Sean Hanley, vice-presidente de vendas, marketing e operações da Toyota Austrália, indicou que as novidades deverão ser reveladas somente no próximo ano.
O lançamento da nova geração marcará o início de uma nova etapa para a Hilux, que terá a missão de consolidar sua posição em mercados-chave. Em regiões onde a picape já perdeu a liderança, como na Austrália, a estratégia da Toyota incluirá não apenas inovações tecnológicas, mas também ajustes nos preços e na oferta de versões para atrair diferentes perfis de consumidores.
Com as mudanças previstas, a Toyota busca manter a Hilux como uma das picapes médias mais populares do mundo. O lançamento deverá incluir versões para diferentes mercados, atendendo tanto às demandas por veículos robustos e acessíveis quanto àquelas por opções mais tecnológicas e sustentáveis.
Fonte: Vrum, Motor1 e QuatroRodas.