A possível revogação dos créditos fiscais para veículos elétricos nos Estados Unidos, defendida por Trump, pode aumentar a competitividade da Tesla no mercado. Atualmente, empresas como GM e Ford dependem dos subsídios para reduzir perdas no segmento de elétricos, enquanto a Tesla já opera com margens lucrativas.
Pontos Principais:
A Lei de Redução da Inflação, criada durante a gestão Biden, oferece créditos fiscais de até US$ 7.500 para consumidores de veículos elétricos. No entanto, a Tesla tem sido menos beneficiada, pois prefere vender seus modelos em vez de oferecê-los em regime de aluguel, o que maximiza os créditos disponíveis.
Outra proposta mencionada pelo presidente eleito é uma maior abertura regulatória para tecnologias de condução autônoma. Isso pode beneficiar empresas como Tesla e Waymo, acelerando a adoção de veículos autônomos.
Por outro lado, a flexibilização das metas de emissões e dos padrões de quilometragem deve dar mais tempo às montadoras tradicionais para manterem seus modelos com motores a combustão no mercado. Essa mudança afeta diretamente a General Motors, que declarou sua intenção de lucrar com veículos elétricos até o final do ano.
Especialistas acreditam que, apesar das mudanças propostas, as montadoras seguirão investindo em eletrificação. Bilhões já foram alocados em fábricas, tecnologia e marketing para atender à crescente demanda por veículos elétricos.
O impacto de uma possível reversão da autonomia regulatória da Califórnia, permitida desde a década de 1960, também está em debate. Durante seu primeiro mandato, Trump tentou revogar a isenção que permite ao estado estabelecer políticas de emissões mais rigorosas.
Embora a Tesla possa ganhar competitividade, a movimentação de Trump não elimina os desafios para a indústria como um todo. Investimentos em veículos elétricos continuam sendo estratégicos, especialmente em estados onde a expansão já começou a gerar empregos.
Analistas destacam que o ritmo da eletrificação pode desacelerar, mas não será abandonado, já que o setor considera a transição inevitável a longo prazo. As políticas de incentivo à produção, focadas em fortalecer o setor nos estados que apoiaram Trump, são vistas como menos vulneráveis a mudanças.