O Jeep Compass tem se mantido como líder no segmento de SUVs médios desde o seu lançamento no Brasil em 2016. A produção do modelo ocorre na fábrica de Goiana (PE) e já alcançou quase 500 mil unidades. No primeiro semestre de 2024, o Compass registrou 22.800 emplacamentos, destacando-se pela combinação de bom acabamento, lista de equipamentos e opções de motorização flex e diesel.
A oferta de motorização do Jeep Compass ao longo dos anos sempre foi um fator de atração para diferentes perfis de consumidores. Até 2021, o modelo foi oferecido com o motor Tigershark 2.0 flex, que entrega 166 cv de potência e 20,5 kgfm de torque. Esse motor era acoplado ao câmbio automático Aisin de seis marchas e tração dianteira. Já as versões movidas a diesel trazem o motor 2.0 turbodiesel de 170 cv e 35,7 kgfm, associado ao câmbio automático de nove marchas e tração 4×4.
A partir de 2022, o Compass passou a contar com o motor 1.3 turboflex, substituindo o Tigershark, com 185 cv de potência e 27,5 kgfm de torque. Em 2024, o SUV recebeu uma nova configuração de motor a gasolina, o Hurricane 2.0 turbo, que gera 272 cv e 40,8 kgfm, disponível nas versões mais recentes.
O Compass passou por uma reorganização de versões em 2024. A motorização turbodiesel ficou restrita à versão Limited, e a configuração Trailhawk, antes voltada para o fora-de-estrada, saiu de linha. No entanto, o SUV ganhou duas novas configurações equipadas com o motor Hurricane 2.0 turbo a gasolina, utilizado também na picape Ram Rampage, com câmbio automático de nove marchas e tração 4×4.
Em 2022, o modelo também foi oferecido na versão híbrida plug-in Série S 4xe, que combina o motor 1.3 turbo a gasolina com um propulsor elétrico no eixo traseiro, proporcionando até 240 cv de potência combinada e 47,9 kgfm de torque. A versão híbrida oferece um consumo médio de 32,7 km/l e autonomia de 30 quilômetros no modo elétrico.
Para quem pensa em adquirir um Jeep Compass usado, é importante verificar se a manutenção está em dia. Um dos problemas relatados por donos de versões anteriores ao modelo 2022 é o trocador de calor do câmbio automático. Essa peça pode sofrer corrosão e, em casos graves, permitir a mistura do líquido de arrefecimento com o óleo do câmbio, o que causa danos graves à transmissão.
Outro ponto que exige atenção é o consumo de óleo no motor 1.3 turboflex, uma falha que pode levar ao superaquecimento do motor. Esse problema foi alvo de recall, e é fundamental que o veículo tenha passado pela correção.
O Jeep Compass é um dos SUVs mais populares no Brasil, sendo muito procurado tanto no mercado de novos quanto no de usados. Entre os pontos positivos de adquirir um Compass usado, destaca-se a qualidade de construção do veículo, que oferece um bom nível de conforto e equipamentos. O design moderno e a ampla oferta de versões, tanto com motorização flex quanto a diesel, também atraem os consumidores que buscam um carro robusto e com bom desempenho, seja para o uso urbano ou fora de estrada.
No entanto, como em qualquer veículo usado, é fundamental avaliar cuidadosamente as condições gerais do Compass antes da compra. Um dos fatores mais importantes é verificar se as manutenções periódicas foram realizadas corretamente, principalmente em relação ao motor e ao sistema de transmissão. Problemas como desgaste no trocador de calor do câmbio automático, que pode gerar falhas significativas, são questões que devem ser investigadas. Além disso, veículos que passaram por recall devem ter suas correções registradas e confirmadas.
A quilometragem é outro ponto que não pode ser ignorado. O Compass é um SUV projetado para rodar grandes distâncias, especialmente as versões a diesel, conhecidas por sua durabilidade. No entanto, um veículo com alta quilometragem pode exigir mais gastos com manutenção, especialmente se não houve cuidados adequados ao longo dos anos. Por isso, é essencial buscar um histórico de manutenção detalhado e observar o estado de componentes como suspensão, freios e sistema de direção.
Por outro lado, um dos grandes atrativos do Jeep Compass é o fato de que peças e serviços estão amplamente disponíveis, visto que o modelo é fabricado no Brasil e compartilha diversos componentes com outros veículos da marca Jeep. Isso facilita a manutenção e a reposição de peças. No entanto, é importante estar preparado para os custos envolvidos, que podem ser mais elevados em comparação a outros SUVs da mesma categoria, especialmente nas versões a diesel.
Fonte: Webmotors, Stellantis, OLX e AutoEsporte.