No dia 21 de maio de 2019, a Fiat celebrou 100 anos de presença na Argentina, com a participação do Presidente Mauricio Macri. A comemoração foi ocasião para recordar um pouco desta história através da exposição de modelos marcantes, bem como pelos discursos das personalidades representativas.
Ao todo foram quase 400 convidados, que puderam celebrar os 100 anos de história da Fiat na Argentina no Salão Ocre da Rural de Palermo com uma decoração toda de gala e cheia de recordações.
Em um ambiente com fundo escuro e cheio de luzes que pareciam estrelas, os presentes puderam acompanhar a exposição de modelos históricos, como o Victoria de 1903 e o 1500 Berlina, bem como modernos como o protótipo Fiat Fastback.
Outro grande destaque foi a versão exclusiva de apenas 100 unidades do Cronos Centenário.
Entre os convidados de honra, além de Macri, acompanharam o evento o Ministro do Exterior Jorge Faurie, o Ministro da Economia Nicolás Dujovne e o Ministro do Transporte Guillermo Dietrich.
Estiveram presentes também o Presidente geral da Fiat John Elkann, Mike Manley, CEO de FCA, o Presidente da Fiat para a América Latina Antonio Filosa, o Presidente da Fiat na Argentina Cristiano Rattazi e o diretor geral da Fiat na Argentina Martin Zuppi.
De acordo com Manley, em seu discurso, a Fiat é um dos primeiros grupos internacionais a se enraizar na Argentina, onde tem feito um alto investimento, como aconteceu com os 500 milhões de dólares na planta de Córdoba, que pode ser considerada “uma das plantas mais modernas em termos de tecnologia aplicada”.
Johl Elkann, por sua vez, reiterou o compromisso da Fiat em permanecer sua trajetória neste país, onde a história de milhares de argentinos, na maioria descendentes de italianos, se cruzou para “construir a grande família da Fiat na Argentina”.
Já o representante da nação fez a menção à memória do seu pai, que lhe ensinou os primeiros passos em sua trajetória empresarial se baseando na própria Fiat, bem como comentou que a montadora italiana “conseguiu entrar no coração de todos os argentinos”.
Não é de estranhar a familiaridade de Macri no contexto do evento, uma vez que o próprio presidente durante anos esteve à frente da indústria automobilística Sevel Argentina.
Em relação ao tema polêmico do favorecimento do governo argentino para a expansão da Fiat no país, particularmente no momento difícil que passa a economia, Macri tem esperança de que o desenvolvimento do Mercosul abra as portas “de modo inteligente ao mundo, para conquistar novos mercados”.
Fundada em 1899, em Turim, por Gianni Agnelli, a Fiat escolheu a Argentina – impulsionada pelo seu próprio fundador – para ser o primeiro país de sua expansão fora da Itália.
No dia 21 de maio de 1919, a Fiat conseguiu se instalar nas ruas Demaría e Godoy Cruz, na cidade de Parlemo, onde iniciou com a venda de veículos de passageiros e tratores.
Não foi por mero acaso a razão desta escolha. A Argentina, na época, desfrutava de uma excelente economia, com uma classe média em expansão e um PIB que chamava muita atenção.
Devido a forte presença na Argentina de imigrantes italianos, particularmente depois das Guerras Mundiais, a Fiat alcançou um alto índice de vendas.
Atendendo a política do governo de incentivo ao desenvolvimento da indústria automotiva nacional, a Fiat construiu sua fábrica na cidade de Buenos Aires, onde em abril de 1960 foi produzido o seu primeiro produto: o Fiat 600D.
A produção local do modelo 600 reforçou ainda mais o forte crescimento das vendas da Fiat no país.