Esportividade, velocidade e performance. Tudo isso “escondido” debaixo do capô e do visual de certa forma discreto do Audi RS 6, que completou seus históricos 20 anos de existência no dia 27 de julho de 2022.
Com certeza o modelo é referência quando se fala das cada vez mais extintas “station wagons”. A história desse modelo teve início lá em 2002, e é justamente isso que vamos relembrar um pouquinho!
O ano era 2002, o início do novo milênio, e a Audi não podia estar vivendo uma fase melhor para a época, focada no mundo superesportivo, havia acabado de levar o título na estreia das 24h de Le Mans em 1999 e depois conquistou consecutivamente nos 3 anos seguintes o mesmo feito. O momento agora era de buscar a inovação para a famosa família das quatro argolas, depois do sucesso feito pela lendária versão RS 4.
Sendo assim, no ano de 2002 os engenheiros usaram todo conhecimento e recursos que tinham para transformar o A6 em um superesportivo de pista adaptado para as ruas. Com ajustes na parte mecânica (motor, suspensão e transmissão) e no visual, surgiu uma nova estrela: o Audi RS 6!
O primeiro modelo do RS 6 foi feito em parceria com a Cosworth, companhia subsidiária da fabricante, contava com um motor V8 4.2 biturbo que possuía 450 cavalos de potência e 560 Nm de torque. Números muito significativos para a época.
E assim surgiu o modelo de pistas adaptado para a rua. Para se ter uma ideia, a potência era a mesma presente no Audi TT-R utilizado na competição de carros de turismo DTM daquele ano. Claro que um conjunto como esse que estava sendo desenvolvido precisava também de segurança, e para isso três modificações foram incluídas para tornar a pilotagem mais segura e estável.
Primeiro, o câmbio manual foi substituído pela transmissão automática, que também possibilitou trocas de marchas mais curtas e ágeis, fazendo com que o carro tivesse uma aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 4,7 segundos. Segundo, uma suspensão pensada e desenvolvida especificamente para a nova linha, a Dynamic Ride Control (DRC) que consiste em molas de aço com dois amortecedores hidráulicos diagonalmente opostos que neutralizam o movimento na carroceria, sem eletrônica.
Em curvas, a resposta do amortecedor é alterada para que os movimentos do veículo sejam significativamente reduzidos ao longo do eixo longitudinal (rolagem) e do eixo transversal. Terceiro, a inclusão de cinco modos de pilotagem, que oferecia desde uma direção mais tranquila até um modo de pilotagem mais esportivo.
Seis anos depois, a Audi lançou a segunda geração do RS 6, que alcançou o que a marca sempre quis proporcionar para os entusiastas: um modelo ainda mais potente e esportivo. Dessa vez, a Audi optou por um motor V10 5.0 biturbo, que fez com que o carro tivesse incríveis 580 cavalos e torque de 650 Nm. Para se ter uma ideia, o tão famoso modelo R8 tinha no máximo 560 cavalos na versão RS, ou seja, realmente a segunda geração do RS 6 era sem dúvidas muito potente.
Outra mudança importante nesse modelo foi a lubrificação por cárter seco, que basicamente fazia com que o tanque de óleo ficasse separado, permitindo com que o motor ficasse também numa posição mais baixa, o que consequentemente abaixava o centro de gravidade do carro. E assim como na primeira geração, foi necessária uma transmissão eficiente para lidar com toda potência que era entregue ao veículo.
Dessa vez o modelo contava com menos cilindros e avanços em relação à dinâmica e eficiência do novo propulsor. Possuía dimensões mais compactas e maior uso de alumínio nos seus componentes.
O motor agora era um V8 biturbo 4.0 e teve seu peso reduzido em 120 kg, que foi reposicionado, ficando 15 centímetros recuado em relação às versões anteriores. Com todas as modificações de motor o carro agora possuía 560 cavalos de potência, 700 Nm de torque e câmbio tiptronic de oito velocidades e fazia o 0 a 100 km/h em apenas 3,9 segundos.
O consumo nessa geração também acabou sendo uma ótima inovação, com consumo reduzido de cerca de 30% em comparação com a versão anterior.
Um pouco mais pra frente a Audi conseguiu melhorar e extrair do motor mais potência, agora 605 cavalos e 705 Nm de torque, que apesar das críticas iniciais do segmento, acabou se tornando o best-seller global e líder do mercado no segmento das stationwagons.
Em 2019 a quarta geração chegou ao mercado, novamente com um motor inovador para agradar aqueles que estavam ansiosos por mais potência e torque. Agora com um motor 4.0 V8 biturbo, capaz de produzir 600 cavalos de potência e 800 Nm de torque, e pela primeira vez junto com um sistema híbrido leve de 48 volts.
Apesar de ser um pouco mais pesado que seu antecessor, o RS 6 Avant faz um 0 a 100 km/h em apenas 3,6 segundos e aos 200 km/h em 12 segundos. A velocidade máxima é de 305 km/h quando equipado com os freios de cerâmica (opcional).
O visual é outra coisa que chama atenção no modelo mais recente, a carroceria foi ampliada em oito centímetros, o capô passou a ser independente, ganhou faróis Matrix LED com luzes laser do RS 7 e as rodas passaram para 22 polegadas (anteriormente 20). Deixando o conjunto final com uma cara muito atual e futurista pode se dizer. No Brasil, a atual geração do modelo é oferecida na versão RS 6 Avant ao preço de R $1.083.990,00 (venda direta). Com uma trajetória inspiradora de sucesso e pioneirismo, o RS 6 já tem seu nome, definitivamente, gravado na história da indústria automobilística mundial.
O RS 6 Avant TFSI tiptronic é uma das opções mais legais para quem procura uma station wagon, mas o preço não é para qualquer bolso.
Ele vai de 0 a 100 km/h em 3,6 s, tem 600 CV de potência, conta com transmissão quattro tiptronic e chega a 280 Km/h.
O valor aproximado do carro é de R$ 1.348.000.