A posição do motor pode influenciar no desempenho do carro

Se você acha que a posição do motor de um carro pode modificar seu desempenho e até mesmo seu visual, você está inteiramente... correto! Ter um motor transversal ou longitudinal faz toda diferença na hora de elaborar o design de carro.
Publicado em Carros dia 15/09/2018 por Alan Corrêa

Se você acha que a posição do motor de um carro pode modificar seu desempenho e até mesmo seu visual, você está inteiramente… correto! Ter um motor transversal ou longitudinal faz toda diferença na hora de elaborar o design de carro.

O que é um motor longitudinal?

Dizer que um motor é longitudinal significa que ele tem sua posição na mesmo direção do veículo, ou seja, ele está paralelo ao comprimento do carro.

Como o motor é maior de um lado que de outro, colocá-lo “de lado” faz com que o comprimento do capô tenha que ser maior e a distância entre-eixos fica reduzida, prejudicando o espaço interno.

Essa concepção de motor é antiga a não favorece a estabilidade do veículo. Além disso, as engrenagens que o ligam às rodas precisam fazer um ângulo de 90o, impactando diretamente no seu rendimento.

Esse tipo de motor é ainda utilizado hoje, mas de forma especial em veículos com tração traseira ou integral.

E o motor transversal?

O motor transversal recebe esse nome por estar numa posição perpendicular em relação ao comprimento do veículo, quer dizer, atravessado. Isso faz com que dele saiam diretamente as engrenagens em direção às rodas. Por isso ele é utilizado mais em veículos com tração dianteira.

Ele permite que o tamanho do capô seja menor ou que os engenheiros possam “brincar” mais com o seu design. A distância entre-eixos é maior em carros com motor transversal, o que aumenta o conforto interno dos modelos.

Vantagens e desvantagens

Como quase tudo nessa vida, ambos têm vantagens e desvantagens. Começando pelos motores longitudinais, eles estão construídos numa concepção um pouco antiquada, de quando os carros costumavam ter um comprimento muito maior do que hoje em dia. Por isso, eles não combinam com a tendência dos compactos de hoje, precisam ter um tamanho maior para caberem sob o capô. Eles também precisam ser mais fortes uma vez que o virabrequim precisa ter engrenagens num ângulo de 90o em relação às rodas dianteiras.

Contudo, ele também possui vantagens, tanto é que nos carros de luxo até hoje eles têm precedência. Quando se trata de tração integral ou traseira, o fato de suas engrenagens terem 90o é uma vantagem óbvia. Além disso, eles permitem que os cilindros sejam dispostos em V, com a possibilidade de aumentar o número de 4 para 6 ou até 8 cilindros, o que é favorecido pelo próprio espaço a mais de que ele precisa sob o capô.

Agora em relação ao estilo transversal, as desvantagens são que ele trabalha melhor com carros de tração dianteira. A tração traseira ou integral não combinam com o motor transversal. Essa é a principal desvantagem em relação aos longitudinais.

Como vantagem, porém, ele precisa de um espaço muito menor dentro do capô, possibilitando uma distância entre-eixos maior e consequentemente mais espaço interno. Eles também trabalham melhor com estabilidade do carro e são mais econômicos.

Concluímos que a escolha vai depender bastante do objetivo que se tem com o carro. Carros mais compactos vão melhor com o transversal, e carros mais luxuosos combinam mais com o longitudinal.