O Citroën Basalt é um modelo que chegou ao mercado brasileiro com diferentes versões para atender perfis distintos de consumidores. Dentro da linha Basalt Feel, existem duas configurações disponíveis: uma com motor 1.0 turbo e câmbio automático CVT e outra, mais simples, com motor 1.0 aspirado e câmbio manual de cinco marchas. Nesta matéria, o foco será exclusivamente na versão de entrada, ou seja, o Basalt Feel 1.0 manual sem turbo, que se destaca pelo preço mais acessível e proposta voltada ao uso urbano.
Pontos Principais:
O Citroën Basalt Feel 1.0 é o SUV mais barato do Brasil, sendo a única opção do mercado equipada com motor 1.0 aspirado. Com preço aproximado de R$ 91.990 na modalidade de venda direta, o modelo se destaca pela proposta acessível dentro do segmento. Embora classificado como SUV, suas dimensões e características o aproximam de sedãs compactos, como Fiat Cronos Drive, Chevrolet Onix Plus LT e Hyundai HB20S Comfort Plus.
A versão Feel mantém grande parte do design das configurações mais caras, como Feel Turbo e Shine, trazendo semelhanças visuais e equipamentos similares. No entanto, há diferenças notáveis, como a ausência de faróis de neblina e alguns acabamentos diferenciados. O modelo também mantém a mesma plataforma utilizada em outros veículos da Citroën, oferecendo espaço interno compatível com a categoria.
Com motor de 75/71 cv (etanol/gasolina) e câmbio manual de cinco marchas, o Basalt Feel apresenta desempenho adequado para o uso urbano, mas com limitações em rodovias. O consumo de combustível fica na média de 13,2 km/l na cidade e 15,2 km/l na estrada, valores influenciados pela necessidade de manter giros mais altos para compensar a falta de potência.
O Citroën Basalt Feel possui um design alinhado às versões mais caras, mantendo elementos como frisos cromados na dianteira e detalhes em vermelho no para-choque. As rodas são de 16 polegadas com pintura em cinza, enquanto a coluna C também apresenta um detalhe vermelho. As lanternas traseiras mantêm o mesmo formato das outras versões, sem a inscrição “Turbo 200”.
No interior, o painel possui faixa central dourada e detalhes cromados nas saídas de ar. Os bancos têm revestimento de tecido e seguem um padrão semelhante ao da versão Shine, que utiliza material sintético. O modelo vem equipado com quadro de instrumentos digital de 7 polegadas e central multimídia de 10 polegadas compatível com Apple CarPlay e Android Auto sem fio.
A principal diferença no acabamento interno está no sistema de ar-condicionado, que é analógico, diferentemente da versão Shine, que conta com controle digital. Apesar disso, mantém uma lista de equipamentos de série, como vidros elétricos nas quatro portas, volante com ajuste de altura e câmera de ré.
O Basalt Feel inclui uma série de itens de série que garantem funcionalidade para o uso diário. Entre os equipamentos disponíveis, destacam-se:
O modelo não conta com faróis de neblina, sensores de ré, modo Sport ou piloto automático, equipamentos que estão presentes nas versões mais completas. Além disso, não há faróis automáticos, chave presencial ou assistentes de condução, como frenagem automática de emergência e alerta de ponto cego.
No banco traseiro, o espaço acomoda confortavelmente passageiros de estatura mediana, mas o túnel central elevado pode dificultar o uso do assento do meio. Há duas portas USB do tipo A, porém, os comandos dos vidros traseiros estão posicionados entre os bancos dianteiros, seguindo a mesma solução adotada no C3.
A principal diferença do Citroën Basalt Feel em relação às versões mais caras está no conjunto mecânico. O motor 1.0 de três cilindros aspirado entrega 75 cv com etanol e 71 cv com gasolina, enquanto o torque é de 10,7 kgfm e 10 kgfm, respectivamente. O câmbio é sempre manual de cinco marchas.
Nos testes realizados, o modelo acelerou de 0 a 100 km/h em 17,9 segundos, número bem superior ao da versão turbo, que faz o mesmo percurso em 9,7 segundos. Em retomadas, os tempos também são elevados, o que compromete a dirigibilidade em rodovias.
O consumo registrado foi de 13,2 km/l na cidade e 15,2 km/l na estrada com gasolina. O desempenho limitado exige que o motor opere em giros mais altos para entregar potência suficiente, impactando a eficiência energética do veículo.
A direção elétrica do Basalt Feel tem peso equilibrado e permite uma condução sem esforço excessivo. A suspensão recebeu ajustes específicos para lidar com o conjunto mecânico mais leve, proporcionando conforto ao enfrentar irregularidades no asfalto.
Em curvas, a carroceria tende a inclinar mais do que o habitual, exigindo cautela do motorista. Em velocidades elevadas, o veículo pode sofrer com a influência de ventos laterais, alterando sua trajetória. Em ambiente urbano, o comportamento é mais previsível e adequado.
A frenagem também segue dentro dos padrões da categoria, com discos ventilados na dianteira e tambores na traseira. O modelo percorre 27,8 metros ao frear de 80 km/h a 0, demonstrando um desempenho adequado para seu porte.
O Citroën Basalt Feel oferece um bom espaço interno, especialmente para os passageiros do banco traseiro. A posição dos assentos favorece o conforto, mas o túnel central elevado pode dificultar a acomodação do passageiro central.
O porta-malas tem capacidade para 490 litros, sendo menor que os 525 litros do Fiat Cronos, mas superior aos 469 litros do Onix Plus e aos 475 litros do HB20S. O compartimento é adequado para uso familiar e pode acomodar bagagens para viagens curtas.
Ter um SUV com câmbio manual pode ser uma experiência divertida para os entusiastas da direção. A possibilidade de controlar cada troca de marcha e explorar o desempenho do motor dá uma sensação maior de conexão com o veículo. Para quem valoriza essa interação, dirigir um SUV manual pode ser prazeroso, especialmente em estradas e terrenos variados, onde o motorista tem total controle sobre a tração e a resposta do carro.
No entanto, no dia a dia urbano, essa escolha pode se tornar cansativa. O trânsito intenso exige trocas constantes de marcha e uso frequente da embreagem, tornando a condução mais exaustiva, principalmente em engarrafamentos. Além disso, SUVs manuais tendem a perder em conforto e praticidade para modelos automáticos, que hoje oferecem melhor eficiência e desempenho equilibrado.
Para quem gosta de dirigir e busca um carro para momentos de lazer, um SUV com câmbio manual pode ser uma ótima escolha. Mas para uso urbano frequente, os modelos automáticos são mais práticos e confortáveis, evitando o desgaste físico do motorista e proporcionando uma condução mais fluida no trânsito.
Fonte: Stellantis, AutoEsporte, Uol e QuatroRodas.