Colocar foguetes de manobra em um Tesla pode ser uma boa ideia

Algo cuja primeira impressão parece uma loucura, mas que no fim das contas pode ser mais uma ideia brilhante: equipar com foguetes um Tesla Roadster. Como isso pode ser interessante?
Publicado por Alan Corrêa em Carros dia 10/09/2018

Algo cuja primeira impressão parece uma loucura, mas que no fim das contas pode ser mais uma ideia brilhante: equipar com foguetes um Tesla Roadster. Como isso pode ser interessante?

Características e potencialidades de Tesla Roadster

Para entender bem a ideia aparentemente maluca – de certa forma maluca mesmo – de equipar um carro com foguetes de manobra, precisamos conhecer mais sobre esse carro específico, pois evidentemente não se trata de qualquer modelo.

O Tesla Roadster, para começo de conversa, é um veículo totalmente elétrico, cuja aerodinâmica é voltada para maximizar a energia aerodinâmica a autonomia, bem como proporcionar uma alta velocidade num curto espaço de tempo.

Traduzindo, ele atinge 60 mph (96,5 km/h) em absurdos 1,9 segundos, e alcança uma velocidade superior a 400 km/h, com uma capacidade de autonomia de 1.000 km. É o carro mais rápido do mundo, o primeiro superesportivo capaz de conduzir até 4 pessoas e ainda assim bater os recordes de desempenho.

Foguetes de manobra não são como os que vão para a estratosfera

Quando escutamos a palavra “foguete”, logo pensamos nas plataformas da NASA enviando algum equipamento para a estratosfera, movidos a RCS — Reaction Control Systems.

No caso do Tesla não é disso que se trata – embora a imagem que você já criou na sua imaginação seja bem interessante – mas sim de “foguetes de manobra”, impulsionados com COPVs — Composite Overwrapped Pressure Vessel, elemento muito menos tóxico que os da Apollo.

Reaction Control Systems da Apollo
Reaction Control Systems da Apollo

Esse segundo tipo de foguete é capaz de armazenar ar em altíssima pressão e liberá-lo de modo muito rápido, o que impulsionaria o que lhe esteja atrelado de forma bastante eficaz.

Compensação de manobras

A ideia de utilizar esses foguetes de manobra não é para aumentar a velocidade do veículo, tanto mais que ele já rápido o bastante, mas sim compensar as suas manobras justamente por ser rápido demais.

Vamos imaginar uma situação: vamos supor que você esteja com o seu Tesla no autódromo de Interlagos e, enquanto alguns simples Camaros e Mustangs estão pensando em correr, você os ultrapassa a 400 km/h na Reta Oposta e dá de cara com a Curva do Lago.

Neste caso, os controles de estabilidade e tração estão fazendo o possível para manter o carro colado no chão, mas o sistema identifica que as rodas começam a perder aderência no solo. Nesse momento, o “cérebro” eletrônico do carro aciona os foguetes de manobra, que soltam fortes jatos de ar na direção vertical, erguendo ligeiramente a lateral do veículo, além de jatos horizontais que compensarão a força centrífuga. Você acelera ainda mais até terminar a curva, e mesmo assim o veículo não voa para fora da pista.

Caso isso realmente funcione, seria uma das maiores e mais revolucionárias invenções automobilísticas dos últimos tempos!