Algo cuja primeira impressão parece uma loucura, mas que no fim das contas pode ser mais uma ideia brilhante: equipar com foguetes um Tesla Roadster. Como isso pode ser interessante?
Para entender bem a ideia aparentemente maluca – de certa forma maluca mesmo – de equipar um carro com foguetes de manobra, precisamos conhecer mais sobre esse carro específico, pois evidentemente não se trata de qualquer modelo.
O Tesla Roadster, para começo de conversa, é um veículo totalmente elétrico, cuja aerodinâmica é voltada para maximizar a energia aerodinâmica a autonomia, bem como proporcionar uma alta velocidade num curto espaço de tempo.
Traduzindo, ele atinge 60 mph (96,5 km/h) em absurdos 1,9 segundos, e alcança uma velocidade superior a 400 km/h, com uma capacidade de autonomia de 1.000 km. É o carro mais rápido do mundo, o primeiro superesportivo capaz de conduzir até 4 pessoas e ainda assim bater os recordes de desempenho.
Quando escutamos a palavra “foguete”, logo pensamos nas plataformas da NASA enviando algum equipamento para a estratosfera, movidos a RCS — Reaction Control Systems.
No caso do Tesla não é disso que se trata – embora a imagem que você já criou na sua imaginação seja bem interessante – mas sim de “foguetes de manobra”, impulsionados com COPVs — Composite Overwrapped Pressure Vessel, elemento muito menos tóxico que os da Apollo.
Esse segundo tipo de foguete é capaz de armazenar ar em altíssima pressão e liberá-lo de modo muito rápido, o que impulsionaria o que lhe esteja atrelado de forma bastante eficaz.
A ideia de utilizar esses foguetes de manobra não é para aumentar a velocidade do veículo, tanto mais que ele já rápido o bastante, mas sim compensar as suas manobras justamente por ser rápido demais.
Vamos imaginar uma situação: vamos supor que você esteja com o seu Tesla no autódromo de Interlagos e, enquanto alguns simples Camaros e Mustangs estão pensando em correr, você os ultrapassa a 400 km/h na Reta Oposta e dá de cara com a Curva do Lago.
Neste caso, os controles de estabilidade e tração estão fazendo o possível para manter o carro colado no chão, mas o sistema identifica que as rodas começam a perder aderência no solo. Nesse momento, o “cérebro” eletrônico do carro aciona os foguetes de manobra, que soltam fortes jatos de ar na direção vertical, erguendo ligeiramente a lateral do veículo, além de jatos horizontais que compensarão a força centrífuga. Você acelera ainda mais até terminar a curva, e mesmo assim o veículo não voa para fora da pista.
Caso isso realmente funcione, seria uma das maiores e mais revolucionárias invenções automobilísticas dos últimos tempos!