O Citroën GS e o Citroën SM completam 55 anos desde sua apresentação oficial no Salão de Genebra de 1970. Ambos os modelos marcaram a história da indústria automotiva ao introduzir tecnologias avançadas e conceitos inovadores para a época. O GS trouxe um novo padrão de conforto e dirigibilidade com sua suspensão hidropneumática, enquanto o SM combinou desempenho esportivo com soluções técnicas diferenciadas.
A trajetória desses veículos é reconhecida pela sua influência no mercado e pelo impacto que tiveram na evolução dos automóveis. O GS foi eleito “Carro Europeu do Ano” em 1971 e acumulou mais de 2,5 milhões de unidades vendidas ao longo de sua produção. Já o SM destacou-se pela parceria com a Maserati, que resultou em um modelo Gran Turismo de alto desempenho.
Esses carros se tornaram referências e ainda são lembrados por entusiastas e colecionadores. Suas inovações ajudaram a moldar o futuro da indústria, e sua longevidade demonstra a relevância das soluções adotadas. A seguir, um olhar mais detalhado sobre cada um dos modelos.
O Citroën GS foi projetado para oferecer conforto e dirigibilidade superiores aos veículos de sua categoria. Um dos principais destaques do modelo era a suspensão hidropneumática, tecnologia que proporcionava um rodar suave e adaptável às condições da estrada. Essa solução diferenciava o GS de seus concorrentes, garantindo estabilidade e conforto.
O motor do GS era um quatro cilindros refrigerado a ar, configuração que priorizava a durabilidade e a eficiência térmica. Além disso, sua carroceria tinha um design aerodinâmico que ajudava no consumo de combustível e na estabilidade em altas velocidades. A combinação desses fatores tornou o GS um dos carros mais reconhecidos de sua época.
Em 1971, o modelo ganhou duas novas variantes. A versão Break trouxe uma carroceria com cinco portas e um porta-malas ampliado para 710 litros, enquanto a versão Service, voltada ao transporte comercial, possuía três portas e características específicas para o uso profissional.
O Citroën GS Service se destacou por suas configurações voltadas ao trabalho. Ele estava disponível em duas versões: a Vitrée, que possuía um grande painel de vidro na lateral traseira, e a Tolée, que substituía essa área por uma chapa metálica, aumentando a segurança da carga transportada.
A versatilidade do GS garantiu seu sucesso, resultando em uma produção total de aproximadamente 2,5 milhões de unidades entre 1970 e 1986. Seu impacto foi reconhecido internacionalmente, e a eleição como “Carro Europeu do Ano” em 1971 reforçou sua relevância no mercado automotivo.
Mesmo após o encerramento da produção, o GS segue como referência em engenharia e inovação. Sua suspensão hidropneumática e soluções aerodinâmicas continuam sendo estudadas por entusiastas e especialistas em veículos clássicos.
O Citroën SM foi lançado no mesmo ano do GS, mas com uma proposta diferente. O modelo combinava um motor desenvolvido pela Maserati com a tradicional suspensão hidropneumática da Citroën, criando um veículo Gran Turismo com alto desempenho e conforto.
O nome SM faz referência à parceria entre as marcas, significando “Sport Maserati”. Seu projeto foi liderado pelo designer Robert Opron, que trouxe um visual futurista e soluções aerodinâmicas avançadas para o modelo. A carroceria do SM foi projetada para reduzir a resistência ao ar, o que contribuiu para seu desempenho em alta velocidade.
O motor V6 de 2,7 litros entregava até 180 cv, permitindo ao SM atingir velocidades superiores a 220 km/h. Posteriormente, uma versão com motor 3,0 litros foi introduzida, ampliando a oferta para os consumidores que buscavam mais potência e desempenho.
O Citroën SM incorporou diversas inovações tecnológicas. Um dos principais diferenciais era a direção hidráulica progressiva Diravi, que ajustava a assistência conforme a velocidade do veículo. Esse sistema tornava a condução mais estável e responsiva, aumentando a segurança e o controle sobre o carro.
Além disso, o modelo contava com suspensão hidropneumática autonivelante, freios a disco nas quatro rodas e um coeficiente aerodinâmico de 0,26, um dos mais baixos da época. Esses elementos contribuíram para um desempenho equilibrado entre esportividade e conforto.
O SM também foi o primeiro carro fabricado em série na Europa a oferecer regulagem de altura e profundidade do volante. Esse ajuste permitia uma posição de direção mais ergonômica, melhorando a experiência ao volante.
O Citroën SM tornou-se um dos modelos mais exclusivos da década de 1970. Algumas unidades foram utilizadas em eventos oficiais e modificadas para atender a necessidades específicas, como a versão presidencial francesa utilizada por Georges Pompidou.
Além das versões de produção, o SM conquistou um público seleto, sendo adquirido por diversas personalidades. Entre os proprietários famosos do modelo estavam o jogador Johan Cruyff, o comediante Jay Leno e os atores Burt Reynolds e Daniel Craig.
O modelo segue como um dos clássicos mais cultuados da Citroën. Sua combinação de design, tecnologia e desempenho garantiu seu lugar na história automotiva, sendo até hoje um exemplo de inovação e ousadia na indústria.
Fonte: Stellantis.