O Fiat Grande Panda chega ao mercado europeu como uma alternativa acessível no segmento dos superminis, disponível em versões elétrica e a combustão. Com um design inspirado nos modelos clássicos da marca, o veículo busca oferecer praticidade e eficiência, mantendo-se dentro de uma faixa de preço competitiva. A proposta do modelo é atender motoristas que buscam um carro compacto, econômico e funcional para o uso urbano e rodoviário.
Pontos Principais:
Com um preço inicial de £20.975 (cerca de R$135.000) na versão elétrica, o Grande Panda se posiciona como o supermini elétrico mais acessível disponível no mercado europeu. Já a versão híbrida, equipada com um motor turbo de três cilindros e transmissão automática de dupla embreagem, será lançada posteriormente, custando aproximadamente £2.000 (cerca de R$13.000) a menos que a versão elétrica.
O modelo apresenta um conjunto de características que o diferenciam dentro da categoria, incluindo um design com referências aos modelos icônicos da Fiat, soluções práticas no interior e um conjunto mecânico voltado para eficiência energética e conforto na condução.
O Fiat Grande Panda é o maior da linha Panda até hoje, com exatos 4 metros de comprimento, sendo apenas 1 mm menor do que essa medida. O modelo não substitui diretamente o Panda de terceira geração, que foi retirado do mercado britânico, mas ainda permanece disponível em alguns países como a Itália.
A identidade visual do Grande Panda remete ao modelo original de 1980, criado por Giorgetto Giugiaro, com uma carroceria de linhas retas, superfícies planas e elementos plásticos voltados à proteção. O design foi desenvolvido sob a liderança de Francois Leboine, designer-chefe da Fiat, que anteriormente trabalhou no desenvolvimento do novo Renault 5.
Detalhes estilísticos incluem:
O modelo apresenta uma abordagem distinta de design em relação a seu concorrente interno, o Citroën ë-C3, com o qual compartilha plataforma e motorização. Enquanto o Citroën aposta em um design mais tradicional, o Fiat adota um visual mais característico, enfatizando a identidade da marca.
A versão elétrica do Fiat Grande Panda conta com um motor de 113 cv, tração dianteira e uma bateria que proporciona uma autonomia de 199 milhas no ciclo WLTP. No entanto, em testes práticos que incluíram rodagem urbana, rodoviária e em trechos de autoestrada na Itália, a autonomia real ficou em torno de 150 milhas.
O veículo pesa 1.500 kg, um valor leve para um carro elétrico, mas relativamente alto para um supermini. Com essa configuração, o Grande Panda acelera de 0 a 100 km/h em 11 segundos, com velocidade máxima limitada a 82 mph (132 km/h), o que evita um consumo excessivo de bateria em velocidades elevadas.
Não há modos de condução ajustáveis. O veículo mantém um único perfil de desempenho, sem opções de regeneração de frenagem ajustáveis ou modo de condução esportivo. No entanto, há uma posição “C” na alavanca de câmbio, que permite ativar um modo de rotação livre (coast), incentivando um estilo de direção mais econômico.
O Fiat Grande Panda foi projetado para uso urbano e rodoviário, com um sistema de suspensão que prioriza conforto e estabilidade. A calibração do conjunto absorve impactos de buracos e irregularidades do solo sem comprometer a dirigibilidade.
A direção do modelo é leve e precisa, permitindo que o carro contorne curvas com segurança. A carroceria apresenta alguma rolagem lateral, mas sem comprometer a estabilidade. O peso reduzido do veículo em relação a outros elétricos contribui para uma sensação de agilidade na condução.
O isolamento acústico foi desenvolvido para manter o nível de ruído controlado em diferentes condições de rodagem. Em velocidades de autoestrada, ruídos de vento e do conjunto de suspensão permanecem em níveis moderados, sem prejudicar a experiência do motorista e passageiros.
O interior do Fiat Grande Panda adota uma abordagem funcional, com uma cabine otimizada para oferecer espaço adequado aos ocupantes e soluções práticas para armazenamento. O painel apresenta um design geométrico, com telas digitais para a instrumentação e central multimídia.
Destaques do interior incluem:
O porta-malas possui 361 litros na versão elétrica e 412 litros na versão a combustão, sendo um dos mais espaçosos da categoria. O design do compartimento prioriza profundidade para melhor aproveitamento do volume disponível.
O Fiat Grande Panda compete com diversos modelos no segmento dos superminis, incluindo opções elétricas e a combustão. Seus principais concorrentes são:
No segmento dos elétricos de baixo custo, o Grande Panda tem concorrentes como o Dacia Spring e o Leapmotor T03, modelos mais baratos, mas com menor autonomia e desempenho inferior.
O Fiat Grande Panda se posiciona como uma opção acessível no segmento dos superminis, oferecendo um conjunto equilibrado de espaço interno, eficiência energética e soluções práticas para o dia a dia. O design diferenciado reforça a identidade da Fiat no segmento dos compactos, ao mesmo tempo que incorpora tecnologias modernas.
A ausência de configurações de condução ajustáveis e os materiais internos de acabamento mais simples são compensados pelo custo reduzido e pelo conforto oferecido no uso urbano e rodoviário. O modelo se destaca na relação custo-benefício, ocupando uma posição única no mercado de veículos compactos.
O Fiat Grande Panda, recém-lançado na Europa, pode ser o sucessor do Argo e até mesmo do Uno no Brasil. O modelo foi flagrado em testes no país, indicando que a Fiat estuda sua viabilidade no mercado nacional. Construído sobre a plataforma Smart Car da Stellantis, a mesma do Citroën C3, o veículo oferece versatilidade para diferentes motorizações e configurações regionais.
A proposta do Grande Panda segue a tendência de compactos versáteis, combinando design robusto e motorização eficiente. Na Europa, o modelo tem versões elétrica e híbrida, mas, no Brasil, deve adotar motores 1.0, 1.3 e 1.0 turbo com sistema híbrido leve. Essa adaptação busca atender às necessidades locais, priorizando economia de combustível e custos de produção reduzidos.
O lançamento no Brasil está previsto para 2026, com produção na fábrica da Fiat em Betim, Minas Gerais. Especula-se que o modelo possa receber o nome Uno, resgatando um ícone da marca no país. Essa estratégia fortaleceria o apelo comercial do compacto, associando-o à tradição e ao sucesso de gerações anteriores.
A Fiat já segue esse caminho em outros mercados, como fez com o novo 600, que herdou um nome histórico. Além disso, a Stellantis vem investindo em novas plataformas modulares, permitindo que um mesmo modelo seja vendido com ajustes específicos para cada região. Essa abordagem facilita a nacionalização do Grande Panda, tornando-o um substituto viável para o Argo.
Caso a Fiat confirme sua chegada, o modelo enfrentará concorrência de carros como Chevrolet Onix, Hyundai HB20 e Volkswagen Polo. Seu diferencial pode estar na oferta de tecnologia embarcada, eficiência no consumo e uma identidade visual marcante. Até lá, a expectativa sobre a decisão da Fiat e os detalhes finais do projeto segue crescendo entre consumidores e especialistas do setor automotivo.
Fonte: Stellantis, AutoEsporte, Topgear e Wikipedia.