O Dodge Durango SRT Hellcat foi apresentado ao mundo durante um período conturbado em 2020, quando os eventos globais aconteciam de forma remota devido à pandemia de Covid-19. A Dodge, sob o comando de Tim Kuniskis, havia anunciado que o modelo seria uma versão especial e limitada à linha de 2021, com apenas 2 mil unidades previstas para produção na planta de Jefferson Avenue North, em Detroit.
Apesar da expectativa de que a produção fosse finalizada em 2021, a marca surpreendeu seus consumidores ao relançar o modelo em 2023, o que causou descontentamento entre os compradores iniciais. Este descontentamento resultou em um processo de mais de US$ 5 milhões contra a montadora. Ainda assim, a Dodge decidiu manter o Durango SRT Hellcat no mercado até 2025, com uma edição especial chamada Silver Bullet, que celebra os 20 anos de casamento entre o Durango e o motor V8 HEMI.
Com um preço de cerca de US$ 100 mil nos Estados Unidos, o Dodge Durango SRT Hellcat poderia chegar ao Brasil por valores próximos de R$ 1,1 milhão, segundo avaliações de especialistas. No entanto, não há registros de unidades deste modelo específico no mercado brasileiro, embora outros veículos da linha Hellcat tenham chegado ao país.
No aspecto técnico, o Durango SRT Hellcat impressiona com seu motor V8 Supercharged de 6.2 litros, que emite um som característico, facilmente reconhecível mesmo à distância. O veículo é espaçoso, com capacidade para seis pessoas e um porta-malas generoso que chega a 1.226 litros com a terceira fileira de bancos rebatida.
Durante os testes realizados no México, o SUV demonstrou sua potência e robustez, sendo capaz de atingir 320 km/h e acelerar de 0 a 100 km/h em menos de quatro segundos. A transmissão automática de oito marchas da TorqueFlite contribui para essa performance, enquanto os freios Brembo garantem o controle do veículo, mesmo com seus 720 cavalos de potência.
O design do Durango SRT Hellcat remete a SUVs de gerações passadas, com menos foco em conectividade e mais ênfase na robustez e na experiência de direção. Ele traz características herdadas da antiga parceria entre a Daimler, dona da Mercedes, e a Chrysler, que ainda podem ser vistas na arquitetura interna do veículo.
O consumo do Durango, no entanto, é um ponto que chama atenção de forma negativa. Em testes, o consumo médio registrado foi de apenas 4,1 km/l, um valor que reflete a potência extrema do motor V8.
Mesmo com a transição da Dodge para motores mais sustentáveis, o Durango SRT Hellcat se mantém como um ícone de colecionador, sendo um dos poucos SUVs considerados verdadeiramente colecionáveis. A edição Silver Bullet, que encerra a produção dos motores V8 HEMI, marca o fim de uma era para a Dodge e para o Durango, abrindo espaço para o futuro dos motores V6 híbridos.
O Dodge Durango SRT Hellcat é um exemplo de como a indústria automobilística americana equilibra tradição e inovação, trazendo modelos potentes e cheios de história, ao mesmo tempo em que se adapta às novas exigências de sustentabilidade.
Fonte: Stellantis, AutoPapo, AutoMaisTV e Terra.