O governo dos Estados Unidos está se preparando para implementar novas restrições à venda de softwares chineses para carros autônomos e conectados à internet. Esta ação tem como objetivo proteger a segurança cibernética dos veículos e impedir possíveis ataques hacker. A proposta deve ser implementada ainda em agosto de 2024.
Segundo informações divulgadas pela Bloomberg, a medida é uma resposta a preocupações crescentes sobre a segurança dos sistemas utilizados em carros modernos. Esses veículos, sejam elétricos ou não, dependem de diversos serviços conectados e sensores que podem ser vulneráveis a ataques cibernéticos. O estudo que levou a essa decisão foi autorizado pelo presidente Joe Biden em março e apontou que a utilização de sistemas chineses poderia representar um risco significativo.
O plano inclui impedir que empresas chinesas coletem dados de motoristas americanos e os enviem de volta à China. Além disso, fornecedores chineses serão limitados em sua capacidade de expandir operações nos Estados Unidos, forçando a indústria automotiva local a desenvolver sua própria cadeia de suprimentos. Essa decisão é uma continuação das políticas da administração Trump, que também restringiu a presença de fabricantes chineses no mercado americano.
A indústria automotiva dos EUA depende em grande parte de componentes produzidos na China, especialmente para carros inteligentes. O apoio e subsídios do governo chinês têm garantido a liderança do país na produção desses componentes. No entanto, a administração Biden busca reduzir essa dependência e fortalecer a segurança dos veículos americanos.
Montadoras e até mesmo o governo da Coreia do Sul solicitaram ao governo dos EUA que limitasse o escopo das novas regulamentações para permitir um período de adaptação às novas regras. Isso ajudaria as fabricantes a ajustar suas cadeias de suprimentos sem prejudicar a produção.
Um dos componentes críticos para carros autônomos é o Lidar, um sensor a laser essencial para o funcionamento desses veículos. Recentemente, o governo dos EUA proibiu a fabricante chinesa Hesai de comercializar esse item no país, após uma solicitação da Ouster, uma empresa americana que produz o mesmo sensor.
Em resposta, o governo chinês negou que os sistemas e componentes fabricados na China representem uma ameaça à segurança dos carros. Pequim acusa os EUA de reprimir injustamente as empresas chinesas e de utilizar questões de segurança como desculpa para limitar a concorrência.
Fonte: IGN.