Comprar um Fiat Palio ELX 1.0 2008 é como adotar aquele tio simpático que já foi animado nas baladas de 2008 e hoje prefere cochilar no sofá depois do almoço. Ele não é nenhum velocista, mas topa qualquer parada: vai ao mercado, encara trânsito sem reclamar e ainda se sente útil. Ideal para quem precisa de um carro honesto, sem estrelismo e com um porta-malas que comporta tanto compras quanto arrependimentos. Brincadeira! Ele entrega o básico com dignidade e ainda faz isso de cara limpa, sem central multimídia metida a besta.
Pontos Principais:
Se você topar a ideia de ter um Palio ELX 2008 na garagem, saiba que ele ainda pode dar um caldo, desde que você não espere aceleração de Fórmula 1 — é um carro pra quem não tem pressa de ser feliz. Os pontos positivos são a economia de combustível, o conforto honesto e a manutenção com preço de PF (sem suco). Por outro lado, há relatos de suspensão cansada, borrachas que desistem da vida e travas elétricas que entram em greve. Mas tudo isso é facilmente resolvido com uma boa vistoria pré-compra e uma caixa de ferramentas sempre à mão (ou um bom mecânico de confiança).
Antes de fechar negócio, cheque se o motor não ronca como um leão asmático, veja se a embreagem não está mais mole que conversa de vendedor e, por favor, teste todos os botões — alguns deles são mais enfeite do que função. Dica de ouro: fuja dos que têm ar-condicionado que só serve pra fingir que refresca. E lembre-se: se o antigo dono disser que “tá novo, só não tem lacre”, desconfie — pode vir bomba. Mas, bem cuidado, o Palio pode ser aquele parceiro fiel que topa todas sem drama e ainda garante umas boas histórias na estrada.
O modelo utiliza propulsão exclusivamente a combustão e conta com motor dianteiro em posição transversal, com quatro cilindros em linha. Esse conjunto mecânico tem deslocamento total de 999 cm³ e utiliza o conhecido motor Fire, amplamente difundido na linha da fabricante. A instalação do comando de válvulas é única no cabeçote, com acionamento por correia dentada e sem variação variável de fase.
Com alimentação feita por injeção multiponto e aspiração natural, o veículo oferece potência máxima de 65 cv com álcool e 66 cv com gasolina, ambas a 6.000 rpm. Já o torque máximo é de 9,2 kgfm com álcool e 9,1 kgfm com gasolina, entregues a apenas 2.500 rpm, o que favorece uma condução urbana eficiente em baixos giros. A razão de compressão é de 11,65:1, e os valores de potência e torque específicos são, respectivamente, 66,1 cv/litro e 9,2 kgfm/litro.
A tração é dianteira e a plataforma utilizada é a 178, derivada da primeira geração do projeto. O câmbio é manual com cinco marchas e o acoplamento é feito por embreagem monodisco a seco. O desempenho é compatível com a proposta do modelo, com velocidade máxima de 155 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em 15,9 segundos, evidenciando sua vocação para o uso urbano e cotidiano.
O modelo apresenta consumo urbano de 7,8 km/l utilizando álcool como combustível. No ciclo rodoviário, esse número sobe para 10,2 km/l também com álcool, enquanto com gasolina o consumo rodoviário é ligeiramente inferior, registrando 9,9 km/l. Esses dados evidenciam um comportamento mais eficiente em velocidades constantes.
A autonomia urbana, com álcool, é de 374 quilômetros, considerando a capacidade do tanque de combustível de 48 litros. Em uso rodoviário, a autonomia chega a 490 quilômetros com álcool e 475 quilômetros com gasolina, o que proporciona certa flexibilidade ao usuário na hora de escolher o combustível mais vantajoso.
Embora não seja um destaque em eficiência, os números são adequados para um veículo com essa proposta e motorização. O tanque de 48 litros oferece um bom equilíbrio entre espaço ocupado e capacidade de rodagem, permitindo viagens médias sem necessidade de reabastecimento frequente.
O modelo conta com interior compacto, característico de hatches do seu porte. Com capacidade para até cinco ocupantes distribuídos em quatro portas, o acesso aos bancos traseiros é facilitado. O espaço interno atende com razoável conforto aos passageiros, sobretudo em deslocamentos urbanos curtos e médios, embora o espaço traseiro possa ser limitado para adultos em viagens mais longas.
O porta-malas possui 290 litros de capacidade, um número dentro do esperado para sua categoria. A carga útil é de 400 kg, o que permite transportar passageiros e bagagens sem comprometer a dirigibilidade ou segurança. Para usuários que buscam um veículo com capacidade básica de carga para uso urbano, atende satisfatoriamente.
Não há assistência na direção, o que exige mais esforço em manobras de estacionamento, mas contribui para uma direção mais direta em velocidades elevadas. O câmbio manual de cinco marchas oferece engates precisos, embora o conforto acústico interno possa ser prejudicado pelo isolamento sonoro limitado. O conjunto atende a proposta de mobilidade urbana, mas é importante checar estado dos bancos, funcionamento do painel e eventuais ruídos antes da compra de unidades usadas.
A suspensão dianteira é independente do tipo McPherson, com molas helicoidais, enquanto a traseira utiliza eixo de torção com o mesmo tipo de elemento elástico. Essa configuração favorece a robustez e custo de manutenção reduzido, sendo uma solução comum em veículos compactos. A combinação entrega estabilidade razoável e conforto aceitável para o dia a dia.
O peso total é de 970 kg, o que colabora para o desempenho e consumo, além de facilitar a dirigibilidade. A direção, por não contar com assistência, exige maior esforço em manobras, mas reduz o custo de manutenção e eventuais falhas mecânicas. O diâmetro de giro é de 9,8 metros, adequado para uso urbano.
Os freios são a disco ventilado na dianteira e tambor na traseira, um conjunto condizente com o segmento. Os pneus têm medida 175/65 R14, tanto na dianteira quanto na traseira, com altura de flanco de 114 mm. A altura mínima do solo é de 150 mm, o que permite enfrentar irregularidades urbanas sem riscos frequentes de raspagem.
Fonte: Cimbaju, Guia de usados, Wikipedia, OLX e Webmotors.