O City inicia uma transição decisiva para 2028. A Honda trabalha em uma nova geração que altera visual, estrutura técnica e posicionamento do sedã compacto.

A marca confirma que o futuro City seguirá a linguagem do conceito Série 0. O protótipo apresentado no Japan Mobility Show destaca linhas retrofuturistas, porte mais robusto e caráter esportivo. A Honda prepara um último facelift do City atual, mas o salto visual real ocorrerá apenas com a nova geração, que absorve os elementos mostrados no estudo recente da empresa.
O City 2028 será construído sobre a plataforma PF2. A nova arquitetura é projetada para abrigar motores a combustão, conjuntos híbridos e sistemas totalmente elétricos. A Honda afirma que seus futuros híbridos serão dez por cento mais econômicos e noventa quilos mais leves que os atuais. A modularidade possibilita até sessenta por cento de peças compartilhadas entre veículos compactos e de médio porte. As dimensões não foram divulgadas, mas o desenvolvimento indica foco em melhor aproveitamento do espaço interno.
O City híbrido já existe em outros mercados com o conjunto e:HEV, formado por motor 1.5 aspirado de ciclo Atkinson e dois motores elétricos, totalizando cento e vinte e seis cavalos e consumo de até vinte e sete quilômetros por litro. A nova geração recebe versão atualizada do sistema e contará com configuração híbrida mais barata. A Honda cita redução de custos de produção como efeito direto da plataforma PF2, ampliando o alcance do sedã eletrificado.

A estreia ocorrerá primeiro em mercados asiáticos como Índia, Tailândia e Malásia. Para o Brasil, a expectativa é de chegada até o fim da década. A oferta nacional de híbridos será apoiada pelo desenvolvimento do sistema e:HEV flex, que entra em linha na nova geração do HR-V em 2028. Enquanto isso, o City atual ainda receberá uma reestilização com mudanças especialmente na dianteira.
A renovação responde ao avanço do Volkswagen Virtus em mercados onde o City tradicionalmente dominava. A adoção do design inspirado no Série 0, a plataforma PF2 e o híbrido de custo reduzido formam a estratégia para devolver competitividade ao sedã. A Honda reposiciona o City para um cenário em que eficiência técnica e modularidade passam a determinar quem lidera o segmento.
Fonte: 0, Honda e AutoEsporte.