No mercado brasileiro, as picapes compactas e intermediárias têm grande relevância comercial, lideradas pela Fiat Strada e pela Fiat Toro. A BYD, fabricante chinesa com forte atuação em veículos elétricos e híbridos, pode estar planejando lançar modelos para competir nesse segmento. Após o lançamento global da BYD Shark, uma picape elétrica média, surgem especulações sobre a possibilidade de a marca desenvolver veículos menores para atender à demanda do mercado local.
A Fiat Strada domina o segmento de compactas no Brasil, combinando custo acessível e funcionalidade, enquanto a Toro se consolidou entre as intermediárias com versatilidade e maior capacidade de carga. Uma possível entrada da BYD com picapes híbridas ou elétricas posicionadas nesses nichos seria uma movimentação estratégica, aproveitando o crescente interesse por veículos menos poluentes no país. No entanto, o desafio seria alinhar custos de produção e preços ao perfil econômico do consumidor brasileiro.
Caso a BYD avance com esses planos, a chegada de uma picape compacta para competir com a Strada e outra intermediária para enfrentar a Toro pode marcar uma mudança importante no cenário local. A utilização de tecnologia elétrica ou híbrida pode atrair consumidores interessados em alternativas energéticas ao modelo tradicional de combustão interna. Até o momento, porém, a empresa não confirma oficialmente projetos para esse segmento no Brasil.
A BYD revelou seus planos de ampliar a produção no Brasil com dois novos modelos desenvolvidos exclusivamente para o mercado nacional. Os lançamentos, previstos para o final de 2025 e início de 2026, serão produzidos na fábrica que a empresa constrói em Camaçari, na Bahia. Esses veículos serão parte de uma linha de 12 produtos planejados para operar no complexo baiano em capacidade total.
Pontos Principais:
Os dois veículos exclusivos para o Brasil foram anunciados por Stella Li, CEO da BYD nas Américas e Europa, em entrevista conjunta para Autoesporte e Valor Econômico. A executiva destacou que esses projetos refletem o compromisso da marca com a expansão no mercado nacional, em linha com a estratégia de eletrificação global da montadora.
A picape compacta, apelidada de Baby Shark, será uma das apostas da marca para enfrentar concorrentes como a Fiat Strada, líder do segmento. O modelo terá motorização híbrida flex, seguindo a tendência de oferecer maior eficiência energética e alternativas mais sustentáveis.
Além da picape, o outro veículo ainda não teve detalhes revelados, mas também será voltado para o público brasileiro. Os dois modelos integram o plano de crescimento da BYD no país, que começou com a confirmação do SUV médio Song Pro e do elétrico Dolphin Mini, ambos com fabricação nacional prevista para 2025.
A fábrica de Camaçari está sendo projetada para produzir 12 modelos simultaneamente, com foco em veículos híbridos e elétricos. Essa capacidade de produção coloca o Brasil como um dos principais polos de desenvolvimento e produção da marca na América Latina.
A expansão da BYD reflete a crescente demanda por veículos eletrificados no Brasil e a necessidade de fortalecer a infraestrutura para suportar essa evolução. Segundo dados recentes, o país ainda enfrenta desafios no setor, como a limitação de pontos de carregamento público, que totalizavam pouco mais de 10 mil em outubro de 2024.
A BYD começará a fabricar veículos no Brasil em 2025, priorizando o mercado local e regional. O projeto inclui o primeiro sistema híbrido flex global e alta capacidade de produção.
Primeira fábrica da BYD no Brasil estará operacional em 2025 A BYD produzirá veículos híbridos e elétricos em Camaçari, com foco em expandir presença no Brasil e América do Sul, alcançando até 300 mil unidades anuais.
A BYD confirmou que sua primeira unidade de produção no Brasil será instalada na antiga fábrica da Ford, em Camaçari. Segundo o governo federal, o projeto foi discutido em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e executivos da empresa, incluindo Stella Li, presidente-executiva da montadora nas Américas. Também participaram o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e outras autoridades, como o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues.
O plano inclui a fabricação do primeiro sistema híbrido flex do mundo, que combina eletricidade, gasolina e etanol, com o objetivo de atender às especificidades do mercado brasileiro e impulsionar a exportação para países sul-americanos. A tecnologia busca oferecer flexibilidade de abastecimento e eficiência energética em diferentes cenários.
A expectativa inicial da BYD é produzir 150 mil veículos até o final de 2025 e dobrar essa capacidade até o fim de 2026. Além de automóveis, a fábrica poderá incluir a montagem de baterias elétricas e outros componentes avançados no futuro.
Autoridades locais e nacionais veem a instalação como uma oportunidade para reindustrializar a região de Camaçari e atrair novos investimentos para a cadeia produtiva do setor automotivo. Estima-se que a operação da BYD na região crie milhares de empregos diretos e indiretos, fortalecendo a economia local e o desenvolvimento tecnológico do estado da Bahia.
A decisão da montadora está alinhada com a crescente demanda por veículos eletrificados no Brasil e nos países vizinhos, impulsionada por políticas públicas de incentivo à transição energética. O governo federal também destacou o compromisso da BYD em promover a sustentabilidade em suas operações no Brasil.
Além disso, o mercado brasileiro se beneficiará com a expansão da oferta de veículos elétricos e híbridos, que têm apresentado crescimento constante nos últimos anos. A entrada da BYD pode intensificar a competição no setor, contribuindo para a popularização de tecnologias mais limpas e acessíveis.
Fonte: BYD, XPI, UOL, CNN e AutoEsporte.