O Jeep Commander 2026 chegou chutando a porta do segmento de SUVs grandes no Brasil. A Stellantis decidiu jogar pesado e anunciou cortes de até R$ 19 mil em todas as versões, numa tentativa clara de segurar a liderança contra rivais de peso como Toyota Hilux SW4 e Chery Tiggo 8. A jogada não é só sobre preço: é sobre manter status, volume de vendas e a aura de SUV premium nacional.
A estratégia passa também por uma mudança de identidade. O Commander deixa de oferecer versões de cinco lugares, incluindo a antiga entrada Longitude, para abraçar apenas as configurações com sete assentos. Segundo a própria Jeep, essa decisão saiu depois de clínicas e pesquisas com consumidores. A leitura é simples: quem paga mais de R$ 200 mil quer espaço para a família inteira e ainda sobrar lugar para os amigos.

No papel, os cortes de preço impressionam. A versão Longitude agora parte de R$ 220.990, um alívio de quase R$ 20 mil em relação ao modelo 2025. O topo de linha Blackhawk, com o motor Hurricane 2.0 turbo a gasolina de 272 cv, ficou R$ 16 mil mais barato e continua sendo a vitrine tecnológica da Jeep, com câmbio refinado, tração integral e acabamento que mira direto nos importados.

Entre essas pontas estão as versões Limited, Overland flex e Overland diesel, que também tiveram cortes generosos, variando de R$ 6 mil a R$ 11 mil. Todas trazem o motor T270 flex de 176 cv, exceto a diesel com seu 2.2 de 200 cv. E o pacote de equipamentos ganhou incrementos: agora, as variantes 4×4 recebem o novo câmbio Rotary Shifter, enquanto as mais caras ainda oferecem câmera 360º — uma boa para quem quer transformar a aventura off-road em experiência cinematográfica.

A Jeep ainda caprichou nas cores, oferecendo sete opções, incluindo tons bicolores e a exclusiva Cinza Sting para o Blackhawk. É um detalhe que reforça a ideia de exclusividade, quase como dizer ao dono: “você não tem só um SUV grande, tem o SUV grande”. No fundo, é um jogo de status, e a Jeep sabe jogar esse jogo.

Com preços mais baixos e equipamentos de ponta, o Commander 2026 tenta equilibrar dois mundos: manter a aura de produto premium enquanto se torna mais competitivo no bolso. É a Stellantis respondendo rápido à pressão de mercado e mostrando que, pelo menos por enquanto, o trono do D-SUV mais vendido do Brasil segue sob seu comando.
Fonte: Stellantis, Canaltech e Jeep.