O McLaren W1 destaca-se não apenas pela potência bruta, mas também pela sua tecnologia de ponta. Utilizando o sistema Aerocell monocoque, feito de fibra de carbono, o carro garante leveza e rigidez estrutural. Um dos maiores destaques do modelo é a aerodinâmica ativa, com componentes inspirados na Fórmula 1. A asa traseira móvel, chamada McLaren Active Long Tail, se estende até 300 mm além da carroceria e trabalha em conjunto com o difusor traseiro para otimizar o fluxo de ar e aumentar a estabilidade em altas velocidades.
Pontos Principais:
O motor V8 de 4.0 litros biturbo gera impressionantes 915 cv, e ainda é auxiliado por um módulo elétrico que adiciona mais 342 cv, totalizando 1.258 cv de potência. Diferente de outros supercarros, o W1 é exclusivamente de tração traseira. Ele alcança uma velocidade máxima limitada eletronicamente a 350 km/h e é capaz de ir de 0 a 100 km/h em apenas 2,7 segundos.
Pesando apenas 1.399 kg, o McLaren W1 entrega uma relação peso-potência de 899 cv por tonelada, um número impressionante para um carro dessa categoria. Parte dessa leveza é alcançada pela integração dos assentos ao monocoque, solução que, além de reduzir o peso, ajusta a posição de condução para maior eficiência. O assoalho elevado permitiu uma melhor ergonomia dos pedais, proporcionando uma experiência de condução otimizada.
O W1 também inova no sistema de suspensão, herdando tecnologia da Fórmula 1 com o sistema FRIC (Suspensão Interconectada Frontal e Traseira). Esse sistema contribui para o controle da estabilidade do carro em alta velocidade. A suspensão dianteira é equipada com barras de torção em titânio, enquanto a traseira utiliza uma barra Z com links ativos, otimizando o movimento vertical do veículo e melhorando o desempenho em pista.
Outro destaque do McLaren W1 é o sistema de ajuste aerodinâmico, que conta com dois modos principais: Road e Race. No modo Race, a altura do carro é reduzida em 37 mm na frente e 17 mm na traseira, endurecendo a suspensão e ajustando automaticamente a asa dianteira para gerar mais downforce. A asa traseira, em combinação com o difusor, é capaz de gerar até 650 kg de força descendente. Esse sistema de efeito solo é o mais avançado já utilizado pela McLaren em um carro de rua, tornando o W1 três segundos mais rápido que o McLaren Senna no circuito de testes da marca.
O sistema híbrido do McLaren W1 também é um marco de inovação. O módulo elétrico é alimentado por uma bateria de 1,384 kWh, pesando apenas 20 kg e capaz de atingir 24.000 rpm. A bateria é montada no monocoque do carro, proporcionando um centro de gravidade mais baixo, o que melhora a estabilidade nas curvas de alta velocidade. Esse sistema híbrido é 40 kg mais leve que o do P1, mas entrega 40% a mais de potência.
O sistema de transmissão é uma novidade no W1, com um câmbio de oito marchas projetado para lidar com até 1.340 Nm de torque. O diferencial eletrônico E-Diff ajuda a distribuir a potência de maneira eficiente, garantindo máxima tração nas rodas traseiras mesmo nas curvas mais desafiadoras. O carro ainda conta com pneus Pirelli P Zero Trofeo RS, desenvolvidos especificamente para o W1, garantindo o máximo de aderência tanto nas ruas quanto nas pistas.
O interior do McLaren W1 oferece uma experiência de condução altamente focada no desempenho. Os bancos são fixos, mas o volante e os pedais são ajustáveis, permitindo ao motorista encontrar a posição de pilotagem ideal. A cabine conta com materiais leves como a fibra de carbono e o inovador revestimento InnoKnit, um material sustentável que pode ser customizado em diversas cores e ainda integra iluminação e sistema de som.
Com um preço aproximado de cerca de R$ 12 milhões e produção limitada a 399 unidades, o McLaren W1 já está esgotado. No entanto, o modelo representa o ápice da engenharia automotiva, combinando tecnologia híbrida avançada, aerodinâmica ativa e desempenho de ponta, consolidando a McLaren como referência no segmento de supercarros de alta performance.
Fonte: McLaren, Caranddriver e TopGear.