O que as pessoas falam do Logan? Confira os principais problemas do sedan; Renault Logan deixa o Brasil após 17 anos de mercado

O Renault Logan, em sua segunda geração, enfrentou desafios com a confiabilidade de componentes como o câmbio automatizado Easy-R e o motor 1.0 de três cilindros, gerando reclamações entre os donos. Mesmo com fama de espaçoso e robusto, esses problemas foram recorrentes. A matéria aborda os principais relatos.
Publicado por Alan Corrêa em Renault dia 22/09/2024

O Renault Logan de segunda geração foi lançado no Brasil em 2014, com design renovado e mais equipamentos, mantendo a plataforma B0 da geração anterior. Mesmo com atualizações visuais e de acabamento, o modelo seguiu a linha de oferecer um sedan espaçoso e acessível, disputando mercado com modelos como Chevrolet Prisma, Fiat Grand Siena, Ford Fiesta Sedan, Hyundai HB20 e Volkswagen Voyage. No entanto, apesar das melhorias, diversos problemas mecânicos foram apontados pelos proprietários ao longo dos anos, afetando a satisfação de parte dos consumidores.

Entre os principais problemas relatados, o câmbio automatizado Easy-R, oferecido como opcional nas versões com motor 1.6, foi uma das principais fontes de reclamações. Proprietários mencionaram trancos e falhas no sistema de transmissão, o que comprometeu a experiência de condução. Um consumidor de Brasília, por exemplo, destacou que, após 72.000 km de uso, seu Logan apresentou problemas no módulo atuador da embreagem, resultando em um custo elevado para o reparo. Em alguns casos, as concessionárias optaram por reiniciar o sistema como solução temporária, adiando a necessidade de manutenção.

Problemas mecânicos no motor 1.0 e câmbio Easy-R

Apesar das atualizações, o Renault Logan enfrentou problemas mecânicos, especialmente no câmbio automatizado Easy-R, que gerou reclamações de falhas e trancos entre os proprietários do modelo.
Apesar das atualizações, o Renault Logan enfrentou problemas mecânicos, especialmente no câmbio automatizado Easy-R, que gerou reclamações de falhas e trancos entre os proprietários do modelo.

O Logan foi amplamente reconhecido pelo seu espaço interno, mas proprietários relataram problemas mecânicos que envolvem principalmente o motor 1.0 de três cilindros e o câmbio automatizado Easy-R, que equipava as versões com motor 1.6. Apesar de o sedan ter sido elogiado por sua robustez mecânica, as falhas mencionadas afetaram a satisfação de alguns consumidores.

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Proprietários do modelo com câmbio automatizado Easy-R, vendido como opcional, relataram trancos durante a troca de marchas e mau funcionamento do sistema. Um proprietário de Brasília (DF) destacou que seu veículo apresentou falhas no módulo atuador da embreagem após 72.000 km de uso. O custo estimado para reparo foi elevado, e, em alguns casos, as concessionárias optaram por reiniciar o sistema temporariamente.

  • Problemas no módulo atuador da embreagem
  • Trancos e mau funcionamento no câmbio Easy-R
  • Reinicialização do sistema como solução temporária
  • Custo elevado para a manutenção do câmbio automatizado

Mancal do motor 1.0 de três cilindros

O motor 1.0 de três cilindros também foi alvo de críticas. Muitos donos relataram desgaste no mancal do comando de válvulas, o que gerou barulhos e dificuldades para encontrar peças de reposição.
O motor 1.0 de três cilindros também foi alvo de críticas. Muitos donos relataram desgaste no mancal do comando de válvulas, o que gerou barulhos e dificuldades para encontrar peças de reposição.

Após uma reestilização em 2019, o Renault Logan passou a contar com motores mais modernos da família SCe, incluindo o 1.0 de três cilindros e o 1.6 de quatro cilindros. No entanto, os proprietários das versões com motor 1.0 de três cilindros relataram problemas no mancal do comando de válvulas. Um dos relatos foi feito por um consumidor de São Paulo (SP), que encontrou folga no mancal, resultando em barulho no motor. Ele destacou a dificuldade em encontrar peças de reposição, o que gerou frustração entre os usuários.

  • Folga no mancal do comando de válvulas
  • Barulho no motor 1.0 de três cilindros
  • Dificuldade em encontrar peças de reposição no mercado
  • Necessidade de substituição do cabeçote

Renault Logan: robustez e uso comercial

Embora tenha enfrentado desafios mecânicos, o Renault Logan continua a ser elogiado pelo seu amplo espaço interno e porta-malas de 510 litros, características que agradam motoristas de aplicativo e taxistas.
Embora tenha enfrentado desafios mecânicos, o Renault Logan continua a ser elogiado pelo seu amplo espaço interno e porta-malas de 510 litros, características que agradam motoristas de aplicativo e taxistas.

Mesmo com esses problemas relatados, o Renault Logan é frequentemente elogiado por sua confiabilidade mecânica e pelo amplo espaço interno. O sedan tem 4,35 metros de comprimento, 1,73 metros de largura e 1,57 metros de altura, com um entre-eixos de 2,63 metros que garante conforto para os ocupantes. O porta-malas de 510 litros também é destacado pelos proprietários, principalmente motoristas de aplicativo e taxistas, que utilizam o modelo em ambientes urbanos e comerciais.

O modelo 1.6 de quatro cilindros, em especial, foi bastante popular entre esse público, devido à sua confiabilidade. O motor 1.6, antes com 8 válvulas, passou a ser oferecido com 16 válvulas, o que resultou em um aumento de potência para 118 cv.

Renault Logan encerra produção no Brasil após 17 anos de mercado

O Renault Logan, sedan compacto lançado em 2007, encerrou oficialmente sua produção no Brasil após 17 anos no mercado. O modelo foi desenvolvido pela Dacia, subsidiária da Renault na Romênia, e chegou ao país como uma opção acessível para consumidores que buscavam um carro com bom espaço interno e um porta-malas de 510 litros. A decisão de encerrar sua fabricação é parte de uma estratégia da Renault para renovar seu portfólio e priorizar modelos com identidade própria, distantes da linha Dacia.

Pontos Principais:

  • Renault Logan encerra sua produção no Brasil após 17 anos de mercado.
  • O modelo chegou ao Brasil em 2007, projetado pela Dacia para oferecer espaço interno e custo-benefício.
  • Em 2014, o Logan alcançou mais de 46 mil unidades vendidas, sendo popular entre famílias brasileiras.
  • A Renault optou por focar em uma nova estratégia, visando modelos com identidade própria.

O Logan rapidamente conquistou espaço no mercado brasileiro, especialmente entre famílias que buscavam um sedan acessível com bom custo-benefício. Em seu auge, o modelo chegou a registrar mais de 46 mil unidades vendidas em 2014, impulsionado por preços competitivos e pela funcionalidade que oferecia. O modelo se destacou como uma alternativa interessante frente a outros sedans compactos da época.

Nos últimos anos, no entanto, o Logan sofreu uma queda considerável em suas vendas. Em setembro de 2024, por exemplo, as vendas ficaram em torno de 2 mil unidades, concentradas principalmente em negociações diretas com empresas. Esse declínio já era observado anteriormente: em 2023, apenas 4.559 unidades foram emplacadas, uma cifra muito inferior à de outros sedans populares, como o Chevrolet Onix Plus.

A última atualização significativa do Renault Logan aconteceu em 2019, com a introdução de uma versão equipada com motor 1.0 de 82 cavalos e câmbio manual. Até 2022, o modelo também contava com uma opção de motor 1.6 de 118 cavalos, mas a Renault decidiu simplificar sua linha e dar prioridade a versões mais econômicas, em linha com as novas demandas de mercado.

A decisão da Renault de encerrar a produção do Logan está em consonância com uma estratégia de reposicionamento da marca no Brasil. A empresa já havia sinalizado essa mudança com a descontinuação do Sandero em 2022. A ideia é distanciar-se dos projetos desenvolvidos pela Dacia e concentrar esforços em modelos que tragam inovação e uma proposta diferenciada.

O portfólio atual da Renault no Brasil ainda conta com o Duster, mas a continuidade deste modelo no país ocorre em um contexto diferente, já que o SUV mantém características de uma geração mais antiga. Com a saída do Logan, a Renault busca fortalecer sua aposta em modelos renovados e, eventualmente, em tecnologias híbridas e elétricas para atender novas demandas de consumidores e exigências regulatórias.

A transição de mercado e a reorientação estratégica da Renault estão alinhadas a tendências observadas globalmente, onde diversas montadoras estão optando por segmentar seus produtos e investir em alternativas que tragam mais exclusividade e tecnologia. Para o consumidor brasileiro, isso pode representar uma diversificação nas opções de veículos oferecidos pela Renault nos próximos anos.

Fonte: ReclameAqui (123), Wikipedia, Terra e MobiAuto.