A Toyota Stout será construída sobre a plataforma TNGA-C, a mesma usada pelo Corolla Cross. Fornecedores locais da Toyota no Brasil já estão desenvolvendo protótipos de componentes, como suspensão, faróis, grades, chapas de estamparia e elementos de acabamento interno. Esses protótipos serão utilizados como base para os moldes de produção em série do modelo, que deverá competir no mercado de picapes intermediárias, um segmento que tem ganhado destaque com lançamentos como o Fiat Toro, Ram Rampage, Ford Maverick e a futura Renault Niagara.
Pontos Principais:
O nome do projeto da picape é 150D, e ele utilizará diversos elementos estruturais do Corolla Cross, incluindo as colunas A e B, mas contará com uma traseira exclusiva, com entre-eixos alongado para adaptar à proposta de utilitário. O modelo foi concebido dentro do plano de investimentos da Toyota no Brasil, que até 2030 prevê um aporte de R$ 11 bilhões. A produção será realizada na fábrica de Indaiatuba, em São Paulo, e o modelo também poderá ser exportado para outros mercados.
A Toyota Stout contará com uma motorização híbrida flex plug-in (PHEV), com possibilidade de recarga externa. O sistema será o mesmo utilizado no novo Toyota Prius, que foi recentemente apresentado no Brasil. A picape terá uma bateria de íons de lítio com capacidade de 13,6 kWh, permitindo uma autonomia de cerca de 50 km em modo exclusivamente elétrico. Além disso, o modelo terá tração 4×4, graças ao uso de um motor elétrico traseiro.
O motor a combustão será o 2.0 Dynamic Force, um quatro-cilindros aspirado de 16 válvulas da linha Corolla. Esse motor será utilizado no ciclo Atkinson, em vez do ciclo Otto, o que deve melhorar a eficiência energética do conjunto. A potência combinada entre o motor a combustão e o elétrico chegará a 223 cv quando alimentado com gasolina, e poderá ser ainda maior com o uso de etanol. O torque total gerado será de 19,4 kgfm. A transmissão será do tipo e-CVT, uma nova geração da caixa transeixo que simula uma transmissão continuamente variável.
Nas versões de entrada, que não contarão com eletrificação, o motor será o mesmo 2.0 Dynamic Force, porém com funcionamento no ciclo Otto, rendendo 175 cv de potência e 20,8 kgfm de torque com etanol. Nessa configuração, o câmbio será um CVT tradicional, com dez marchas simuladas e uma engrenagem mecânica adicional para otimizar as arrancadas na primeira marcha.
A picape Toyota Stout será uma alternativa voltada para quem busca um veículo de trabalho com motorização híbrida e boas capacidades off-road, graças à tração 4×4. O segmento de picapes intermediárias no Brasil tem atraído cada vez mais concorrência, e a Stout promete ser um dos principais lançamentos da Toyota para os próximos anos. Sua produção local, aliada à tecnologia híbrida plug-in, coloca a montadora em posição de destaque no processo de eletrificação do mercado automotivo brasileiro.
Além do mercado interno, há a expectativa de que o modelo possa ser exportado para outros países, ampliando o alcance da Toyota em mercados estratégicos para a empresa. A picape também faz parte de uma estratégia mais ampla da marca de aumentar sua linha de veículos eletrificados, com foco na sustentabilidade e na redução de emissões de carbono, seguindo as tendências globais do setor automotivo.
O conjunto híbrido da Stout será similar ao do Prius de nova geração, que a Toyota apresentou durante o encontro do G20 em Foz do Iguaçu. A marca japonesa tem investido fortemente em soluções eletrificadas, e a picape será um dos carros-chefes dessa nova fase no Brasil. Para além das versões híbridas, a Toyota também aposta na viabilidade das versões não eletrificadas, que devem atender a um público que busca uma picape intermediária mais acessível.
Fonte: Toyota, OAntagonista e AutoEsporte.