Magda Chambriard assumiu recentemente como presidente-executiva da Petrobras e, em sua primeira entrevista, falou sobre a continuação da política de preços de combustíveis adotada pela administração anterior. Ela explicou que os preços da Petrobras não seguirão as variações frequentes do mercado internacional. A ideia é manter os ajustes de preços em intervalos maiores para oferecer estabilidade e previsibilidade aos clientes e ao mercado.
Durante a entrevista, Chambriard destacou o papel da Petrobras como uma empresa de economia mista. Ela ressaltou a importância de equilibrar os interesses dos acionistas privados e da União. Segundo ela, a empresa continuará a gerar retorno financeiro para ambos os lados.
A presidente reforçou a relevância da produção de petróleo e gás no pré-sal brasileiro. Essa produção é vista por ela como uma garantia de segurança energética enquanto o país busca alternativas menos poluentes.
Ela também mencionou que há novas áreas a serem exploradas, como as bacias da Foz do Amazonas e Pelotas, que têm potencial petrolífero. Essas áreas, no entanto, apresentam desafios ambientais que precisam ser cuidadosamente gerenciados.
Outro ponto abordado foi a necessidade da Petrobras em repor suas reservas de petróleo e gás. Chambriard comentou sobre a possibilidade de a empresa recomprar a refinaria de Mataripe se isso for considerado um bom negócio. Ela mencionou que a Petrobras já está avaliando esse ativo desde a administração anterior.
A executiva falou sobre o apoio da Petrobras à indústria de fertilizantes no Brasil. Ela mencionou que, devido à grande dependência do país da importação de fertilizantes, especialmente os nitrogenados, faz sentido que a Petrobras use seu produto gás para fomentar essa indústria.
Segundo Chambriard, a Petrobras pode até ajustar os preços do gás para tornar a oferta mais atraente para a indústria de fertilizantes, desde que continue sendo uma operação lucrativa. Ela destacou que a venda de gás não será feita a qualquer preço.
A presidente enfatizou a importância de manter a flexibilidade operacional na Petrobras. Ela criticou o que chamou de “imobilismo” causado por regras de compliance muito estritas, defendendo a necessidade de ajustes para que a empresa possa operar de forma eficiente.
Ela também mencionou que está no processo de conhecer a equipe de diretores da Petrobras e que possíveis mudanças na diretoria serão feitas apenas para ajustar os perfis às necessidades da gestão.
Chambriard reafirmou seu compromisso com a lucratividade da Petrobras, destacando que os lucros são essenciais para que a empresa possa continuar a pagar dividendos, tanto para seus acionistas privados quanto para a União.
*Com informações da AgênciaBrasil, CNN e Petrobras.