Preço da gasolina puxou alta da prévia da inflação; entenda

A prévia da inflação de maio, medida pelo IPCA-15, registrou um aumento de 0,44%, um crescimento em relação a abril. Principais influências vieram dos grupos saúde, cuidados pessoais e transportes, com destaque para a alta na gasolina e passagens aéreas. Alimentos como cebola e café também subiram.
Publicado por Alan Corrêa em Notícias dia 28/05/2024

A prévia da inflação de maio, medida pelo IPCA-15, registrou um aumento de 0,44%, segundo dados divulgados pelo IBGE. Esse valor representa um crescimento de 0,23 ponto percentual em relação a abril, quando o índice marcou 0,21%. O resultado acumulado no ano é de 2,12% e, nos últimos 12 meses, o indicador alcançou 3,70%.

A inflação em maio do ano anterior foi de 0,51%, mostrando uma leve redução este ano, apesar de estar abaixo da projeção do mercado financeiro. Antes do anúncio, esperava-se uma alta de 0,47% para o mês e de 3,74% em um período de 12 meses, de acordo com as estimativas.

A prévia da inflação de maio, medida pelo IPCA-15, teve um aumento de 0,44%, segundo o IBGE - Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
A prévia da inflação de maio, medida pelo IPCA-15, teve um aumento de 0,44%, segundo o IBGE – Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Dentre os grupos de produtos e serviços avaliados, oito apresentaram aceleração em seus preços. O grupo saúde e cuidados pessoais teve o maior aumento, com 1,07%, e o grupo transportes cresceu 0,77%, impactado principalmente pela alta de 1,90% na gasolina. Outros componentes do grupo transportes que tiveram aumento significativo incluem as passagens aéreas, que subiram 6,04%.

No que diz respeito aos demais combustíveis, o etanol teve um aumento de 4,70%, enquanto o óleo diesel registrou um crescimento mais moderado de 0,37%. Por outro lado, o gás veicular teve uma redução de 0,11% no preço.

O grupo alimentação e bebidas registrou um aumento mais moderado de 0,26%. Dentro deste grupo, a alimentação no domicílio teve uma alta de 0,22%, com destaques para o aumento nos preços da cebola (16,05%), do café moído (2,78%) e do leite longa vida (1,94%). Por outro lado, alguns produtos alimentícios como feijão carioca, frutas, arroz e carnes apresentaram quedas nos preços, de 5,36%, 1,89%, 1,25% e 0,72%, respectivamente.

Devido às chuvas intensas no Rio Grande do Sul, que levaram à declaração de estado de calamidade pública na região metropolitana de Porto Alegre, o IBGE adaptou sua metodologia de coleta de preços. Aproximadamente 30% da coleta foi realizada de forma remota, utilizando telefone ou internet, a partir do dia 6 de maio. Esta mudança foi necessária, pois cerca de 70% dos preços já haviam sido coletados antes do agravamento da situação. A coleta remota focou em itens que puderam ser verificados por esses meios, enquanto outros, como hortaliças e verduras, não puderam ser totalmente acompanhados à distância.

*Com informações da AgênciaBrasil.