Muita gente acha incrível a tecnologia dos carros elétricos, que não precisam de combustível fóssil para funcionar, e com isso não poluem o Meio Ambiente. Mas essa não é a sua única vantagem.
Os veículos com motor movido a eletricidade são mais “simples” que os movidos a combustão. Ou seja, precisam de menos peças, menor quantidade de engrenagens, para funcionar. Entre outras coisas, não precisam de câmbio. Entenda!
O futuro dos carros elétricos já é iminente. E muita gente quer saber como eles realmente funcionam, sendo uma das principais questões o motivo de não precisarem de câmbio como os carros “tradicionais” movidos a combustão.
A explicação “leiga” não é muito complicada. Mas primeiro precisamos entender porque os motores a combustão precisam da caixa de câmbio.
Se esse tipo de propulsor fosse conectado ao diferencial, o carro teria uma velocidade muito limitada, já que esses motores trabalham com uma rotação “baixa” se comparados aos elétricos.
Quer dizer, se a relação fosse muito curta a velocidade máxima seria muito pequena, e se a relação fosse muito longa o carro não teria força em baixas rotações.
Com o propulsor elétrico isso não acontece. Nestes motores o torque é entregue desde a primeira rotação, e o propulsor é conectado diretamente ao diferencial. Isso é possível porque a rotação é muito maior e “controlada” pela energia liberada pela bateria.
A rotação de um motor elétrico pode chegar a mais de 20 mil rpm. Assim, não é preciso colocar várias engrenagens para otimizar a performance do veículo. Uma única marcha pode trabalhar muito bem em baixas e altas velocidades.
Também não precisa de marcha para dar ré, pois o motor elétrico pode simplesmente inverter sua rotação e ir na direção oposta. Poderia inclusive acelerar em ré na velocidade máxima, se não fosse limitado propositalmente por questões de segurança.
Mas isso significa o fim do câmbio? Não necessariamente. Alguns modelos elétricos mais voltados à esportividade, ou mesmo para competição, podem contar umas duas ou três engrenagens para favorecer a aceleração e chegar à potência máxima antes.
Assim, certamente o passado voltará ao futuro, e veremos ainda carros elétricos de alta tecnologia utilizando uma engenharia “velha” para aumentar sua performance.