Algumas montadoras europeias anunciaram recentemente que passariam a investir seus recursos e esforços no desenvolvimento de motores eletrificados, como a Audi, a Volvo, a Jaguar, entre outras.
Agora é a vez da Volkswagen tomar o mesmo caminho. Em anúncio oficial, a fabricante declarou que vai trabalhar para aperfeiçoar os atuais motores a combustão, mas não irá desenvolver novos propulsores desse tipo.
O fim dos motores a combustão está cada vez mais próximo. A nova corrida pelo desenvolvimento de motores elétricos vem ganhando força e velocidade. Muitas fabricantes já decretaram o fim desse tipo de propulsores, sendo a mais recente delas a Volkswagen, cujo conglomerado de empresas é líder mundial de vendas no setor automobilístico.
O Grupo detém marcas renomadas no mercado, sendo as principais: Volkswagen, Audi, SEAT, Škoda, Bentley, Bugatti, Lamborghini, Porsche, Ducati e Scania. O Grupo alemão vendeu em 2020 mais de 9,3 milhões de veículos nos 153 países em que atua.
Essa mudança radical simboliza o fim de uma era, movida por propulsores a combustão, e o nascimento de uma nova geração de veículos movidos com energia limpa, embora saibamos que essa transição ainda vai levar o seu tempo, inclusive do ponto de vista da infraestrutura do Estado.
Com certeza a nova regra da política europeia de emissão de poluentes, a Euro 7, tem um papel primordial nesse esforço das fabricantes no sentido de desenvolver a tecnologia de motores elétricos.
Mas com certeza essa não é a única nem a principal motivação. Agora será, cada vez mais, uma corrida contra o tempo. As fabricantes que mais rápido conseguirem avançar no desenvolvimento de carros elétricos terão enorme vantagem no mercado automobilístico dentro de poucos anos.
Num primeiro momento os motores a combustão não serão abandonados. Eles receberão cuidados e aperfeiçoamentos no sentido de se adequarem às novas regras do Euro 7, atendendo à política de emissões mais rígida que entrará em vigor em 2025.
Contudo, os motores a combustão não têm muito tempo de vida, pelo menos não em larga escala como hoje. Na próxima década, ao que tudo indica, a maioria das fabricantes já terão conseguido desenvolver carros elétricos que tenham preços mais acessíveis para o público de uma forma geral.
A corrida que vemos hoje acontece justamente porque cada uma das marcas quer ser a primeira num mercado que crescerá de forma rápida e avassaladora, e quem chegar primeiro terá uma vantagem enorme.
A fabricante alemã não definiu um prazo para a migração completa dos motores a combustão para os elétricos, mas anunciou que pretende ter pelo menos 70% da sua frota eletrificada até o fim desta década.
Na China a Volks já lançou dois modelos elétricos, o compacto ID.3 e o crossover ID.4, e está em vias de lançar o sedã ID.5. Os modelos elétricos da marca alemã crescerão nos próximos anos. O principal objetivo da marca é liderar esse mercado ao redor do Globo.