Os veículos convocados para recall têm problemas que podem resultar em acidentes graves. Um exemplo recente ocorreu em Rio Verde (GO), onde um motorista morreu em um acidente leve após o airbag lançar uma peça metálica a mais de 300 km/h. Em Aparecida de Goiânia (GO), uma situação semelhante resultou em outra morte. Segundo a perícia, as lesões eram compatíveis com projéteis de arma de fogo.
A Secretaria Nacional de Trânsito informou que, após um ano sem atendimento ao recall, o proprietário do veículo não consegue realizar o licenciamento anual, o que o impede de circular legalmente. Mesmo assim, muitos ignoram o aviso. Para verificar a necessidade de reparos, basta acessar o site do órgão e informar a placa ou o número do chassi do veículo.
Entre os motoristas que atenderam ao chamado, as motivações incluem a segurança da família e a necessidade de evitar acidentes graves. Alguns relataram ter recebido notificações pelo aplicativo da carteira de habilitação, enquanto outros foram alertados por cartas das montadoras.
Os recalls, segundo especialistas, são inteiramente gratuitos e cobertos pelas montadoras. Não atender ao chamado pode resultar em riscos graves, especialmente em veículos que possuem sistemas de segurança avançados, como freios ABS e airbags. Mesmo que o defeito não pareça crítico inicialmente, ele pode comprometer o funcionamento do veículo em situações de emergência.
Além dos impactos à segurança, a negligência com recalls representa um custo social elevado, já que acidentes resultantes de defeitos poderiam ser evitados. Por isso, as montadoras e órgãos de trânsito reforçam a importância do atendimento imediato aos avisos.
Com o aumento da digitalização, os alertas sobre recalls tornaram-se mais acessíveis, mas muitos motoristas ainda não se conscientizaram dos riscos. A fiscalização também se intensificou, com restrições legais ao licenciamento para veículos com recalls pendentes por mais de um ano.
Especialistas destacam que a responsabilidade de garantir a segurança veicular começa com o cumprimento das manutenções indicadas pelos fabricantes. Ignorar essas recomendações coloca em risco não apenas os motoristas, mas também outros usuários das vias.