O movimento das montadoras chinesas no Brasil ganhou um novo capítulo com o registro do Chery Fulwin A8 Pro no INPI. O sedã médio-grande, que já desperta atenção no mercado asiático, pode chegar ao país com um conjunto híbrido plug-in de alta eficiência. A estratégia reflete a disputa acirrada entre fabricantes que buscam ampliar espaço em um cenário cada vez mais competitivo.
O modelo, que mede 4,78 metros de comprimento e 2,79 metros de entre-eixos, rivaliza em tamanho com o Volkswagen Jetta, mas aposta em um visual que remete tanto ao Honda Civic quanto a sedãs de marcas premium. A dianteira tem grade quase fechada, inspirada em elétricos, enquanto a traseira exibe lanternas em toda a largura, reforçando a identidade visual moderna.

No interior, a Chery busca transmitir sofisticação com o painel digital que combina duas telas de 12,3 polegadas na mesma moldura, recurso que reforça a conectividade. O pacote de equipamentos inclui teto solar panorâmico, bancos dianteiros com ventilação e aquecimento e integração sem fio com Apple CarPlay e Huawei HiCar, itens que elevam o nível de conforto para a categoria.
O destaque, no entanto, está no sistema híbrido plug-in C-DM. A tecnologia une o motor 1.5 TGDI a gasolina a um propulsor elétrico, entregando mais de 300 cv e torque de 54 kgfm. Essa combinação posiciona o sedã como um dos mais potentes de sua faixa, com números capazes de ameaçar modelos tradicionais do mercado.

A bateria de 18,3 kWh garante até 106 km em modo totalmente elétrico, desempenho expressivo dentro da categoria. Em modo híbrido, a autonomia chega a aproximadamente 1.300 km. Nos testes realizados na China, sob condições específicas, a Chery anunciou impressionantes 1.935 km de alcance com um único tanque aliado à bateria, um número que chama a atenção de consumidores atentos à eficiência energética.
O tanque de 60 litros e a eficiência térmica de 44,5% do motor a combustão reforçam o caráter tecnológico do projeto. A proposta vai além do desempenho: trata-se de um produto que dialoga com a transição energética e atende às exigências de um consumidor cada vez mais preocupado com autonomia, consumo e praticidade.

Apesar de ainda não haver confirmação oficial de lançamento no Brasil, o registro da patente revela os planos do grupo em diversificar sua atuação local. O conglomerado já trouxe marcas como Omoda e Jaecoo, prepara a chegada de Jetour e Souest, e pode usar a Fulwin como bandeira de inovação e sofisticação no segmento de sedãs híbridos de luxo.
Fonte: AutoEsporte.