A ofensiva da Caoa na eletrificação ganhou forma no Salão do Automóvel com a confirmação da produção nacional dos Tiggo 5X, 7 e 8 híbridos a partir de 2026.

A empresa afirmou que prepara um aporte de cifras bilionárias para viabilizar a nova etapa industrial. O dinheiro virá da própria Caoa e será destinado à montagem local dos SUVs híbridos. O Tiggo 5X HEV, apresentado com destaque no evento, inaugura o ciclo. As versões plug-in dos Tiggo 7 e Tiggo 8, hoje importadas, serão integradas à linha de Anápolis, ocupando o espaço deixado pela Hyundai após o fim da parceria produtiva.
A nova geração do Tiggo 5X ganhou dianteira e traseira redesenhadas, com lanternas que agora formam uma única peça. A coluna C recebe formato integrado ao vidro, reforçando o ar de modernização. Por dentro, o SUV passa a trazer duas telas de 12 polegadas em uma mesma moldura, além de painel horizontalizado e novos materiais de acabamento. O conjunto sinaliza a intenção da marca de reposicionar o modelo com foco mais tecnológico.

O Tiggo 5X passa a adotar um sistema híbrido pleno. A marca não revelou dados completos, mas indica eficiência superior ao híbrido leve em uso hoje. Entre as possibilidades está o mesmo conjunto do Omoda 5 HEV, que combina motor 1.5 turbo e unidade elétrica para entregar 224 cv e 30,1 kgfm. Já Tiggo 7 e Tiggo 8 utilizam o conjunto PHEV formado por motor 1.5 TCi de 147 cv e dois motores elétricos, somando 317 cv e 56,6 kgfm, com câmbio DHT de 11 marchas simuladas.
O anúncio dos híbridos nacionais veio junto da formalização da aliança Caoa Changan. As duas marcas atuarão sob a mesma holding, mas com lojas separadas. A fábrica de Anápolis passa a receber os produtos da nova parceria, ao mesmo tempo em que encerra definitivamente o ciclo da Hyundai no local. A movimentação reorganiza o parque produtivo da empresa e amplia sua capacidade de competir no segmento eletrificado.
A nacionalização dos Tiggo híbridos leva a Caoa a um patamar estratégico mais alto. Reduz dependência externa, garante estabilidade de oferta e reforça a presença da companhia em um mercado que consolida a transição para a eletrificação. Com três SUVs eletrificados entrando na linha de produção, a empresa ajusta o portfólio, fortalece sua operação e prepara o terreno para uma fase de expansão a partir de 2026.
Fonte: Motorshow e AutoEsporte.