Chery Tiggo 7 soma 4.387 emplacamentos e supera Toyota Corolla Cross em dezembro

Caoa Chery Tiggo 7 fechou dezembro com 4.387 emplacamentos, quebrou seu próprio recorde mensal e entrou de vez na briga pelo topo dos SUVs médios no fim de 2025.
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Pontos Principais:

  • Recorde mensal com 4.387 emplacamentos até 25 de dezembro.
  • Entrada no pódio dos SUVs médios no último mês de 2025.
  • Três meses seguidos acima de 4 mil vendas no mercado nacional.
  • Avanço no varejo impulsionado pela queda do Corolla Cross.

No fechamento do ano, enquanto concessionárias aceleram entregas e estoques giram no limite, um SUV médio conseguiu algo novo, transformar a última semana de dezembro em vitrine. Até o dia 25 de dezembro, o Chery Tiggo 7 somou 4.387 emplacamentos, seu melhor resultado mensal em 2025, sinal claro de tração contínua quando o mercado costuma esfriar.

O número não surgiu isolado. Ele supera o pico anterior, registrado em outubro com 4.248 unidades, e consolida uma sequência de três meses acima de 4 mil, algo que poucos modelos do segmento sustentam sem campanhas agressivas de curto prazo. Na prática, o Tiggo 7 atravessou o fim do ano com demanda orgânica, puxada por portfólio amplo e leitura correta de preço.

O Tiggo 7 fecha dezembro com 4.387 emplacamentos e registra o melhor mês de sua história no Brasil, num fim de ano em que poucos SUVs médios conseguiram crescer.

Esse desempenho coloca o modelo na disputa direta pelo pódio mensal entre os SUVs médios, atrás apenas do avanço consistente do BYD Song, que já acumula 6.120 emplacamentos no mês, e do Jeep Compass, com 5.302. A surpresa do Song reposicionou a régua do segmento, mas abriu uma janela inesperada para a marca chinesa-brasileira ganhar espaço diante do recuo do Toyota Corolla Cross, que aparece com 2.067 unidades.

A queda do Corolla Cross tem endereço e data. Desde o fim de setembro, a produção foi afetada por um evento climático que comprometeu a fábrica de motores em Porto Feliz, no interior paulista, forçando a Toyota a manter apenas versões híbridas com motores importados. A normalização é esperada entre final de janeiro e início de fevereiro de 2026, mas, até lá, o vácuo de oferta favorece concorrentes com linha completa pronta para entrega.

O número não surge do acaso, marca três meses seguidos acima de 4 mil vendas e mostra que o modelo ganhou tração real no varejo, não apenas em vendas pontuais.

No acumulado do ano, a fotografia muda. A regularidade do Compass e o bom desempenho do Corolla Cross até outubro empurram o Tiggo 7 para a quarta posição entre os SUVs médios mais vendidos de 2025. Os números parciais mostram o Compass na liderança com 59.918 unidades, seguido pelo Corolla Cross com 59.113, o Song com 40.827 e, logo atrás, o Tiggo 7 com 37.882. É uma diferença que traduz constância ao longo do ano, não apenas picos pontuais.

De janeiro a novembro, foram 31.591 vendas diretas ao consumidor, colocando o Tiggo 7 atrás apenas do Corolla Cross, com 33.310, e ligeiramente à frente do Song, com 31.539. O GWM Haval H6 aparece distante, com 22.710, o que praticamente elimina o risco de o Tiggo 7 sair do pódio nesse recorte, segundo o Webmotors.

Parte dessa resiliência vem da estratégia de versões. O Tiggo 7 Sport entra com motor 1.5 TCI Turbo Flex de 150 cv no etanol, câmbio CVT e preço de R$ 139.990, posicionamento que invade território de SUVs compactos mais caros. Acima dele, o Pro Max Drive traz o 1.6 TGDI de 187 cv com câmbio DCT de sete marchas, enquanto a opção híbrida leve soma 160 cv combinados. No topo, o híbrido plug-in entrega até 317 cv, bateria de 19,3 kWh e autonomia elétrica de até 60 km, cobrindo perfis de uso muito distintos dentro do mesmo nome.

Dimensões generosas ajudam a sustentar a proposta de SUV médio de verdade, com 4,50 metros de comprimento, 2,67 metros de entre-eixos e porta-malas que varia entre 475 e 525 litros, dependendo da versão. São números que pesam na decisão de quem migra de um sedã médio ou de um SUV compacto mais caro e apertado.

No fim das contas, o Tiggo 7 encerra 2025 como um caso de estudo sobre timing, portfólio e leitura de mercado. Ele não lidera o acumulado, mas termina o ano com fôlego, presença constante nas concessionárias e uma disputa aberta para os próximos meses, justamente quando rivais reorganizam produção, preços e estratégias para 2026, deixando no ar a pergunta que move o comprador, quem vai conseguir manter esse ritmo quando o calendário virar.

Chery Tiggo 7 Sport, Pro ou Híbrido?

O Tiggo 7 tem várias versões, O Sport é a opção mais simples e previsível, com motor 1.5 turbo flex, câmbio CVT e foco em conforto e custo menor, sem mudar hábitos de abastecimento. O Tiggo 7 Pro Max Drive sobe o nível no desempenho, usando motor 1.6 turbo a gasolina com câmbio DCT, entregando respostas mais rápidas e melhor fôlego em estrada, mas sem qualquer eletrificação. Já o Tiggo 7 Pro Hybrid Max Drive mantém o 1.5 turbo, porém com sistema híbrido leve de 48 V, priorizando suavidade no trânsito urbano e leve ganho de consumo, sem exigir recarga externa.

O Tiggo 7 Pro Plug-in Hybrid é o mais diferente da linha: combina motor 1.5 turbo com dois elétricos, roda no modo 100% elétrico em trajetos curtos, tem autonomia elétrica real para uso diário e desempenho muito superior quando o sistema completo entra em ação. Na prática, a linha cobre quatro perfis distintos: uso tradicional com menor preço, desempenho em estrada, eficiência urbana sem tomada e condução eletrificada com recarga e custo inicial mais alto.

Tabela de preços e versões do Tiggo 7 2026 (Dezembro / 2025)